Newsletter Nº187

Newsletter Nº187
News­let­ter Nº187

Faz hoje anos que nas­cia, em 1803, Chris­ti­an Dop­pler. Este físi­co aus­tría­co des­cre­veu pela pri­mei­ra vez como a frequên­cia obser­va­da de luz e ondas sono­ras é afe­ta­da pelo movi­men­to rela­ti­vo da fon­te e do detec­tor, conhe­ci­do como efei­to Dop­pler. Em 1845, para tes­tar sua hipó­te­se, Dop­pler usou dois con­jun­tos de trom­pe­tis­tas: um con­jun­to esta­ci­o­ná­rio numa com­po­si­ção de com­boio e um con­jun­to em movi­men­to num vagão aber­to, todos com a mes­ma nota. Quan­do o com­boio pas­sou pela esta­ção, era óbvio que a frequên­cia das notas dos dois gru­pos não cor­res­pon­dia. As ondas sono­ras teri­am uma frequên­cia mais alta se a fon­te esti­ves­se se moves­se em direc­ção ao obser­va­dor e uma frequên­cia menor se a fon­te esti­ves­se a afas­tar-se do obser­va­dor. Edwin Hub­ble usou o efei­to Dop­pler da luz de estre­las dis­tan­tes para deter­mi­nar que o uni­ver­so está a expandir-se.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1849, John Ambro­se Fle­ming. Este enge­nhei­ro inglês fez inú­me­ras con­tri­bui­ções para ele­tró­ni­ca, foto­me­tria, medi­ções eléc­tri­cas e tele­gra­fia sem fio. Em 1904, ele des­co­briu o efei­to de uma cor­ren­te direc­ci­o­nal entre um eléc­tro­do posi­ti­va­men­te pola­ri­za­do, que ele cha­mou de âno­do, e o fila­men­to aque­ci­do num tubo de vidro em vácuo; os elec­trões fluí­ram ape­nas do fila­men­to para o âno­do. Fle­ming cha­mou o dis­po­si­ti­vo de dío­do por­que con­ti­nha dois eléc­tro­dos, o âno­do e o fila­men­to aque­ci­do. Ele notou que quan­do uma cor­ren­te alter­na era apli­ca­da, ape­nas as meta­des posi­ti­vas das ondas eram pas­sa­das — isto é, a onda era rec­ti­fi­ca­da (de AC para DC). Tam­bém era pos­sí­vel usar uma onda de frequên­cia de rádio e pro­du­zir cor­ren­te DC cor­res­pon­den­te ao ligar e des­li­gar os sinais trans­mi­ti­dos pelo códi­go Morse.

Faz igual­men­te anos hoje que nas­cia, em 1874, Antó­nio Egas Moniz. Este médi­co neu­ro­lo­gis­ta Por­tu­guês foi o fun­da­dor da neu­ro­ci­rur­gia moder­na. Na déca­da de 1920, ele foi pio­nei­ro na téc­ni­ca da angi­o­gra­fia cere­bral, per­mi­tin­do o exa­me de rai­os X das arté­ri­as no cére­bro. Na déca­da de 1930, ele desen­vol­veu a for­ma ori­gi­nal de leu­co­to­mia pré-fron­tal (lobo­to­mia), uma ope­ra­ção para ali­vi­ar sin­to­mas gra­ves de doen­ça psi­quiá­tri­ca. A ope­ra­ção con­sis­tia em inse­rir uma faca afi­a­da no lobo pré-fron­tal do cére­bro, apro­xi­ma­da­men­te a área aci­ma e entre os olhos; exi­gia o míni­mo de equi­pa­men­to e dura­va menos de cin­co minu­tos. Devi­do a este desen­vol­vi­men­to, ele foi pre­mi­a­do com o Pré­mio Nobel de Fisi­o­lo­gia ou Medi­ci­na de 1949 con­jun­ta­men­te com Wal­ter Hess.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1959, Richard Ewen Bor­cherds. Este mate­má­ti­co bri­tâ­ni­co ganhou a Meda­lha Fields em 1998 pelo seu tra­ba­lho nos cam­pos de álge­bra e geo­me­tria, em par­ti­cu­lar pela sua pro­va da cha­ma­da con­jec­tu­ra de Moonshi­ne. Esta con­jec­tu­ra foi for­mu­la­da no final dos anos 70 pelos mate­má­ti­cos bri­tâ­ni­cos John Conway e Simon Nor­ton e apre­sen­ta duas estru­tu­ras mate­má­ti­cas numa rela­ção tão ines­pe­ra­da que os espe­ci­a­lis­tas lhe deram o nome de “Moonshi­ne”. Em 1989, Bor­cherds foi capaz de lan­çar um pou­co mais de luz sobre o con­tex­to mate­má­ti­co des­te tópi­co e pro­du­zir uma pro­va para a con­jec­tu­ra. A con­jec­tu­ra Moonshi­ne for­ne­ce uma inter-rela­ção entre o cha­ma­do “gru­po de mons­tros” e fun­ções elípticas.

Esta sema­na ficá­mos a saber que a son­da Insight da NASA depois de ater­rar envi­ou sinais para a Ter­ra, indi­can­do que seus pai­néis sola­res estão aber­tos e a rece­ber luz solar na super­fí­cie de Mar­te. A son­da Mars Odys­sey da NASA retrans­mi­tiu os sinais, que foram rece­bi­dos na Ter­ra por vol­ta das 17h30. PST (20h30 EST). A implan­ta­ção de pai­néis sola­res garan­te que a son­da pos­sa recar­re­gar suas bate­ri­as todos os dias. A Odys­sey tam­bém trans­mi­tiu um par de ima­gens mos­tran­do o local de pou­so da InSight. Os pai­néis sola­res géme­os da InSight têm 2,2 metros de lar­gu­ra cada; quan­do estão aber­tos, a super­fí­cie intei­ra é do tama­nho de um car­ro da déca­da de 1960. Mar­te tem luz solar mais fra­ca do que a Ter­ra por­que está mui­to mais dis­tan­te do Sol. Mas a son­da não pre­ci­sa de mui­to para ope­rar: os pai­néis for­ne­cem 600 a 700 watts num dia cla­ro, o sufi­ci­en­te para ali­men­tar um liqui­di­fi­ca­dor domés­ti­co e mui­to para man­ter seus ins­tru­men­tos con­du­zin­do ciên­cia no Pla­ne­ta Ver­me­lho. Mes­mo quan­do a poei­ra cobre os pai­néis — o que pro­va­vel­men­te é uma ocor­rên­cia comum em Mar­te — eles devem ser capa­zes de for­ne­cer pelo menos 200 a 300 watts.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker. São apre­sen­ta­das as revs­tas Mag­PI 76, a newe­lec­tro­nics de 27 Novem­bro 2018, a His­pa­Brick Nº31 e a HackS­pa­ce Nº13 de Dezembro.

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Newsletter Nº186

Newsletter Nº186
News­let­ter Nº186

Faz hoje anos que nas­cia, em 1904, Louis Néel. Este físi­co fran­cês par­ti­lhou (com o astro­fí­si­co sue­co Han­nes Alf­vén) o Pré­mio Nobel de Físi­ca em 1970 pelos seus estu­dos pio­nei­ros sobre as pro­pri­e­da­des mag­né­ti­cas dos sóli­dos. As suas con­tri­bui­ções para a físi­ca de esta­do sóli­do encon­tra­ram inú­me­ras apli­ca­ções úteis, par­ti­cu­lar­men­te no desen­vol­vi­men­to de uni­da­des melho­ra­das das memó­ri­as de com­pu­ta­dor. Por vol­ta de 1930 ele suge­riu que uma nova for­ma de com­por­ta­men­to mag­né­ti­co pode­ria exis­tir — cha­ma­da anti-fer­ro­mag­ne­tis­mo. Aci­ma de uma cer­ta tem­pe­ra­tu­ra (a tem­pe­ra­tu­ra de Néel) este com­por­ta­men­to pára. Néel apon­tou (1947) que os mate­ri­ais tam­bém pode­ri­am exis­tir mos­tran­do o fer­ri­mag­ne­tis­mo. Néel tam­bém deu uma expli­ca­ção do fra­co mag­ne­tis­mo de cer­tas rochas, tor­nan­do pos­sí­vel o estu­do da his­tó­ria pas­sa­da do cam­po mag­né­ti­co da Terra.

Esta sema­na ficá­mos a saber que algu­mas das uni­da­des com as quais lida­mos qua­se todos os dias vão pas­sar a ter uma defi­ni­ção de padrão dife­ren­te. À medi­da que a ciên­cia avan­ça, medi­ções cada vez mais pre­ci­sas são neces­sá­ri­as e pos­sí­veis. Mas esta melho­ria de pre­ci­são deve acon­te­cer por meio de padrões de medi­ção e suas defi­ni­ções. Em Novem­bro de 2018, na Con­fe­rên­cia Geral sobre Pesos e Medi­das, a comu­ni­da­de glo­bal de metro­lo­gia con­cor­dou com uma revi­são do SI. A deci­são sig­ni­fi­ca que, pela pri­mei­ra vez, todas as sete uni­da­des bási­cas serão defi­ni­das em ter­mos de cons­tan­tes da natu­re­za — como a velo­ci­da­de da luz, a cons­tan­te de Planck e a cons­tan­te de Avo­ga­dro. Usar sete cons­tan­tes defi­ni­do­ras como base para o SI sig­ni­fi­ca que as defi­ni­ções de todas as uni­da­des bási­cas per­ma­ne­ce­rão está­veis ​​no futu­ro. A revi­são tra­rá novas defi­ni­ções do ampe­re, qui­lo­gra­ma, kel­vin (e, con­se­quen­te­men­te, grau Cel­sius) e mole. Embo­ra estas mudan­ças não sejam sen­ti­das na vida quo­ti­di­a­na, elas repre­sen­tam uma pro­fun­da mudan­ça de pers­pec­ti­va. A par­tir de maio de 2019, todas as uni­da­des de base do SI serão defi­ni­das em ter­mos de cons­tan­tes da natu­re­za — as quan­ti­da­des mais está­veis ​​que já encon­tra­mos. O qui­lo­gra­ma — será defi­ni­do em ter­mos da cons­tan­te de Planck (h). O ampe­re — será defi­ni­do em ter­mos de car­ga ele­men­tar (e). O kel­vin — será defi­ni­do em ter­mos da cons­tan­te de Boltz­mann (k). O mole — será defi­ni­do em ter­mos da cons­tan­te de Avo­ga­dro (NA).

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker assim como um mode­lo 3D que pode­rá ser útil. É apre­sen­ta­da a revis­ta newe­lec­tro­nics de 13 de Novem­bro de 2018.

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Newsletter Nº185

Newsletter Nº185
News­let­ter Nº185

Faz hoje anos que nas­cia, em 1793, Michel Chas­les. Este Mate­má­ti­co fran­cês ela­bo­rou a teo­ria da geo­me­tria pro­je­ti­va moder­na, o estu­do das pro­pri­e­da­des de uma linha geo­mé­tri­ca ou figu­ra pla­na que per­ma­ne­ce inal­te­ra­da quan­do a figu­ra é pro­jec­ta­da em um pla­no a par­tir de um pon­to não ou o pla­no ou a figu­ra. No seu tex­to Trai­té de géo­mé­trie, em 1852, Chas­les dis­cu­te o rácio cru­za­do, lápis e invo­lu­ções, todas as noções que ele introduziu.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1885, Fre­de­rick Han­dley Page. Este pro­jec­tis­ta de aviões bri­tâ­ni­co cons­truiu o Han­dley Page 0/400, o pri­mei­ro bom­bar­dei­ro bimo­tor do mun­do para o Royal Flying Corps, um dos mai­o­res aviões usa­dos na Pri­mei­ra Guer­ra Mun­di­al, que rea­li­zou os seus pri­mei­ros bom­bar­dei­ros em gran­de esca­la em ins­ta­la­ções mili­ta­res ini­mi­gas e bases sub­ma­ri­nas em Novem­bro de 1916. Em 1918, ele tinha cri­a­do um bom­bar­dei­ro de qua­tro moto­res que pode­ria ata­car as zonas indus­tri­ais do Saar e do Ruhr, na Ale­ma­nha. Em 1930, ele pro­du­ziu o pri­mei­ro avião civil de 40 luga­res, o Hér­cu­les. Para a Segun­da Guer­ra Mun­di­al, Page vol­tou a pro­du­zir aviões mili­ta­res, sen­do o mais impor­tan­te o bom­bar­dei­ro Hali­fax. O gover­no com­prou 7.000 des­ses aviões. Ele foi con­de­co­ra­do pela sua con­tri­bui­ção para o esfor­ço de guer­ra. Depois da guer­ra, Page pro­je­tou o bom­bar­dei­ro a jato de qua­tro moto­res, o Victor.

Nes­ta sema­na que pas­sou ficá­mos a conhe­cer o novo Rasp­ber­ry PI 3 mode­lo A+. Pas­sou a ser pos­sí­vel ter no foot­print do mode­lo A as capa­ci­da­des de velo­ci­da­de de reló­gio de 1.4Ghz e o mes­mo pro­ces­sa­dor do mode­lo 3 B+ assim como as melho­ri­as tér­mi­cas des­te ulti­mo. Com um pre­ço base de 25 USD este novo mode­lo ape­nas trás 512MB de memó­ria, uma por­ta USB 2.0 e não tem Ether­net. No entan­to tem Dual-band 802.11ac Wifi e Blu­e­to­oth 4.2/BLE.

Ficá­mos hoje a saber que a Spa­ceX con­se­guiu mais um suces­so con­se­guin­do fazer o lan­ça­men­to de um saté­li­te do Qatar e ater­ran­do com suces­so. O Fal­con 9 de dois está­gi­os des­co­lou às 3:46 da tar­de. EST (2046 GMT) de hoje (15 de novem­bro) do com­ple­xo de lan­ça­men­to 39A no Ken­nedy Spa­ce Cen­ter da NASA, na Flo­ri­da. Cer­ca de 32 minu­tos depois, o fogue­tão liber­tou com suces­so sua car­ga, o saté­li­te de comu­ni­ca­ções Es’hail‑2, numa órbi­ta de trans­fe­rên­cia geo-esta­ci­o­ná­ria elíptica.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker assim como alguns mode­los 3D que pode­rão ser úteis. 

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Newsletter Nº184

Newsletter Nº184
News­let­ter Nº184

Faz hoje anos que nas­cia, em 1656, Edmond Hal­ley. Este astró­no­mo, geo­fí­si­co e mate­má­ti­co inglês, ficou conhe­ci­do por reco­nhe­cer que um come­ta bri­lhan­te (mais tar­de cha­ma­do com o seu nome) apa­re­ceu diver­sas vezes, cal­cu­lan­do sua órbi­ta e pre­ven­do com suces­so seu retor­no. Depois de ter ori­gi­na­do a per­gun­ta que inci­ta­va Isa­ac New­ton a escre­ver o semi­nal Phi­lo­sophi­ae Natu­ra­lis Prin­ci­pia Mathe­ma­ti­ca, Hal­ley edi­tou e orga­ni­zou a sua publi­ca­ção. Hal­ley foi pro­fes­sor de geo­me­tria em Oxford e mais tar­de nome­a­do astró­no­mo real. Hal­ley iden­ti­fi­cou o movi­men­to apro­pri­a­do das estre­las, estu­dou o movi­men­to e as marés da Lua, per­ce­beu que as nebu­lo­sas eram nuvens de gás lumi­no­so entre as estre­las e que a auro­ra era um fenó­me­no liga­do ao mag­ne­tis­mo da Ter­ra. A sua pre­vi­são do trân­si­to de Vénus levou à via­gem do capi­tão James Cook ao Taiti.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1848, Got­tlob Fre­ge. Este mate­má­ti­co e lógi­co ale­mão fun­dou a lógi­ca sim­bó­li­ca moder­na e foi o pri­mei­ro a mos­trar a mate­má­ti­ca como uma exten­são da lógi­ca. Ele esten­deu o tra­ba­lho de Boo­le inven­tan­do sím­bo­los lógi­cos (sím­bo­los para “ou”, “se-então”, etc.) que melho­ra­ram a lógi­ca silo­gís­ti­ca que subs­ti­tuiu. Ele tam­bém tra­ba­lhou em ques­tões gerais de lógi­ca filo­só­fi­ca e semân­ti­ca. A sua teo­ria do sig­ni­fi­ca­do, base­a­da em fazer uma dis­tin­ção entre o que um ter­mo lin­guís­ti­co se refe­re e o que ele expres­sa, ain­da é influ­en­te. Fre­ge ten­tou for­ne­cer uma base rigo­ro­sa para a mate­má­ti­ca com base em prin­cí­pi­os pura­men­te lógi­cos, mas aban­do­nou a ten­ta­ti­va quan­do Ber­trand Rus­sell, em cujo tra­ba­lho ele teve uma pro­fun­da influên­cia, apon­tou um para­do­xo que tor­nou o sis­te­ma inconsistente.

Faz igual­men­te anos hoje que nas­cia, em 1854, Johan­nes Ryd­berg. Este físi­co sue­co ficou conhe­ci­do pela cons­tan­te de Ryd­berg na sua fór­mu­la empí­ri­ca que rela­ci­o­na­va os núme­ros de onda das linhas espec­trais de um ele­men­to (1890). Esta fór­mu­la expres­sa­va rela­ções fun­da­men­tais nes­sas linhas, que ele supu­nha serem o resul­ta­do da natu­re­za e estru­tu­ra inter­nas dos áto­mos de um ele­men­to. Em 1897, ele suge­riu que um núme­ro ató­mi­co para cada um dos ele­men­tos, em vez de pesos ató­mi­cos, seria uma for­ma melhor para orga­ni­zar os ele­men­tos e a sua peri­o­di­ci­da­de das suas carac­te­rís­ti­cas. O seu tra­ba­lho for­ne­ceu a base para a des­co­ber­ta da estru­tu­ra do invó­lu­cro de elec­trões do áto­mo. Pos­te­ri­or­men­te, foi esta­be­le­ci­do que o núme­ro intei­ro de car­gas posi­ti­vas no núcleo de um ele­men­to (seu núme­ro de pro­tões) cor­res­pon­dia à sua ideia de núme­ro atómico.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1866, Her­bert Aus­tin. Este enge­nhei­ro inglês fun­dou a Aus­tin Motor Com­pany (1905), cujo mode­lo Aus­tin Seven influ­en­ci­ou mui­to o design bri­tâ­ni­co e euro­peu de car­ros leves. Em 1884, após con­cluir sua edu­ca­ção ini­ci­al, Her­bert mudou-se para Mel­bour­ne, na Aus­trá­lia, e apren­deu enge­nha­ria na Lan­glands Foun­dry. Mais tar­de ele tor­nou-se o geren­te da Wol­se­ley She­ep She­a­ring Com­pany. Em 1893, ele vol­ta ao Rei­no Uni­do com essa empre­sa em 1893 e tor­nou-se logo o geren­te de pro­du­ção. Da expe­ri­ên­cia obti­da nas lon­gas jor­na­das no inte­ri­or da Aus­trá­lia, ele teve uma visão sobre a neces­si­da­de de veí­cu­los movi­dos a gaso­li­na. Em 1895, ele pro­du­ziu o pri­mei­ro car­ro Wol­se­ley (um veí­cu­lo de três rodas) e em 1900, seu pri­mei­ro design de qua­tro rodas Wol­se­ley. Em 1914, a empre­sa pro­du­zia mais de 1000 car­ros com 2000 funcionários.

Faz igual­men­te anos hoje que nas­cia, em 1923, Jack Kilby. Este enge­nhei­ro ele­tro­téc­ni­co nor­te-ame­ri­ca­no inven­tou o pri­mei­ro cir­cui­to inte­gra­do (IC), pelo qual par­ti­lhou o Pré­mio Nobel de Físi­ca 2000. O seu inte­res­se por ele­tró­ni­ca cres­ceu no seu pas­sa­tem­po de rádio ama­dor dos tem­pos da esco­la. Anos depois, a tra­ba­lhar na Texas Ins­tru­ments, ele inven­tou uma manei­ra de mini­a­tu­ri­zar um com­pli­ca­do cir­cui­to de tran­sís­to­res, cons­truin­do os seus com­po­nen­tes num blo­co de silí­cio com cone­xões inter­nas que eli­mi­na­vam a fia­ção exter­na. Em 12 de setem­bro de 1958, ele demons­trou seu pri­mei­ro cir­cui­to inte­gra­do ao seu super­vi­sor. Alguns meses depois, um dis­po­si­ti­vo IC numa for­ma melho­ra­da foi inven­ta­do nou­tra par­te por Robert Noy­ce. Geof­frey W.A. Dum­mer tam­bém teve o con­cei­to anos antes, mas não um dis­po­si­ti­vo fun­ci­o­nal. Em setem­bro de 1965, a equi­pa de Kilby desen­vol­veu a pri­mei­ra cal­cu­la­do­ra ele­tró­ni­ca de bol­so usan­do IC’s.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1986, Aaron Swartz. Este pro­gra­ma­dor de com­pu­ta­do­res nor­te-ame­ri­ca­no foi empre­sá­rio, escri­tor, orga­ni­za­dor polí­ti­co e hack­ti­vis­ta da Inter­net. Ele este­ve envol­vi­do no desen­vol­vi­men­to do for­ma­to de feed RSS e no for­ma­to de publi­ca­ção Mark­down, na orga­ni­za­ção Cre­a­ti­ve Com­mons, e na estru­tu­ra do site web.py, e foi co-fun­da­dor da o site de notí­ci­as soci­ais Red­dit. Ele rece­beu o títu­lo de co-fun­da­dor pelo pro­pri­e­tá­rio da Y Com­bi­na­tor, Paul Graham, após a for­ma­ção da Not a Bug, Inc. (uma fusão do pro­je­to Info­ga­mi de Swartz com uma empre­sa diri­gi­da por Ale­xis Oha­ni­an e Ste­ve Huffman).

Nes­ta sema­na que pas­sou ficá­mos a saber que a IBM vai adqui­rir a Red Hat. Esta aqui­si­ção vem tor­nar a IBM um dos mai­o­res pro­vi­ders de Cloud. Por outro lado refor­ça a pre­sen­ça do Open Sour­ce no mun­do cor­po­ra­te. A Red Hat é a fabri­can­te do RHEL e do Fedo­ra, dis­tri­bui­ção que fez esta sema­na 15 anos.

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Newsletter Nº183

Newsletter Nº183
News­let­ter Nº183

Faz hoje anos que nas­cia, em 1863, [Geor­ge Parker](https://en.wikipedia.org/wiki/George_Safford_Parker). Este Inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no aper­fei­ço­ou a cane­ta-tin­tei­ro e fun­dou a Par­ker Pen Com­pany para fabri­cá-la. Ele come­çou numa car­rei­ra docen­te que o intro­du­ziu na fal­ta de fia­bi­li­da­de das cane­tas usa­das pelos seus alu­nos. Atra­vés da ven­da e repa­ra­ção delas, ele apren­deu sobre sua cons­tru­ção. Dei­xou de ensi­nar em 1888 para expe­ri­men­tar seu pró­prio pro­je­to. Em 8 de mar­ço de 1892, ele incor­po­rou a Par­ker Pen Com­pany. Pos­te­ri­or­men­te, ele paten­te­ou mui­tas melho­ri­as e foi par­ti­cu­lar­men­te bem-suce­di­do na cri­a­ção de um sis­te­ma fiá­vel de flu­xo de tinta.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1879, [Oskar Barnack](https://en.wikipedia.org/wiki/Oskar_Barnack). Este enge­nhei­ro ale­mão pro­je­tou a pri­mei­ra câma­ra mini­a­tu­ra (1913), a Lei­ca I. A sua intro­du­ção comer­ci­al, adi­a­da pela pri­mei­ra guer­ra mun­di­al, foi fei­ta em 1924 pela empre­sa de óti­ca Ernst Leitz em Wetz­lar, Ale­ma­nha, onde ele esta­va empre­ga­do. Bar­nack era um fotó­gra­fo entu­si­as­ta numa altu­ra em que ape­nas as câma­ras pesa­das esta­vam dis­po­ní­veis. No iní­cio de 1905, ele con­ce­beu usan­do um nega­ti­vo de for­ma­to redu­zi­do, para ser ampli­a­do após a expo­si­ção. Ele adap­tou sua ideia do equi­pa­men­to que ele fez para tirar fotos em fil­mes cine­ma­to­grá­fi­cos para tes­tar a sua sen­si­bi­li­da­de e con­sis­tên­cia antes do uso do fil­me. Para esta câma­ra, Bar­nack esta­be­le­ceu o tama­nho padrão de fil­me de 35 mm ao dobrar o qua­dro de cine­ma padrão de 18x24mm. A sua inven­ção tinha ape­nas 1/250 do peso de uma câma­ra de placa.

Faz igual­men­te anos hoje que nas­cia, em 1911, [Donald Wil­li­am Kerst](https://en.wikipedia.org/wiki/Donald_William_Kerst). Este físi­co nor­te-ame­ri­ca­no inven­tou o beta­tron (1940), o pri­mei­ro dis­po­si­ti­vo para ace­le­rar elec­trões (“par­tí­cu­las beta”) a velo­ci­da­des altas o sufi­ci­en­te para ter um momen­to sufi­ci­en­te para pro­du­zir trans­for­ma­ções nucle­a­res em áto­mos. Os elec­trões são ace­le­ra­dos por indu­ção ele­tro­mag­né­ti­ca num anel em for­ma de donut (toroi­dal) do qual o ar foi remo­vi­do. Este tipo de ace­le­ra­dor de par­tí­cu­las pode pro­du­zir elec­trões de alta ener­gia até 340 MeV para fins de pes­qui­sa, incluin­do a pro­du­ção de rai­os X de alta ener­gia. Para tais velo­ci­da­des altas, o cam­po mag­né­ti­co é aumen­ta­do para coin­ci­dir com o aumen­to rela­ti­vís­ti­co na mas­sa das par­tí­cu­las. Duran­te a Segun­da Guer­ra Mun­di­al, Kerst tra­ba­lhou em Los Ala­mos em um pro­jec­to de bom­ba ató­mi­ca. Ele com­ple­tou o mai­or beta­tron em 1950, na Uni­ver­si­da­de de Illinois.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1950. [Robert B. Laughlin](https://en.wikipedia.org/wiki/Robert_B._Laughlin). Este Físi­co nor­te-ame­ri­ca­no par­ti­lhou (com Dani­el C. Tsui e Horst Stör­mer) o Pré­mio Nobel de Físi­ca em 1998 pela pes­qui­sa sobre o efei­to quân­ti­co de Hall fra­ci­o­ná­rio. Num con­du­tor de cor­ren­te, o efei­to Hall clás­si­co é a vol­ta­gem pro­du­zi­da em ângu­lo rec­to com um cam­po mag­né­ti­co, como des­co­ber­to em 1879. Um sécu­lo depois, o físi­co ale­mão Klaus von Klit­zing des­co­briu que num pode­ro­so cam­po mag­né­ti­co a tem­pe­ra­tu­ras extre­ma­men­te bai­xas a resis­tên­cia Hall de um semi­con­du­tor é quan­ti­fi­ca­da em “pas­sos” inte­grais. Usan­do cam­pos mag­né­ti­cos ain­da mais for­tes e tem­pe­ra­tu­ras mais bai­xas, Stör­mer e Tsui des­co­bri­ram eta­pas fra­ci­o­na­ri­as, expli­ca­das pela teo­ria de Laugh­lin de que os elec­trões podem for­mar um novo tipo de flui­do quân­ti­co com qua­si-par­tí­cu­las con­ten­do frac­ções de uma car­ga do electrão.

Nes­ta sema­na que pas­sou foi lan­ça­do o Fedo­ra 29. Den­tro de 1 sema­na fará 15 anos des­de que foi lan­ça­do o Fedo­ra 1. Esta nova ver­são do Fedo­ra foi pre­pa­ra­da para dife­ren­tes ambi­en­tes como o “core”, Works­ta­ti­on, Ser­ver, Ato­mic Host, etc. Em ter­mos de novi­da­des esta ver­são trás como prin­ci­pio a sua modu­la­ri­da­de que per­mi­te envi­ar dife­ren­tes ver­sões de paco­tes na mes­ma base do Fedo­ra. Outras gran­des mudan­ças inclu­em o GNOME 3.30 na área de tra­ba­lho, o ZRAM para as ima­gens ARM e uma ima­gem Vagrant para o Fedo­ra Scientific.

Nes­ta sema­na que pas­sou tam­bém ficá­mos a saber que a NASA desac­ti­vou o teles­có­pio espa­ci­al Kepler. Depois de nove anos no espa­ço pro­fun­do obten­do dados que indi­cam que o nos­so céu será pre­en­chi­do com biliões de pla­ne­tas ocul­tos — mais pla­ne­tas até que estre­las — o teles­có­pio espa­ci­al Kepler da NASA ficou sem com­bus­tí­vel neces­sá­rio para outras ope­ra­ções cien­tí­fi­cas. A NASA deci­diu apo­sen­tar a son­da den­tro de sua órbi­ta actu­al e segu­ra, lon­ge da Ter­ra. Kepler dei­xa um lega­do de mais de 2.600 des­co­ber­tas de pla­ne­tas de fora do nos­so sis­te­ma solar, mui­tas das quais pode­ri­am ser luga­res pro­mis­so­res para a vida.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker assim como um mode­lo 3D que pode­rá ser útil. São apre­sen­ta­das as newe­lec­tro­nics de 22 e 23 de Outu­bro de 2018.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.