Newsletter Nº393

Newsletter Nº393
News­let­ter Nº393

Faz hoje anos que nas­cia, em 1764, o mine­ra­lo­gis­ta his­pa­no-ame­ri­ca­no Andrés Manu­el del Río. Ele des­co­briu (1801) um novo ele­men­to, mais tar­de cha­ma­do vana­dium. Enquan­to pro­fes­sor de mine­ra­lo­gia no Méxi­co, Del Rio exa­mi­nou uma amos­tra de chum­bo cas­ta­nho de Zima­pan e encon­trou um novo metal, seme­lhan­te ao cró­mio e urâ­nio, ao qual deu o nome de eri­tró­nio, após a cor ver­me­lha de um dos seus com­pos­tos quí­mi­cos (eri­tró­nio gre­go, “ver­me­lho”). Foi dis­su­a­di­do por outros quí­mi­cos, e aca­bou por con­si­de­rá-lo como cró­mio impu­ro. O quí­mi­co sue­co Nils Gabri­el Sefs­tröm, redes­co­briu o ele­men­to (1830) e deu-lhe o nome de vaná­dio, depois de Vana­dis, a deu­sa escan­di­na­va da bele­za, por cau­sa dos seus belos com­pos­tos mul­ti­co­lo­ri­dos. Des­de o iní­cio do sécu­lo XIX, o vaná­dio tem sido uti­li­za­do como ele­men­to de liga para aços e ferro.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1810, o enge­nhei­ro sani­tá­rio e cana­li­za­dor inglês Geor­ge Jen­nings. Ele inven­tou os pri­mei­ros auto­clis­mos públi­cos. Jen­nings espe­ci­a­li­zou-se na con­cep­ção de sani­tá­ri­os que fos­sem “o armá­rio sani­tá­rio mais per­fei­to que se pos­sa fazer”. No entan­to, tam­bém se des­ta­cou em pro­jec­tos de sane­a­men­to públi­co, tais como a con­cep­ção da “con­ve­ni­ên­cia públi­ca” sub­ter­râ­nea. As entra­das para estes eram ela­bo­ra­das gra­des metá­li­cas e arcos ilu­mi­na­dos por lâm­pa­das, com inte­ri­o­res cons­truí­dos em ardó­sia e, mais tar­de, em azu­le­jos de cerâmica.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1855, o fabri­can­te auto­mó­vel fran­cês Ale­xan­dre Dar­racq. Ele foi um dos pri­mei­ros a pla­ne­ar a pro­du­ção em mas­sa de veí­cu­los auto­mó­veis. Dar­racq come­çou a fabri­car máqui­nas de cos­tu­ra e fun­dou a empre­sa Gla­di­a­tor Cycle em 1891, fabri­can­do as moto­ci­cle­tas Mil­let. Em finais da déca­da de 1890, em Fran­ça, recor­reu aos auto­mó­veis. Mais tar­de, Dar­racq fabri­cou car­ros eléc­tri­cos e bici­cle­tas Mil­let moto­ri­za­das. Come­çou a pro­du­zir Léon Bol­lée voi­tu­ret­tes (1898), depois pro­du­ziu auto­mó­veis de qua­li­da­de sob as mar­cas Dar­racq, Talbot-Darracq,e Tal­bot, nome­a­da­men­te a Dar­racq Flying Fif­te­en (1904). Tam­bém cons­truiu auto­mó­veis de cor­ri­da e diri­giu uma esco­la para pilo­tos de cor­ri­da. Em 1904 Dar­racq foi o fabri­can­te de auto­mó­veis de mai­or suces­so no mun­do, pro­du­zin­do 1600 veí­cu­los. A fábri­ca da fili­al ita­li­a­na foi a ori­gem da Alfa Romeo. Ele nun­ca apren­deu a conduzir.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1861, o astró­no­mo esco­cês Robert Innes. Ele des­co­briu Pro­xi­ma Cen­tau­ri (1915), a estre­la mais pró­xi­ma da Ter­ra depois do Sol. Con­vi­da­do por David Gill para o Obser­va­tó­rio do Cabo, Áfri­ca do Sul (1894), tor­nou-se um obser­va­dor biná­rio bem suce­di­do com o refrac­tor de 7 pole­ga­das (1628 des­co­ber­tas). A sua des­co­ber­ta mais famo­sa, Pro­xi­ma Cen­tau­ri é uma estre­la fra­ca per­to da estre­la biná­ria Alfa Cen­tau­ri, que está tão lon­ge do sul que não é visí­vel da mai­or par­te do hemis­fé­rio nor­te. Foi tam­bém o pri­mei­ro a ver o come­ta da luz do dia de 1910, embo­ra este come­ta tenha sido encon­tra­do inde­pen­den­te­men­te por tan­tas pes­so­as no hemis­fé­rio sul que nenhum “ori­gi­nal” des­co­bri­dor pôde ser nome­a­do. Innes registou‑o a 17 de Janei­ro de 1910.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1895, o desig­ner de aviões nor­te-ame­ri­ca­no Jack North­rop. Ele foi um dos pri­mei­ros defen­so­res da cons­tru­ção total­men­te metá­li­ca e do dese­nho das asas voa­do­ras. Já em 1923, Jack North­rop tinha sido con­ven­ci­do de que a asa voa­do­ra, na qual a aero­na­ve trans­por­ta­va todas as car­gas e con­tro­los den­tro da asa e não tinha fuse­la­gem nem sec­ções de cau­da, era o pró­xi­mo gran­de pas­so em fren­te na con­cep­ção de aero­na­ves. Duran­te a Segun­da Guer­ra Mun­di­al, ele per­se­guiu vári­os pro­jec­tos de aero­na­ves de asa voa­do­ra. Nas déca­das que se segui­ram à guer­ra, o nome de North­rop foi ane­xa­do como fabri­can­te e pro­jec­tis­ta de vári­as outras aero­na­ves, cul­mi­nan­do no B‑2, que jus­ti­fi­ca­va o sonho de Jack North­rop de uma máqui­na voa­do­ra limpa.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1918, o quí­mi­co teó­ri­co ale­mão Ernst Otto Fis­cher. Ele foi co-reci­pi­en­te (com o cien­tis­ta bri­tâ­ni­co Geof­frey Wil­kin­son) do Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca em 1973 pela sua iden­ti­fi­ca­ção de uma for­ma com­ple­ta­men­te nova em que os metais e as subs­tân­ci­as orgâ­ni­cas se podem com­bi­nar. Fis­cher conhe­ceu pela pri­mei­ra vez o recém-sin­te­ti­za­do com­pos­to orga­no­me­tá­li­co cha­ma­do fer­ro­ce­no ao ler sobre o mes­mo em 1951. Como nes­sa altu­ra a sua estru­tu­ra era des­co­nhe­ci­da, Fis­cher estudou‑o, e deter­mi­nou que con­sis­tia num úni­co áto­mo de fer­ro ensan­dui­cha­do entre dois anéis de car­bo­no de cin­co lados. Wil­kin­son fez esta mes­ma des­co­ber­ta de for­ma inde­pen­den­te de Fischer.

Em 1974, a des­co­ber­ta da par­tí­cu­la suba­tó­mi­ca “char­med quark” foi anun­ci­a­da simul­ta­ne­a­men­te pelos dois gru­pos expe­ri­men­tais ame­ri­ca­nos res­pon­sá­veis. Um era um gru­po MIT no Labo­ra­tó­rio Naci­o­nal de Bro­okha­ven, e o outro um gru­po SLAC-Ber­ke­ley na cos­ta oci­den­tal, no cen­tro de ace­le­ra­do­res Line­ar de Stan­ford. A nova par­tí­cu­la, de mas­sa 3095 MeV teve uma vida útil cer­ca de 1000 vezes mais lon­ga do que a de outras par­tí­cu­las de mas­sa com­pa­rá­vel. Este anún­cio incen­di­ou o mun­do da físi­ca de alta ener­gia e é ago­ra conhe­ci­do na comu­ni­da­de da físi­ca como a revo­lu­ção de Novem­bro. Em dois anos, em 1976, os cien­tis­tas que lide­ra­vam esses gru­pos, Samu­el Ting e Bur­ton Rich­ter, rece­be­ram o Pré­mio Nobel da Física.

Em 1983, o estu­dan­te ame­ri­ca­no Fred Cohen apre­sen­tou num semi­ná­rio de segu­ran­ça os resul­ta­dos do seu tes­te — o pri­mei­ro vírus docu­men­ta­do, cri­a­do como uma expe­ri­ên­cia em segu­ran­ça infor­má­ti­ca. Cohen cri­ou este pri­mei­ro vírus ao estu­dar para um dou­to­ra­men­to na Uni­ver­si­da­de da Cali­fór­nia do Sul. Outros tinham escri­to sobre o poten­ci­al de cri­a­ção de pro­gra­mas per­ni­ci­o­sos, mas ele foi o pri­mei­ro a demons­trar um exem­plo de tra­ba­lho. No jor­nal, ele defi­niu um vírus como “um pro­gra­ma que pode ‘infec­tar’ outros pro­gra­mas, modi­fi­can­do-os para incluir uma … ver­são de si mes­mo”. Cohen adi­ci­o­nou o seu vírus a um pro­gra­ma grá­fi­co cha­ma­do VD, escri­to para um mini-com­pu­ta­dor Vax. O vírus escon­deu-se den­tro do VD e uti­li­zou as per­mis­sões que os uti­li­za­do­res tinham de olhar para outras par­tes do com­pu­ta­dor Vax para se espa­lha­rem pelo sistema.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

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Newsletter Nº392

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News­let­ter Nº392

Faz hoje anos que nas­cia, em 1749, o quí­mi­co e fotó­gra­fo esco­cês Dani­el Ruther­ford. Ele des­co­briu a por­ção de ar que não supor­ta a com­bus­tão, ago­ra conhe­ci­da por ser nitro­gé­nio. Depois de dei­xar um rato viver numa quan­ti­da­de con­fi­na­da de ar até mor­rer, quei­mou uma vela e quei­mou fós­fo­ro no mes­mo ar, des­de que ardes­sem. Assu­miu que o gás res­tan­te era dió­xi­do de car­bo­no, que dis­sol­veu passando‑o atra­vés de um álca­li for­te. No entan­to, per­ma­ne­ceu gás inca­paz de supor­tar a res­pi­ra­ção ou com­bus­tão, que ele sabia já não con­ter oxi­gé­nio ou dió­xi­do de car­bo­no. Cha­mou-lhe “ar sofis­ti­ca­do”, seguin­do a teo­ria do phlo­gis­ton de Georg Stahl. Foi mais tar­de devi­da­men­te des­cri­to por Antoi­ne Lavoi­si­er. Ruther­ford tam­bém con­ce­beu o pri­mei­ro ter­mó­me­tro máximo-mínimo.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1962, o pro­gra­ma­dor de com­pu­ta­dor nor­te-ame­ri­ca­no Phil Katz. Ele ficou conhe­ci­do como o cri­a­dor do for­ma­to de fichei­ro Zip para com­pres­são de dados, e o autor de PKZIP, um pro­gra­ma para a cri­a­ção de fichei­ros zip que cor­ria sob DOS. Um pro­ces­so de direi­tos de autor entre Sys­tem Enhan­ce­ment Asso­ci­a­tes (SEA) e a empre­sa de Katz, PKWARE, Inc., foi ampla­men­te divul­ga­do na comu­ni­da­de BBS no final da déca­da de 1980. O negó­cio de soft­ware de Phil Katz foi mui­to bem suce­di­do, mas ele lutou con­tra o iso­la­men­to soci­al e o alco­o­lis­mo cró­ni­co nos últi­mos anos da sua vida.

Em 1957, foi lan­ça­do o Sput­nik 2, com o pri­mei­ro ani­mal vivo envi­a­do para o espa­ço — um cão husky sibe­ri­a­no, Lai­ka (“ladrão” em rus­so). Pela sua con­cep­ção, a embar­ca­ção não foi pla­ne­a­da para recu­pe­ra­ção, e Lai­ka mor­reu em órbi­ta. Dados bio­ló­gi­cos, os pri­mei­ros dados do seu géne­ro, foram trans­mi­ti­dos de vol­ta à Ter­ra enquan­to ela viveu. Os dados mos­tra­ram aos cien­tis­tas como Lai­ka se esta­va a adap­tar ao espa­ço — infor­ma­ção impor­tan­te para as imi­nen­tes mis­sões tri­pu­la­das pla­ne­a­das. O saté­li­te de 508 kg per­ma­ne­ceu em órbi­ta duran­te 162 dias. Lai­ka foi con­si­de­ra­da uma heroí­na na União Soviética.

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Newsletter Nº391

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News­let­ter Nº391

Faz hoje anos que nas­cia, em 1806, o inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no Isa­ac Mer­rit Sin­ger. Ele inven­tou uma máqui­na de cos­tu­ra prá­ti­ca. Enquan­to actor, inven­tou uma esca­va­do­ra (1839) e um escul­tor de madei­ra (1849), antes de se tor­nar mecâ­ni­co iti­ne­ran­te e de melho­rar a máqui­na de cos­tu­ra. A sua pri­mei­ra paten­te de máqui­na de cos­tu­ra, emi­ti­da a 12 de Agos­to de 1851 (U.S. No. 8294), tinha um dese­nho de ban­da de roda­gem, ali­men­ta­ção con­tí­nua, e uma agu­lha reta e ver­ti­cal como as máqui­nas moder­nas. Che­gou a acor­do com Eli­as Howe por vio­la­ção da sua ante­ri­or (1846) paten­te de máqui­na de cos­tu­ra. A empre­sa então fun­da­da por Sin­ger (1856) foi, den­tro da déca­da, o mai­or fabri­can­te mun­di­al de máqui­nas de cos­tu­ra. A sua mai­or inven­ção foi uma nova for­ma de mar­ke­ting para os con­su­mi­do­res. Gas­tou gene­ro­sa­men­te em publi­ci­da­de, foi pio­nei­ro na com­pra a pre­ços aces­sí­veis por cré­di­to a pres­ta­ções, e pres­tou ser­vi­ço pós-ven­da. Em 1863, refor­mou-se, com mais 12 paten­tes sobre as suas máquinas.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1864, o inven­tor e fabri­can­te nor­te-ame­ri­ca­no John M. Mack. Ele co-fun­dou a Mack Brothers Com­pany (1902), que se tor­nou Mack Trucks Inc. (1922), fabri­can­tes de camiões pesa­dos resis­ten­tes. Em 1890, come­çou a tra­ba­lhar para uma empre­sa que fabri­ca­va car­ru­a­gens e vagões em Nova Ior­que, que com­prou pos­te­ri­or­men­te (1893) e diri­giu com os seus irmãos. Por vol­ta de 1900, os irmãos Mack pro­du­zi­ram o seu pri­mei­ro gran­de veí­cu­lo de suces­so, um auto­car­ro de 40 cv com capa­ci­da­de para 20 pas­sa­gei­ros, cha­ma­do Manhat­tan. Cons­truí­ram mais auto­car­ros, e em 1905, expan­di­ram-se para a fabri­ca­ção de camiões, com cer­ca de 100 tra­ba­lha­do­res. Em 1910, Mack pro­du­ziu o pri­mei­ro camião moto­ri­za­do de gan­cho e bexi­ga para bom­bei­ros. John inven­tou o motor do tipo Mack “Bull­dog”. O bull­dog con­ti­nua a ser o íco­ne da empre­sa actu­al e par­te do seu logótipo.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1940, o inven­tor rus­so Dmi­tri Z. Gar­bu­zov. Ele foi um dos pio­nei­ros e inven­to­res dos lasers de dío­dos de fun­ci­o­na­men­to con­tí­nuo a tem­pe­ra­tu­ra ambi­en­te e dos lasers de dío­dos de alta potên­cia. Os pri­mei­ros lasers de dío­dos de onda con­tí­nua de tem­pe­ra­tu­ra ambi­en­te foram inven­ta­dos, desen­vol­vi­dos e qua­se simul­ta­ne­a­men­te demons­tra­dos no Ins­ti­tu­to Físi­co-Téc­ni­co Iof­fe em Lenin­gra­do, Rús­sia, por uma equi­pa que inclui Gar­bu­zov e Zho­res Alfe­rov (ven­ce­dor do Pré­mio Nobel da Físi­ca de 2000), e pela equi­pa con­cor­ren­te de I. Hayashi e M. Panish nos Labo­ra­tó­ri­os Bell Telepho­ne em Mur­ray Hill, Nova Jer­sey. Ambas as equi­pas alcan­ça­ram este fei­to em 1970. Gar­bu­zov foi tam­bém res­pon­sá­vel pelo desen­vol­vi­men­to de lasers de dio­do prá­ti­cos de alta potên­cia e alta efi­ci­ên­cia numa vari­e­da­de de ban­das de com­pri­men­to de onda, des­de com­pri­men­tos de onda visí­veis até com­pri­men­tos de onda de infra­ver­me­lhos médios.

Em 1904, o pri­mei­ro sis­te­ma fer­ro­viá­rio sub­ter­râ­neo e subaquá­ti­co nos EUA, o metro da cida­de de Nova Ior­que, come­çou a fun­ci­o­nar. Mes­mo com linhas fér­re­as ele­va­das a sur­gir em tor­no da cida­de, a neces­si­da­de de um metro­po­li­ta­no de trân­si­to rápi­do era óbvia para des­con­ges­ti­o­nar as ruas e espa­lhar o desen­vol­vi­men­to da cida­de para as áre­as peri­fé­ri­cas. Qua­se 8.000 homens par­ti­ci­pa­ram na cons­tru­ção do tra­ça­do dos 3,6 km, sob o coman­do do enge­nhei­ro-che­fe, Wil­li­am Bar­clay Par­sons. A cons­tru­ção do metro foi uma tare­fa com­ple­xa e peri­go­sa; pelo menos 44 pes­so­as mor­re­ram no esfor­ço: Este pri­mei­ro metro de trân­si­to rápi­do, o IRT (Inter­bo­rough Rapid Tran­sit), foi inau­gu­ra­do em Nova Ior­que pelo Pre­si­den­te da Câma­ra McLel­lan. O pre­ço do metro e do auto­car­ro foi fixa­do em um níquel.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­da a revis­tar Mag­PI Maga­zi­ne nº 123 de Novembro.

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Newsletter Nº390

Newsletter Nº390
News­let­ter Nº390

Faz hoje anos que nas­cia, em 1616, o ana­to­mis­ta e mate­má­ti­co dina­marquês Tho­mas Bartho­lin. Ele foi o pri­mei­ro a des­cre­ver com­ple­ta­men­te todo o sis­te­ma lin­fá­ti­co huma­no (1652) e um dos pri­mei­ros defen­so­res da des­co­ber­ta de Har­vey da cir­cu­la­ção do san­gue. Entrou para a facul­da­de de mate­má­ti­ca (1647–49), depois foi pro­fes­sor de ana­to­mia (1649–61) na Uni­ver­si­da­de de Cope­nha­ga. Publi­cou mui­tos tra­ba­lhos sobre ana­to­mia, fisi­o­lo­gia e medi­ci­na, (1645–74) e um tra­ba­lho geral sobre far­ma­co­lo­gia (1658). Em 1654, Bartho­lin e a facul­da­de de medi­ci­na da sua uni­ver­si­da­de publi­ca­ram con­se­lhos sobre como as pes­so­as podi­am cui­dar de si pró­pri­as duran­te a pes­te. Depois de uma pro­pri­e­da­de com­pra­da por Bartho­lin (1663) ter sido des­truí­da pelo fogo em 1670, o rei Chris­ti­an V pagou-lhe um salá­rio anu­al como seu médi­co pes­so­al, embo­ra os seus ser­vi­ços fos­sem rara­men­te necessários.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1891, o físi­co inglês James Chadwick. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel da Físi­ca (1935) pela sua des­co­ber­ta do neu­trão. Estu­dou em Cam­brid­ge, e em Ber­lim sob a ori­en­ta­ção de Gei­ger, ten­do depois tra­ba­lha­do no Labo­ra­tó­rio Caven­dish com Ruther­ford, onde inves­ti­gou a estru­tu­ra do áto­mo. Tra­ba­lhou na dis­per­são de par­tí­cu­las alfa e na desin­te­gra­ção nucle­ar. Ao bom­bar­de­ar berí­lio com par­tí­cu­las alfa, Chadwick des­co­briu o neu­trão — uma par­tí­cu­la neu­tra no núcleo do áto­mo — pelo qual rece­beu o Pré­mio Nobel da Físi­ca em 1935. Em 1932, Chadwick cunhou o nome “neu­trão”, que des­cre­veu num arti­go da revis­ta Natu­re. Lide­rou o tra­ba­lho do Rei­no Uni­do sobre a bom­ba ató­mi­ca na II Guer­ra Mun­di­al, e foi nome­a­do cava­lei­ro em 1945.

Em 1906, o Dr. Lee DeFo­rest (26 Aug 1873 — 30 Jun 1961), um dos “pais da rádio”, anun­ci­ou o seu tubo de vácuo eléc­tri­co de três ele­men­tos (ago­ra conhe­ci­do como tri­o­do) numa reu­nião do Ins­ti­tu­to Ame­ri­ca­no de Enge­nhei­ros Elec­tro­téc­ni­cos. Ele tinha des­co­ber­to que quan­do uma malha, ou gre­lha, de ara­me era colo­ca­da entre o fila­men­to e a “pla­ca” colec­to­ra num tubo de dío­do (fei­to pela pri­mei­ra vez por J. Ambro­se Fle­ming, 1904), um gran­de efei­to ampli­fi­ca­dor de ten­são podia ser pro­du­zi­do. A DeFo­rest paten­te­ou este tubo de vácuo em 15 de Janei­ro de 1907. A capa­ci­da­de des­te tubo para ampli­fi­car sinais fra­cos era uma inven­ção tão gran­de como o pró­prio rádio, por­que tor­na­va pos­sí­vel a comu­ni­ca­ção de lon­ga distância.

Em 1983, a quin­ta defi­ni­ção legal do metro foi a dis­tân­cia que a luz per­cor­re no vácuo em 1/299.792.458 de um segun­do. com­pri­men­to do metro foi rede­fi­ni­do na 17ª reu­nião do orga­nis­mo inter­na­ci­o­nal Con­fé­ren­ce Géné­ra­le des Poids et Mesu­res (GCPM) por um méto­do para dar mai­or pre­ci­são. Supe­rou a quar­ta defi­ni­ção legal adop­ta­da em 14 de Outu­bro de 1960 com base numa linha espec­tral de kry­ton. As defi­ni­ções ante­ri­o­res incluíam a dis­tân­cia entre as mar­cas no pro­tó­ti­po inter­na­ci­o­nal de bar­ra métri­ca fei­ta de liga de pla­ti­na e irí­dio (28 de Setem­bro de 1889). Antes dis­so, foi deci­di­do que o metro deve­ria ser um déci­mo-mili­o­né­si­mo da dis­tân­cia do Pólo Nor­te ao equa­dor (1 de Agos­to de 1793), e o con­cei­to mais anti­go era o com­pri­men­to de um pên­du­lo com meio perío­do de um segun­do (8 de Maio de 1790).

E nes­ta sema­na que pas­sou a cano­ni­cal lan­çou o Ubun­tu 22.10. Com o nome de códi­go “Kine­tic Kudu”, esta ver­são inclui as mais recen­tes tool­chains de fer­ra­men­tas e apli­ca­ções com par­ti­cu­lar inci­dên­cia no ecos­sis­te­ma da Inter­net das Coi­sas. Esta nova ver­são des­ta dis­tri­bui­ção trás o Ker­nel 5.19 do Linux acom­pa­nha­do pelo GNOME 43. Adi­ci­o­nal­men­te trás atu­a­li­za­ções nos sub­sis­te­mas Mesa, Pipewi­re, Blu­eZ e CUPS para além das ulti­mas ver­sões do Fire­fox, do Libre­Of­fi­cee e do Thunderbird.

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Newsletter Nº389

Newsletter Nº389
News­let­ter Nº389

Faz hoje anos que nas­cia, em 1776, o mate­má­ti­co e enge­nhei­ro inglê Peter Bar­low. Ele inven­tou duas vari­e­da­des de len­tes teles­có­pi­cas acro­má­ti­cas (não-dis­tor­ce­do­ras de cor). Em 1819, Bar­low come­çou a tra­ba­lhar no pro­ble­ma do des­vio das bús­so­las de navi­os cau­sa­do pela pre­sen­ça de fer­ro no cas­co. Pelo seu méto­do de cor­rec­ção do des­vio por jus­ta­po­si­ção da bús­so­la com um peda­ço de fer­ro com a for­ma ade­qua­da, foi-lhe atri­buí­da a Meda­lha Copley. Em 1822, cons­truiu um dis­po­si­ti­vo que deve ser con­si­de­ra­do um dos pri­mei­ros mode­los de um motor eléc­tri­co for­ne­ci­do por cor­ren­te con­tí­nua. Tra­ba­lhou tam­bém no dese­nho de pon­tes, em par­ti­cu­lar tra­ba­lhan­do (1819–26) com Tho­mas Tel­ford no dese­nho da pon­te sobre o Estrei­to de Menai, a pri­mei­ra gran­de pon­te sus­pen­sa moder­na. Bar­low este­ve acti­vo duran­te o perío­do da cons­tru­ção fer­ro­viá­ria na Grã-Bretanha.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1932, o mate­má­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no John G. Thomp­son. Ele rece­beu a Meda­lha Fields em 1970 pelo seu tra­ba­lho em teo­ria de gru­po, resol­ven­do (com Wal­ter Feit) um dos seus pro­ble­mas mais espi­nho­sos, o cha­ma­do pro­ble­ma da “ordem estra­nha”. (A teo­ria de gru­po é um ramo da mate­má­ti­ca que se con­cen­tra no estu­do das sime­tri­as — tais como as sime­tri­as de uma figu­ra geo­mé­tri­ca, ou sime­tri­as que sur­gem em solu­ções para equa­ções algé­bri­cas). A pro­va de Thomp­son, com 253 pági­nas de equa­ções, pre­en­cheu um núme­ro intei­ro do Paci­fic Jour­nal of Mathe­ma­tics. Des­ta­ca-se como uma das mais lon­gas e com­ple­xas da mate­má­ti­ca. Thomp­son tam­bém cola­bo­rou na clas­si­fi­ca­ção dos gru­pos fini­tos sim­ples, os blo­cos de cons­tru­ção de gru­pos mais gerais. A teo­ria dos gru­pos tem apli­ca­ções impor­tan­tes em físi­ca, quí­mi­ca e outros campos.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker e alguns víde­os interessantes.

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