Newsletter Nº253

Newsletter Nº253
News­let­ter Nº253

Faz hoje anos que nas­cia, em 1512, o car­tó­gra­fo Gerar­dus Mer­ca­tor. Ele ficou conhe­ci­do por ter cri­a­do um mapa, incor­po­ran­do o que mais tar­de foi conhe­ci­do como pro­jec­ção de Mer­ca­tor, no qual para­le­los e meri­di­a­nos são ren­de­ri­za­dos como linhas rec­tas espa­ça­das, de modo a pro­du­zir a qual­quer momen­to uma pro­por­ção exac­ta de lati­tu­de para lon­gi­tu­de. Ele tam­bém intro­du­ziu o ter­mo atlas para uma colec­ção de mapas.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1574, o mate­má­ti­co inglês Wil­li­am Ough­tred. Ele inven­tou a for­ma mais anti­ga da régua de cál­cu­lo, duas esca­las loga­rít­mi­cas line­a­res ou cir­cu­la­res idên­ti­cas man­ti­das jun­tas e ajus­ta­das à mão. Melho­ri­as envol­ven­do a regra inter­na fami­li­ar com a cons­tru­ção line­ar da lin­gue­ta na ranhu­ra vie­ram mais tar­de. Ele intro­du­ziu o fami­li­ar sinal de mul­ti­pli­ca­ção x num livro de 1631, jun­ta­men­te com o pri­mei­ro uso das abre­vi­a­tu­ras sin, cos e tan.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1817, o físi­co fran­cês Jac­ques Babi­net. Ele foi o pri­mei­ro a pro­por a defi­ni­ção da uni­da­de de com­pri­men­to em ter­mos do com­pri­men­to de onda de uma linha espec­tral. A linha ver­me­lha no espec­tro de cád­mio foi esco­lhi­da e o angs­trom foi rede­fi­ni­do como uma frac­ção des­se valor. Ele esta­be­le­ceu um prin­cí­pio na teo­ria da difrac­ção (1837) que rece­beu seu nome. O com­pen­sa­dor Babi­net foi sua inven­ção para medir a pola­ri­za­ção da luz.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1842, o mate­má­ti­co ale­mão Hein­ri­ch Mar­tin Weber. Ele esta­be­le­ceu uma base algé­bri­ca para super­fí­ci­es de Rie­mann, per­mi­tin­do uma for­mu­la­ção pura­men­te algé­bri­ca do teo­re­ma de Rie­mann-Roch. Os tra­ba­lhos de pes­qui­sa de Weber eram nume­ro­sos, a mai­o­ria deles publi­ca­dos no Crel­le’s Jour­nal ou no Mathe­ma­tis­che Annalen.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1876, o enge­nhei­ro fran­cês Édou­ard Belin. Ele foi res­pon­sá­vel pela inven­ção que fez a pri­mei­ra trans­mis­são tele­fo­to atra­vés de fios, de Paris a Lyon e Bor­de­aux e de vol­ta a Paris. Ele desen­vol­veu ain­da mais o Beli­no­graph, capaz de fazer a pri­mei­ra trans­mis­são tran­sa­tlân­ti­ca de fax por rádio, em 4 de Agos­to de 1921, entre Anna­po­lis, Mary­land, e os labo­ra­tó­ri­os de Belin em La Mal­mai­son, Fran­ça. A sua inven­ção digi­ta­li­zou uma ima­gem num cilin­dro reflec­tin­do um fei­xe de luz numa célu­la foto­e­léc­tri­ca que con­ver­tia dife­ren­tes inten­si­da­des de luz reflec­ti­da em impul­sos eléc­tri­cos. O seu equi­pa­men­to foi adop­ta­do na Grã-Bre­ta­nha em 1928 e usa­do qua­se exclu­si­va­men­te pelos media euro­peus nas déca­das de 30 a 40, quan­do o ter­mo “Beli­no” pas­sou a ser uti­li­za­do em geral para todos os tipos de trans­mis­são de imagens.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1915, o mate­má­ti­co fran­cês Lau­rent Schwartz. Ele foi pio­nei­ro na teo­ria das dis­tri­bui­ções, que atri­bui um sig­ni­fi­ca­do bem defi­ni­do a objec­tos como a fun­ção del­ta Dirac. Ele rece­beu a Meda­lha Fields em 1950 pelo seu tra­ba­lho na teo­ria das distribuições.

Esta sema­na venho falar-vos de um núme­ro mis­te­ri­o­so que é o 6174. À pri­mei­ra vis­ta, pode não pare­cer tão óbvio. Mas, como esta­mos pres­tes a ver, qual­quer pes­soa que pos­sa sub­trair pode des­co­brir o mis­té­rio que tor­na este núme­ro tão espe­ci­al. Em 1949, o mate­má­ti­co D. R. Kapre­kar de Devla­li, na Índia, con­ce­beu um pro­ces­so ago­ra conhe­ci­do como ope­ra­ção de Kapre­kar. Pri­mei­ro, esco­lha um núme­ro de qua­tro dígi­tos em que os dígi­tos não sejam todos iguais (que não seja 1111, 2222, …). Em segui­da, reor­ga­ni­ze os dígi­tos para obter os núme­ros mai­o­res e meno­res que esses dígi­tos podem cri­ar. Por fim, sub­traia o menor núme­ro do mai­or para obter um novo núme­ro e con­ti­nue repe­tin­do a ope­ra­ção para cada novo núme­ro. É uma ope­ra­ção sim­ples, mas Kapre­kar des­co­briu que isso levou a um resul­ta­do sur­pre­en­den­te. Vamos expe­ri­men­tar, come­çan­do com o núme­ro 2020, os dígi­tos do ano pas­sa­do. O núme­ro máxi­mo que pode­mos cri­ar com esses dígi­tos é 2200 e o míni­mo é 0022 ou 22 (se um ou mais dígi­tos for zero, incor­po­re-os no lado esquer­do do núme­ro míni­mo). O resul­ta­do é 2178. Ago­ra 8721–1278=7443. Ago­ra 7443–3447=3996. Ago­ra 9963–3699=6264. Ago­ra 6642–2466=4176. Ago­ra 7641–1467=6174. Quan­do che­ga­mos a 6174, a ope­ra­ção repe­te-se, dan­do sem­pre o resul­ta­do 6174 todas as vezes. Cha­ma­mos o núme­ro 6174 de um ker­nel des­ta ope­ra­ção. Então 6174 é um ker­nel para a ope­ra­ção do Kapre­kar, mas isso é tão espe­ci­al quan­to o 6174? Bem, o 6174 não é ape­nas o úni­co ker­nel para a ope­ra­ção, mas tam­bém tem mais uma sur­pre­sa na manga.

Tam­bém esta sema­na pude­mos obser­var uma ima­gem de alta reso­lu­ção cap­ta­da pelo rover Curi­o­sity sobre um pano­ra­ma da super­fí­cie de Mar­te. Com­pos­ta por mais de 1.000 ima­gens tira­das duran­te o feri­a­do de Acção de Gra­ças de 2019 e cui­da­do­sa­men­te reu­ni­das nos meses seguin­tes, a com­po­si­ção con­tém 1,8 mil milhões de pixeis da pai­sa­gem mar­ci­a­na. A Mast­cam do rover usou a sua len­te tele­fo­to para pro­du­zir o pano­ra­ma; enquan­to isso, con­ta­va com sua len­te de ângu­lo médio para pro­du­zir um pano­ra­ma de bai­xa reso­lu­ção e qua­se 650 milhões de pixels, que inclui o deck do rover e o bra­ço robótico.

Tam­bém esta sema­na cien­tis­tas que estu­dam um aglo­me­ra­do de galá­xi­as dis­tan­tes des­co­bri­ram a mai­or explo­são vis­ta no Uni­ver­so des­de o Big Bang. A explo­são veio de um bura­co negro super­mas­si­vo no cen­tro de uma galá­xia a cen­te­nas de milhões de anos-luz de dis­tân­cia. Ele liber­tou cin­co vezes mais ener­gia que o regis­ta­do anteriormente.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker.

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Newsletter Nº252

Newsletter Nº252
News­let­ter Nº252

Faz hoje anos que nas­cia, em 1891, o inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no David Sar­noff. Ele foi pio­nei­ro no desen­vol­vi­men­to de trans­mis­sões de rádio e tele­vi­são. Ele foi o pri­mei­ro res­pon­sá­vel da RCA e fun­dou a rede de tele­vi­são NBC (1926). Ele tor­nou-se um ope­ra­dor de radio e conhe­ceu Mar­co­ni em 1906. Pre­ven­do as múl­ti­plas pos­si­bi­li­da­des do rádio, tor­nou-se geren­te comer­ci­al da Ame­ri­can Mar­co­ni em 1917, já a pre­ver que o rádio se tor­na­ria “um uti­li­tá­rio domés­ti­co no mes­mo sen­ti­do que o pia­no ou o fonógrafo”.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1910, o enge­nhei­ro aero­náu­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no Kelly John­son. Ele enquan­to geria a divi­são secre­ta de pro­jec­tos da Lockhe­ed, conhe­ci­da como “Skunk Works”, con­tri­buiu para o desen­vol­vi­men­to de mais de 40 aviões. Os seus pri­mei­ros tra­ba­lhos incluí­ram o caça P‑38 Light­ning (1938) e o bom­bar­dei­ro Hud­son. Mais tar­de, ele desen­vol­veu os aviões super­só­ni­cos e de mai­or voo do mun­do. O U‑2 (1954) foi o pri­mei­ro avião pro­jec­ta­do para voos de roti­na aci­ma de 60.000 pés. O F‑104 Star­figh­ter (1954) era capaz de voar ao dobro da velo­ci­da­de do som, esta­be­le­cen­do recor­des mun­di­ais de 1.400 mph e 103.000 pés de altitude.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1947, o Físi­co teó­ri­co e cos­mo­lo­gis­ta nor­te-ame­ri­ca­no Alan Guth. Ele é pio­nei­ro na apre­sen­ta­ção do mode­lo de expan­são do uni­ver­so. Este mode­lo expli­ca o cres­ci­men­to expo­nen­ci­al do uni­ver­so em meras frac­ções de segun­do após o Big Bang e sua expan­são con­tí­nua hoje.

Nes­ta sema­na que pas­sou ficá­mos a saber que o Rasp­ber­ry PI come­mo­ra o seu oita­vo ani­ver­sá­rio. E nes­ta come­mo­ra­ção, aju­da­da pela redu­ção dos cus­tos de pro­du­ção foi anun­ci­a­do que o Rasp­ber­ry PI 4 B de 2 GB de memó­ria irá ficar ao pre­ço do de 1GB, ou seja sen­si­vel­men­te 35€.
Tam­bém esta sema­na ficá­mos a saber que o nos­so pla­ne­ta tem uma 2ª Lua! Bom, pare­ce que de acor­do com obser­va­ções dos astró­no­mos Kac­per Wierz­chos e The­o­do­re Pruy­ne este objec­to tem entre 1,8 e 3,8 metros de diâ­me­tro. Foi desig­na­da de 2020 CD3 e dá a vol­ta ao pla­ne­ta a cada 47 dias, ten­do fica­do pre­so na for­ça gra­vi­ta­ci­o­nal da Ter­ra à cer­ca de três anos. No entan­to este aste­rói­de está ape­nas de visi­ta e assim que se con­se­guir liber­tar da for­ça de atrac­ção da Ter­ra segui­rá o seu cami­nho, esti­man­do-se que seja já em Abril des­te ano.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­da a revis­ta Mag­PI Nº91 do mês de Mar­ço assim como a revis­ta newe­lec­tro­nics de 25 de Feve­rei­ro e o livro “Code the Clas­sics – Volu­me 1”.

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Newsletter Nº251

Newsletter Nº251
News­let­ter Nº251

Faz hoje anos que nas­cia, em 1844, o físi­co aus­tría­co Ludwig Boltz­mann. Foi o fun­da­dor da mecâ­ni­ca esta­tís­ti­ca. As suas teo­ri­as inter­li­ga­vam as pro­pri­e­da­des e o com­por­ta­men­to de áto­mos e molé­cu­las com as pro­pri­e­da­des e o com­por­ta­men­to em lar­ga esca­la das subs­tân­ci­as das quais eles eram os blo­cos cons­ti­tuin­tes. Ele tam­bém ela­bo­rou uma teo­ria ciné­ti­ca dos gases e a lei de Ste­fan-Boltz­mann rela­ti­va a uma rela­ção entre a tem­pe­ra­tu­ra dum cor­po e a radi­a­ção que ele emite.

Tam­bém faz anos hoje que nas­cia, em 1931, o mate­má­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no John Mil­nor. Rece­beu a meda­lha Fields em 1962 por ter pro­va­do que uma esfe­ra de 7 dimen­sões pode ter 28 estru­tu­ras dife­ren­ci­ais dife­ren­tes. Este tra­ba­lho abriu o novo cam­po de topo­lo­gia dife­ren­ci­al. O teo­re­ma de Mil­nor mos­tra que a cur­va­tu­ra total de um nó é de pelo menos 4. Na déca­da de 1950, Mil­nor fez uma quan­ti­da­de subs­tan­ci­al de tra­ba­lho em topo­lo­gia algé­bri­ca, na qual cons­truiu o espa­ço de clas­si­fi­ca­ção de um gru­po topo­ló­gi­co e deu uma rea­li­za­ção geo­mé­tri­ca de uma semi-sim­pli­ci­da­de. complexo.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1945, o astro­fí­si­co nor­te-ame­ri­ca­no Geor­ge Smo­ot. Ele estu­dou o fun­do cós­mi­co de micro-ondas e des­co­briu a assi­na­tu­ra das ondas gra­vi­ta­ci­o­nais. Estas ondu­la­ções no espa­ço-tem­po foram pre­di­tas pela pri­mei­ra vez por Albert Eins­tein. Eles vêm dos pri­mei­ros momen­tos do cos­mos e for­ne­cem a pri­mei­ra evi­dên­cia direc­ta da expan­são após a cri­a­ção do uni­ver­so pelo Big Bang. Smo­ot lide­rou uma equi­pa de inves­ti­ga­ção para mape­ar os está­gi­os ini­ci­ais do cos­mos, des­co­brin­do um padrão de vari­a­ções minús­cu­las de tem­pe­ra­tu­ra que evo­luí­ram para o uni­ver­so ago­ra for­ma­do. Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel de Físi­ca de 2006 com John C. Mather “pela des­co­ber­ta da for­ma do cor­po negro e pela ani­so­tro­pia da radi­a­ção cós­mi­ca de fun­do em micro-ondas”.

Nes­ta sema­na que pas­sou ficá­mos a saber que a Spa­ceX lan­çou mais um con­jun­to de 60 saté­li­tes para o espa­ço. Estes fazem par­te da rede de saté­li­tes de comu­ni­ca­ção Star­link. Infe­liz­men­te após o lan­ça­men­to bem-suce­di­do, o pri­mei­ro está­gio do fogue­tão não con­se­guiu pou­sar no dro­ne Ship “Of Cour­se I Still Love You” no Oce­a­no Atlân­ti­co. Se tives­se sido bem suce­di­do, teria sido um mar­co impor­tan­te para a empre­sa: 50 recu­pe­ra­ções de fogue­tões. Esta mis­são da Star­link foi o 80º lan­ça­men­to da SpaceX.

Tam­bém esta sema­na o veí­cu­lo lunar Yutu‑2 da Chi­na des­co­briu o que pare­cem ser rochas rela­ti­va­men­te jovens duran­te suas recen­tes acti­vi­da­des de explo­ra­ção no lado opos­to da lua. O veí­cu­lo espa­ci­al da mis­são Chang’e‑4 foto­gra­fou as rochas espa­lha­das, apa­ren­te­men­te de cor mais cla­ra. Os espé­ci­mes, que são bem dife­ren­tes daque­les já estu­da­dos pelo veí­cu­lo espa­ci­al, pode­ri­am com­ple­tar as idei­as da equi­pa sobre a his­tó­ria geo­ló­gi­ca e a evo­lu­ção da área, cha­ma­da cra­te­ra Von Kármán.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­da a revis­ta Hacks­pa­ce Maga­zi­ne Nº28 do mês de Março.

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Newsletter Nº250

Newsletter Nº250
News­let­ter Nº250

Faz hoje anos que nas­cia, em 1805, o mate­má­ti­co ale­mão Peter Gus­tav Lejeu­ne Diri­ch­let. Ten­do fei­to vali­o­sas con­tri­bui­ções para teo­ria dos núme­ros, aná­li­se e mecâ­ni­ca, Diri­ch­let é mais conhe­ci­do pelos seus tra­ba­lhos sobre con­di­ções para a con­ver­gên­cia de séri­es tri­go­no­mé­tri­cas e o uso das séri­es para repre­sen­tar fun­ções arbi­trá­ri­as. Ele, em 1837, propôs a defi­ni­ção moder­na de uma fun­ção. Em mecâ­ni­ca, ele inves­ti­gou o equi­lí­brio de sis­te­mas e a teo­ria do poten­ci­al. Isso levou‑o ao pro­ble­ma de Diri­ch­let, rela­ti­vo às fun­ções har­mó­ni­cas com deter­mi­na­das con­di­ções de fron­tei­ra. Diri­ch­let é con­si­de­ra­do o fun­da­dor da teo­ria das séri­es de Fou­ri­er, ten­do cor­ri­gi­do os erros ante­ri­o­res de outros inves­ti­ga­do­res nos escri­tos de Fou­ri­er. Um dos seus alu­nos era Rie­mann. Em 1855, ele suce­deu Carl Fri­e­dri­ch Gauss na Uni­ver­si­da­de de Göttingen.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1834, o quí­mi­co ale­mão Hein­ri­ch Caro. Ele inven­tou novos pro­ces­sos quí­mi­cos indus­tri­ais que per­mi­ti­ram à empre­sa ale­mã BASF (Badis­che Ani­lin und Soda Fabrik) tor­nar-se o prin­ci­pal fabri­can­te de coran­tes sin­té­ti­cos duran­te duas déca­das, a par­tir de 1869. Antes de se jun­tar a eles (1866), ele bene­fi­ci­ou do tem­po que pas­sou na Ingla­ter­ra, tra­ba­lhan­do em mal­veí­na (o pri­mei­ro coran­te sin­té­ti­co) e apren­den­do sobre os novos coran­tes sin­té­ti­cos que Wil­li­am Per­kins tinha desen­vol­vi­do. Caro melho­rou esses méto­dos de sín­te­se e impul­si­o­nou a ascen­são da indús­tria ale­mã de coran­tes, que levou ao domí­nio mais amplo da Ale­ma­nha na quí­mi­ca indus­tri­al e ao sur­gi­men­to do labo­ra­tó­rio de pes­qui­sa indus­tri­al. Ele aju­dou a sin­te­ti­zar a ali­za­ri­na arti­fi­ci­al (um coran­te natu­ral), des­co­briu o azul de meti­le­no (1877), o pri­mei­ro coran­te azo áci­do (1878) e o pode­ro­so agen­te oxi­dan­te, o áci­do de Caro, o H2SO5 (1898).

Faz igual hoje anos que nas­cia, em 1910, o físi­co e inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no Wil­li­am Shoc­kley. Jun­ta­men­te com John Bar­de­en e Wal­ter H. Brat­tain rece­beu o pré­mio Nobel da físi­ca pelo desen­vol­vi­men­to do tran­sís­tor, um dis­po­si­ti­vo que subs­ti­tuiu a menos efi­ci­en­te vál­vu­la e deu ori­gem à era da elec­tró­ni­ca mini­a­tu­ri­za­da como a conhe­ce­mos hoje.

Por fim, nas­cia em 1923, Chuck Yea­ger. Este Pilo­to nor­te-ame­ri­ca­no alcan­çou inú­me­ros recor­des de velo­ci­da­de, dos quais o mais famo­so é o pri­mei­ro voo tri­pu­la­do mais rápi­do que o som. O Bell X‑1 foi cons­truí­do como um avião de pes­qui­sa para atin­gir velo­ci­da­des e alti­tu­des extre­mas. Em 14 de Outu­bro de 1947, o X‑1 foi levan­ta­do do chão num B‑29 e trans­por­ta­do para 6.400 m. Ele sol­tou-se, dis­pa­ran­do qua­tro fogue­tes de com­bus­tí­vel líqui­do, o que o levou a uma velo­ci­da­de super­só­ni­ca de Mach 1,06 e a uma alti­tu­de máxi­ma de 45.000 pés (13.700 m).

Nes­ta sema­na que pas­sou e numa cola­bo­ra­ção entre a ESA e a NASA foi lan­ça­da a Solar Orbi­ter. Pro­cu­ran­do uma visão dos pólos nor­te e sul do Sol, a Solar Orbi­ter via­ja­rá para fora do pla­no eclíp­ti­co — o cin­tu­rão do espa­ço, apro­xi­ma­da­men­te ali­nha­do com o equa­dor do Sol, atra­vés do qual os pla­ne­tas orbi­tam. Pas­san­do pela Ter­ra e repe­ti­da­men­te em vol­ta de Vénus, a son­da apro­xi­mar-se‑á do Sol e subi­rá mais aci­ma da eclíp­ti­ca até ter uma visão pano­râ­mi­ca dos pólos.

Tam­bém esta sema­na que pas­sou ficá­mos a conhe­cer a nova ver­são do soft­ware Rasp­bi­an para o Rasp­ber­ry PI. Esta dis­tro base­a­da no Debi­an bus­ter tem como prin­ci­pais alte­ra­ções, melho­ri­as ao nivel do ges­tor de fichei­ros PCmanFM, do lei­tor de ecrã Orca, melho­ri­as ao nivel do Scrat­ch 3 e do Thonny e ain­da no con­tro­lo de volu­me / mixer e a capa­ci­da­de de ins­ta­lar os jogos do livro “Code the Clas­sics – Volu­me 1”.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­da tam­bém a revis­ta newe­lec­tro­nics de 11 de Fevereiro.

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Newsletter Nº249

Newsletter Nº249
News­let­ter Nº249

Faz hoje anos que Char­les Whe­ats­to­ne nas­cia em 1802. Este Físi­co inglês popu­la­ri­zou a pon­te Whe­ats­to­ne, um dis­po­si­ti­vo que mede com pre­ci­são a resis­tên­cia eléc­tri­ca e se tor­nou ampla­men­te uti­li­za­do em labo­ra­tó­ri­os. Na ver­da­de, ele não inven­tou a “Pon­te de Whe­ats­to­ne”. O seu con­tem­po­râ­neo, Samu­el Hun­ter Chris­tie, teve a ideia do cir­cui­to de pon­tes, mas Whe­ats­to­ne esta­be­le­ceu o pre­ce­den­te para usá-lo da manei­ra que mais comum­men­te se usa. Com o tem­po, o dis­po­si­ti­vo asso­ci­ou-se a ele e assu­miu o seu nome. No entan­to, ele inven­tou a san­fo­na (1829), o este­re­os­có­pio (1838) e uma for­ma pri­mi­ti­va do telé­gra­fo. Ele tam­bém desen­vol­veu um cro­nos­có­pio (1842) para deter­mi­nar a velo­ci­da­de dos pro­jé­teis numa arti­lha­ria inglesa.

Faz tam­bém anos hoje que Gerard K. O’Neill nas­cia em 1927. Este físi­co ame­ri­ca­no inven­tou o anel de arma­ze­na­men­to de fei­xe coli­den­ci­al que aumen­tou a pro­du­ção de ener­gia dos ace­le­ra­do­res de par­tí­cu­las uti­li­zan­do fei­xes de par­tí­cu­las que se movi­am atra­vés de uma câma­ra em for­ma de anel em direc­ções opos­tas. Ele cons­truiu dois anéis de arma­ze­na­men­to em Stan­ford em 1959, e a téc­ni­ca logo foi adop­ta­da para inú­me­ras ins­ta­la­ções de alta ener­gia. Como prin­ci­pal defen­sor da colo­ni­za­ção espa­ci­al, ele escre­veu em seu livro The High Fron­ti­er (1978), que as coló­ni­as espa­ci­ais pode­ri­am ser a solu­ção defi­ni­ti­va para pro­ble­mas ter­res­tres como polui­ção, super­po­pu­la­ção e fal­ta de ener­gia. Ele pro­jec­tou uma esta­ção espa­ci­al cilín­dri­ca sela­da de 1 km de com­pri­men­to para ser cons­truí­da prin­ci­pal­men­te com mate­ri­ais luna­res pro­ces­sa­dos e usan­do ener­gia solar. Seria capaz de sus­ten­tar uma coló­nia huma­na inde­fi­ni­da­men­te no espa­ço entre a Ter­ra e a Lua.

Nes­ta sema­na que pas­sou ficá­mos a saber que o gover­no da Nova Zelân­dia e a Wisk, uma empre­sa de mobi­li­da­de urba­na urba­na (UAM), anun­ci­a­ram um Memo­ran­do de Enten­di­men­to (MOU) para esta­be­le­cer um tes­te de trans­por­te de pas­sa­gei­ros em Can­ter­bury, Nova Zelân­dia. O táxi aéreo total­men­te elé­tri­co da Wisk, cha­ma­do Cora, é o avião selec­ci­o­na­do para os testes.
Tam­bém esta sema­na que pas­sou a OneWeb lan­çou mais 34 saté­li­tes para o espa­ço para a cons­tru­ção de uma cons­te­la­ção de 650 saté­li­tes. Este segun­do lan­ça­men­to a bor­do de um fogue­tão Soyuz que par­tiu do Cos­mo­dro­mo de Bai­ko­nur no Cazaquistão.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker assim como um mode­lo 3D para­mé­tri­co para fazer formicários.

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