Newsletter Nº370

Newsletter Nº370
News­let­ter Nº370

Faz hoje anos que nas­cia, em 1787, o quí­mi­co sue­co Nils Gabri­el Sefs­tröm. Ele des­co­briu o ele­men­to vaná­dio. Ele exa­mi­nou miné­rio de fer­ro depois de um geren­te de mina ter apon­ta­do um tes­te inte­res­san­te. Foi-lhe dito, se um lote de miné­rio fos­se tra­ta­do com áci­do clo­rí­dri­co e apa­re­ces­se um pó pre­to, então o fer­ro seria que­bra­di­ço. Atra­vés de um estu­do mais apro­fun­da­do, des­co­briu que isto nem sem­pre era ver­da­de, pois por vezes apa­re­cia um pó pre­to de fer­ro que não era que­bra­di­ço (1831). Pela aná­li­se do pó, embo­ra seme­lhan­te ao cró­mio ou ao urâ­nio, ele deter­mi­nou que se tra­ta­va de um novo ele­men­to. Sefs­tröm deu-lhe o nome de vaná­dio, em home­na­gem a uma deu­sa nór­di­ca. Uma des­co­ber­ta ante­ri­or, mas pro­vi­só­ria, tinha sido fei­ta em 1801 por Andrés Manu­el del Río, um mine­ra­lo­gis­ta espa­nhol que não tinha con­fi­an­ça na sua des­co­ber­ta de um novo ele­men­to a que deu o nome de eri­tró­nio. Este foi mais tar­de des­co­ber­to como sen­do o mes­mo que o vanádio.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1881, o Enge­nhei­ro elec­tro­téc­ni­co inglês H. J. Round. Ele foi res­pon­sá­vel por inú­me­ras inven­ções que con­tri­buí­ram para o desen­vol­vi­men­to das comu­ni­ca­ções via rádio. Entrou para a Com­pa­nhia Mar­co­ni em 1902, e pelo seu tra­ba­lho mais anti­go con­ce­beu os ele­men­tos de equi­pa­men­to de pro­cu­ra de direc­ção. Tor­nou-se Che­fe da Mar­co­ni Rese­ar­ch em 1921. Foi um inven­tor pro­lí­fi­co. Entre outras inven­ções, con­ce­beu o Straight Eight Gra­mopho­ne Recor­ding Sys­tem, um sis­te­ma de dis­cur­so públi­co de gran­de audi­ên­cia que foi uti­li­za­do para trans­mi­tir o dis­cur­so do Rei Jor­ge nas Expo­si­ções de Wem­bley. Um sis­te­ma de ima­gem falan­te que ele inven­tou foi uti­li­za­do para gra­var som para fil­mar duran­te o boom do cine­ma dos anos 30. No total, ele pro­du­ziu 117 paten­tes. A últi­ma foi “Pres­su­re Wave Trans­mis­si­on Arran­ge­ments” (1964), aos 83 anos de idade.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1903, o físi­co ame­ri­ca­no Robert Mor­ris Page. Ele inven­tou a tec­no­lo­gia do radar de pul­so enquan­to tra­ba­lha­va no Labo­ra­tó­rio de Inves­ti­ga­ção Naval dos Esta­dos Uni­dos. Do tra­ba­lho pio­nei­ro com os pri­mei­ros líde­res de rádio, o Dr. Page con­ce­beu e desen­vol­veu cir­cui­tos e com­po­nen­tes nos anos 30 para os pri­mei­ros sis­te­mas de radar de pul­so que uti­li­za­vam peque­nas explo­sões de radi­a­ção elec­tro­mag­né­ti­ca para detec­tar e loca­li­zar objec­tos dis­tan­tes. Duran­te a II Guer­ra Mun­di­al, esta inven­ção foi vital para os Ali­a­dos para a detec­ção de aviões, navi­os e outros alvos ini­mi­gos. Após a guer­ra, Page con­ti­nu­ou a inves­ti­ga­ção sobre apli­ca­ções em tem­po de paz de radar, rádio de bor­do e outros cam­pos da elec­tró­ni­ca. Deti­nha ses­sen­ta e cin­co paten­tes para ino­va­ções nes­tes cam­pos, ago­ra apli­ca­das na nave­ga­ção, pre­vi­são do tem­po, astro­no­mia, auto­ma­ti­za­ção e cam­pos téc­ni­cos relacionados.

Em 1954, o pri­mei­ro tes­te de um avião VTOL tem lugar quan­do um Con­vair XFY‑1 Pogo demons­trou uma des­co­la­gem e ater­ra­gem ver­ti­cais. Era conhe­ci­do como “Tail Sit­ter”, mas como pro­tó­ti­po para tes­tar o con­cei­to, a sua gló­ria quei­mou, e des­va­ne­ceu-se numa ques­tão de meses. O XFY‑1 era um pro­tó­ti­po de um caça inter­cep­tor de defe­sa pon­tu­al des­ti­na­do à Mari­nha. A úni­ca vir­tu­de era que não pre­ci­sa­va de uma pis­ta de ater­ra­gem, pois o XFY‑1 foi cons­truí­do para se sen­tar direi­to na sua cau­da, e des­co­lar a direi­to, usan­do enor­mes héli­ces con­tra-rota­ti­vas no seu nariz. Após a des­co­la­gem, um assen­ta­dor de cau­da mudou de voo ver­ti­cal esti­lo heli­cóp­te­ro para avião, empur­ran­do sim­ples­men­te da ascen­são ver­ti­cal para o voo hori­zon­tal con­ven­ci­o­nal. Na ater­ra­gem, o pro­ces­so foi inver­ti­do para ater­rar na sua cau­da. Era dema­si­a­do difí­cil de voar.

Nes­ta sema­na que pas­sou ficá­mos a saber que a NASA está a pre­pa­rar o heli­cóp­te­ro Inge­nuity que se encon­tra em Mar­te, para con­se­guir-se man­ter ope­ra­ci­o­nal duran­te o “inver­no” que está a come­çar nes­te pla­ne­ta. Dados da tele­me­tria demons­tram que a per­da de comu­ni­ca­ção com o equi­pa­men­to foi devi­do a fal­ta de ener­gia na bate­ria, decor­ren­te das noi­tes mai­o­res. Desa­fi­os como estes são de espe­rar: Após cen­te­nas de sols e deze­nas de voos para além dos cin­co voos ini­ci­al­men­te pre­vis­tos, o heli­cóp­te­ro movi­do a ener­gia solar encon­tra-se em ter­re­no inex­plo­ra­do. Esta­mos ago­ra a ope­rar mui­to para além dos nos­sos limi­tes ori­gi­nais de con­cep­ção. His­to­ri­ca­men­te, Mar­te é um gran­de desa­fio para as naves espa­ci­ais (par­ti­cu­lar­men­te as movi­das a ener­gia solar). Cada sol pode ser o últi­mo da Ingenuidade.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

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