Newsletter Nº312

Newsletter Nº312
News­let­ter Nº312

Faz hoje anos que nas­cia, em 1724, o filó­so­fo ale­mão, for­ma­do em mate­má­ti­ca e físi­ca Imma­nu­el Kant. Ele publi­cou a sua His­tó­ria geral da natu­re­za e teo­ria dos céus em 1755. Esta visão físi­ca do uni­ver­so con­ti­nha três ante­ci­pa­ções impor­tan­tes para os astró­no­mos. 1) Ele fez a hipó­te­se da nebu­lo­sa antes de Lapla­ce. 2) Ele des­cre­veu a Via Lác­tea como uma colec­ção de estre­las em for­ma de len­te que repre­sen­ta­va ape­nas um dos mui­tos “uni­ver­sos-ilha”, mais tar­de mos­tra­do por Hers­chel. 3) Ele suge­riu que o atri­to das marés dimi­nuiu a rota­ção da Ter­ra, o que foi con­fir­ma­do um sécu­lo depois. Em 1770 tor­nou-se pro­fes­sor de mate­má­ti­ca, mas vol­tou-se para a meta­fí­si­ca e a lógi­ca em 1797, o cam­po em que é mais conhecido.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1789, o enge­nhei­ro mecâ­ni­co e inven­tor galês Richard Roberts. Ele foi res­pon­sá­vel pela inven­ção do pri­mei­ro medi­dor de gás bem-suce­di­do. Ele foi um dos inven­to­res das pri­mei­ras aplai­na­do­ras de metal (1817). Roberts tam­bém desen­vol­veu um tor­no de ros­que­a­men­to e máqui­nas para cor­te de engre­na­gens e ranhu­ras. A mula gira­tó­ria auto-gui­a­da (1825) que ele inven­tou foi sua con­tri­bui­ção mais impor­tan­te para a indús­tria têx­til, que tam­bém fun­dou na Fran­ça. Na déca­da de 1830, a sua empre­sa cons­truiu loco­mo­ti­vas fer­ro­viá­ri­as numa das pri­mei­ras apli­ca­ções do uso de peças tro­cá­veis. Na déca­da de 1840, ele desen­vol­veu máqui­nas para fazer padrões de ori­fí­ci­os em pon­tes e pla­cas de cal­dei­ra, auto­ma­ti­za­das com car­tões per­fu­ra­dos seme­lhan­tes ao tear Jacquard.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1834, o físi­co fran­cês Gas­ton Plan­té. Ele cons­truiu a pri­mei­ra bate­ria de arma­ze­na­men­to (1859), que era capaz de for­ne­cer elec­tri­ci­da­de e ser recar­re­ga­da vári­as vezes. Até esta inven­ção, as bate­ri­as exis­ti­am des­de a des­co­ber­ta de Ales­san­dro Vol­ta, numa for­ma que podia ser usa­da e des­car­re­ga­da ape­nas uma vez. Plan­té fez o seu acu­mu­la­dor com uma pla­ca de chum­bo, enro­la­da com um sepa­ra­dor de pano de linho, imer­so em áci­do sul­fú­ri­co. Ele tinha ape­nas um gera­dor de mani­ve­la. A sua bate­ria teve de espe­rar que a inven­ção pos­te­ri­or de dína­mos satis­fa­tó­ri­os se tor­nas­se útil. A célu­la foi melho­ra­da por Camil­le Fau­re, Sir Joseph Swan e outros. A bate­ria recar­re­gá­vel teve um uso impor­tan­te para o telé­gra­fo. Des­de que foi adop­ta­da pela pri­mei­ra vez para uso em auto­mó­veis, a bate­ria de chum­bo-áci­do con­ti­nua a ser usa­da com o mes­mo dese­nho fun­da­men­tal. Mais tar­de, ele inves­ti­gou a elec­tri­ci­da­de atmosférica.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1904, o físi­co teó­ri­co nor­te-ame­ri­ca­no J. Robert Oppe­nhei­mer. Ele foi direc­tor do labo­ra­tó­rio de Los Ala­mos duran­te o desen­vol­vi­men­to da bom­ba ató­mi­ca (1943–45) e direc­tor do Ins­ti­tu­to de Estu­dos Avan­ça­dos de Prin­ce­ton (1947–66). As des­co­ber­tas de Oppe­nhei­mer na físi­ca incluí­ram a apro­xi­ma­ção de Born-Oppe­nhei­mer para fun­ções de ondas mole­cu­la­res, tra­ba­lho na teo­ria dos elec­trões e posi­trons, o pro­ces­so Oppe­nhei­mer-Phil­lips na fusão nucle­ar e a pri­mei­ra pre­vi­são de tune­la­men­to quân­ti­co. Com seus alu­nos, ele tam­bém fez con­tri­bui­ções impor­tan­tes para a teo­ria moder­na de estre­las de neu­trões e bura­cos negros, bem como para a mecâ­ni­ca quân­ti­ca, teo­ria de cam­po quân­ti­co e as inte­rac­ções dos rai­os cós­mi­cos. Como pro­fes­sor e pro­mo­tor da ciên­cia, ele é lem­bra­do como o pai fun­da­dor da esco­la ame­ri­ca­na de físi­ca teó­ri­ca que ganhou des­ta­que mun­di­al na déca­da de 1930.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1919, o quí­mi­co nor­te-ame­ri­ca­no Donald J. Cram. Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel de Quí­mi­ca de 1987 (com Char­les J. Peder­sen e Jean-Marie Lehn) pela sua cri­a­ção de molé­cu­las que imi­tam o com­por­ta­men­to quí­mi­co de molé­cu­las encon­tra­das em sis­te­mas vivos.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1929, o mate­má­ti­co bri­tâ­ni­co de ori­gem liba­ne­sa Micha­el Atiyah. Ele rece­beu a Meda­lha Fields em 1966 prin­ci­pal­men­te por seu tra­ba­lho em topo­lo­gia. Jun­ta­men­te com Hir­ze­bru­ch, ele lan­çou as bases para a teoria‑K topo­ló­gi­ca, uma fer­ra­men­ta impor­tan­te na topo­lo­gia algé­bri­ca, que, infor­mal­men­te, des­cre­ve as manei­ras pelas quais os espa­ços podem ser tor­ci­dos. O seu resul­ta­do mais conhe­ci­do, o teo­re­ma do índi­ce Atiyah – Sin­ger, foi pro­va­do com Sin­ger em 1963 e é usa­do na con­ta­gem do núme­ro de solu­ções inde­pen­den­tes para equa­ções dife­ren­ci­ais. Alguns dos seus tra­ba­lhos mais recen­tes foram ins­pi­ra­dos pela físi­ca teó­ri­ca, em par­ti­cu­lar ins­tan­tons e mono­po­les, que são res­pon­sá­veis por algu­mas cor­rec­ções sub­tis na teo­ria quân­ti­ca de campos.

E nes­ta sema­na que pas­sou o Dro­ne Inge­nuity Mars da NASA é bem-suce­di­do no pri­mei­ro voo his­tó­ri­co. Na pas­sa­da segun­da-fei­ra, o Dro­ne tor­nou-se a pri­mei­ra aero­na­ve da his­tó­ria a fazer um voo moto­ri­za­do e con­tro­la­do nou­tro pla­ne­ta. A equi­pa Inge­nuity do Jet Pro­pul­si­on Labo­ra­tory da agên­cia no sul da Cali­fór­nia con­fir­mou o suces­so do voo após rece­ber dados do dro­ne via Per­se­ve­ran­ce Mars rover da NASA às 6:46 am EDT (3:46 am PDT). A demons­tra­ção de voo ini­ci­al do Inge­nuity foi autó­no­ma — pilo­ta­da por sis­te­mas de ori­en­ta­ção, nave­ga­ção e con­tro­le a bor­do, exe­cu­tan­do algo­rit­mos desen­vol­vi­dos pela equi­pa do JPL. Como os dados devem ser envi­a­dos e devol­vi­dos do Pla­ne­ta Ver­me­lho ao lon­go de cen­te­nas de milhões de qui­ló­me­tros usan­do saté­li­tes em órbi­ta e a Deep Spa­ce Network da NASA, o Inge­nuity não pode ser pilo­ta­do com um joys­tick e seu voo não foi obser­va­do da Ter­ra em tem­po real. Entre­tan­to o dro­ne já cum­priu com suces­so uma segun­da mis­são de voo.

Tam­bém esta sema­na foi lan­ça­da a nova ver­são do Sis­te­ma Ope­ra­ti­vo da Cano­ni­cal, o Ubun­tu 21.04. Este sis­te­ma baseia-se no ker­nel Linux e na dis­tro Debi­an. As gran­de novi­da­des des­ta ver­são são a inte­gra­ção nati­va com a AD e a cer­ti­fi­ca­ção do Micro­soft SQL Ser­ver para ser usa­do nes­ta dis­tri­bui­ção de Linux. Adi­ci­o­nal­men­te foram actu­a­li­za­dos os mais diver­sos paco­tes de soft­ware. Não foi incluí­do ain­da o GNOME 40 nem o GTK4 por­que estes são mui­to recen­tes e não foi pos­sí­vel na jane­la de tem­po inclui-los sem impac­to nas res­tan­tes apli­ca­ções. Esta ver­são inclui o Ker­nel Linux 5.11, um tema “dark” melho­ra­do, uti­li­za­ção do Way­land por omis­são e o Python 3.9.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­da a revis­ta Hacks­pa­ce Maga­zi­ne nº43 de Maio.

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Newsletter Nº311

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News­let­ter Nº311

Faz hoje anos que nas­cia, em 1452, o pin­tor, escul­tor, arqui­tec­to e enge­nhei­ro ita­li­a­no Leo­nar­do da Vin­ci. Ele foi um gran­de enge­nhei­ro e inven­tor que pro­jec­tou edi­fí­ci­os, pon­tes, canais, for­tes e máqui­nas de guer­ra. Ele man­ti­nha cader­nos enor­mes com esbo­ços das suas idei­as. Entre eles, ele era fas­ci­na­do por pás­sa­ros e voar e seus esbo­ços inclu­em dese­nhos fan­tás­ti­cos como máqui­nas voa­do­ras. Estes dese­nhos demons­tram um génio para a inven­ção mecâ­ni­ca e com­pre­en­são da inves­ti­ga­ção cien­tí­fi­ca, real­men­te sécu­los à fren­te do seu tem­po. A sua fama está em ser um dos mai­o­res pin­to­res de todos os tem­pos, mais conhe­ci­do por pin­tu­ras como a Mona Lisa e A Últi­ma Ceia.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1707, o mate­má­ti­co e físi­co suí­ço Leo­nhard Euler. Ele foi um dos fun­da­do­res da mate­má­ti­ca pura. Ele não só fez con­tri­bui­ções deci­si­vas e for­ma­ti­vas para as dis­ci­pli­nas de geo­me­tria, cál­cu­lo, mecâ­ni­ca e teo­ria dos núme­ros, mas tam­bém desen­vol­veu méto­dos para resol­ver pro­ble­mas em astro­no­mia obser­va­ci­o­nal e demons­trou apli­ca­ções úteis da mate­má­ti­ca na tec­no­lo­gia. Aos 28 anos, ele cegou um olho ao olhar para o sol enquan­to ten­ta­va inven­tar uma nova for­ma de medir o tempo.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1874, o físi­co ale­mão Johan­nes Stark. Ele ganhou o Pré­mio Nobel de Físi­ca de 1919 pela sua des­co­ber­ta em 1913 de que um cam­po eléc­tri­co cau­sa­ria a divi­são das linhas no espec­tro de luz emi­ti­do por uma subs­tân­cia lumi­no­sa; o fenó­me­no é cha­ma­do de efei­to Stark.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1885, o físi­co ame­ri­ca­no Emory Leon Chaf­fee. Ele é res­pon­sá­vel pela inven­ção do méto­do do tipo faís­ca “Chaf­fee Gap” para pro­du­zir osci­la­ções eléc­tri­cas de alta frequên­cia con­tí­nu­as para trans­mis­são de rádio foi o resul­ta­do de um tra­ba­lho de pes­qui­sa para sua tese de dou­to­ra­men­to. O cen­te­lha­dor fica­va entre as faces finais das has­tes de metal (um âno­do de cobre e um cáto­do de alu­mí­nio), numa atmos­fe­ra de hidro­gé­nio húmi­do numa câma­ra sela­da. Ele tam­bém se espe­ci­a­li­zou na área de tubos de vácuo ter­mi­ô­ni­cos e medi­ções de tes­te, como uma deter­mi­na­ção direc­ta pre­ci­sa do valor de e / m, a razão da car­ga do elec­trão e sua mas­sa. Mais tar­de, ele inte­res­sou-se pelo olho, fazen­do um tra­ba­lho expe­ri­men­tal com Wil­li­am T. Bovie sobre a res­pos­ta eléc­tri­ca da reti­na, que Chaf­fee ampli­fi­cou com um cir­cui­to de tubo a vácuo.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1896, o quí­mi­co rus­so Niko­lay Niko­laye­vi­ch Semyo­nov. Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel de Quí­mi­ca em 1956 com Sir Cyril Hinshelwo­od por “suas pes­qui­sas sobre o meca­nis­mo de reac­ções quí­mi­cas”. Ele foi o pri­mei­ro cien­tis­ta sovié­ti­co a rece­ber o Pré­mio Nobel. Em 1926, com seus cole­gas de tra­ba­lho, Semyo­nov des­co­briu pela pri­mei­ra vez as reac­ções de cadeia rami­fi­ca­da na oxi­da­ção do fós­fo­ro. Con­si­de­ran­do que sua inten­ção para a inves­ti­ga­ção come­çou como um estu­do da pro­du­ção de luz daque­la reac­ção, ele ficou sur­pre­so ao des­co­brir que há uma pres­são crí­ti­ca de gás oxi­gé­nio abai­xo da qual nenhu­ma acti­vi­da­de ocor­re­ria. As expli­ca­ções teó­ri­cas que ele desen­vol­veu sobre como um pro­ces­so pode ser ini­ci­a­do por um meca­nis­mo em cadeia tam­bém são apli­cá­veis numa ampla gama de reac­ções quí­mi­cas, incluin­do oxi­da­ção, cra­que­a­men­to, halo­ge­na­ção, poli­me­ri­za­ção e explo­sões. O meca­nis­mo de cadeia cria uma ava­lan­che de interacções.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1927, o físi­co nor­te-ame­ri­ca­no Robert L. Mills. Ele par­ti­lhou o Pré­mio Rum­ford Pre­mium em 1980 com seu cole­ga Chen Ning Yang por seu “desen­vol­vi­men­to de uma teo­ria de cam­po inva­ri­an­te de cali­bre gene­ra­li­za­do” em 1954. Eles pro­pu­se­ram uma equa­ção ten­so­ri­al para o que ago­ra são cha­ma­dos de cam­pos de Yang-Mills. O seu tra­ba­lho mate­má­ti­co teve como objec­ti­vo com­pre­en­der a for­te inte­rac­ção que man­tém os núcle­os uni­dos nos núcle­os ató­mi­cos. Eles cons­truí­ram uma visão mais gene­ra­li­za­da do elec­tro­mag­ne­tis­mo, por­tan­to, as Equa­ções de Maxwell podem ser deri­va­das como um caso espe­ci­al de sua equa­ção ten­so­ri­al. A teo­ria Quan­tum Yang-Mills é ago­ra a base da mai­o­ria da teo­ria das par­tí­cu­las ele­men­ta­res, e suas pre­vi­sões foram tes­ta­das em mui­tos labo­ra­tó­ri­os experimentais.

Faz hoje anos que, em 1912, o navio R.M.S. Tita­nic se afun­da­va qua­tro horas depois de coli­dir con­tra um ice­ber­gue. Esta­va na sua via­gem inau­gu­ral no oce­a­no Atlân­ti­co Nor­te, qua­tro dias fora de Southamp­ton, Ingla­ter­ra, a cami­nho da cida­de de Nova York, EUA. De uma esti­ma­ti­va de 2.224 pes­so­as a bor­do, 1.517 mor­re­ram. Ape­nas 866 foram res­ga­ta­dos pelo Car­pathia quan­do este che­gou à área ao ama­nhe­cer. Cer­ca de duas em cada três pes­so­as mor­re­ram na água gela­da. O navio car­re­ga­va um núme­ro insu­fi­ci­en­te de botes sal­va-vidas. O navio tinha uns impres­si­o­nan­tes 269 metros de com­pri­men­to e tinha 28 metros de largura.

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Newsletter Nº310

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News­let­ter Nº310

Faz hoje anos que nas­cia, em 1732, o astró­no­mo e mate­má­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no David Rit­te­nhou­se. Ele foi um dos pri­mei­ros obser­va­do­res da atmos­fe­ra de Vénus. Para obser­va­ções do trân­si­to de Vénus em 3 de Junho de 1769, ele cons­truiu um reló­gio de pên­du­lo de alta pre­ci­são, um qua­dran­te astro­nó­mi­co, um ins­tru­men­to de igual alti­tu­de e um trân­si­to astro­nó­mi­co. Ele foi o pri­mei­ro na Amé­ri­ca a colo­car tei­as de ara­nha como mira no foco de seu teles­có­pio. Ele geral­men­te é cre­di­ta­do com a inven­ção da bús­so­la ver­ni­er e, pos­si­vel­men­te, o levan­ta­dor auto­má­ti­co de agu­lha. Ele foi pro­fes­sor de astro­no­mia na Uni­ver­si­da­de da Pen­sil­vâ­nia. Para Tho­mas Jef­fer­son, ele padro­ni­zou as medi­das do pé por pên­du­lo num pro­jec­to para esta­be­le­cer um sis­te­ma deci­mal de pesos e medidas.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1779, o Físi­co ale­mão Johann Schweig­ger. Ele inven­tou o gal­va­no­me­tro em 1820, um dis­po­si­ti­vo para medir a for­ça de uma cor­ren­te eléc­tri­ca. Ele desen­vol­veu o prin­cí­pio a par­tir da expe­ri­ên­cia de Oers­ted (1819), que mos­trou que a cor­ren­te num fio des­via a agu­lha de uma bús­so­la. Schweig­ger per­ce­beu que suge­ria um ins­tru­men­to de medi­ção bási­co, já que uma cor­ren­te mais for­te pro­du­zi­ria uma defle­xão mai­or, e ele aumen­tou o efei­to enro­lan­do o fio vári­as vezes numa bobi­ne à vol­ta da agu­lha mag­né­ti­ca. Ele cha­mou a este ins­tru­men­to de “gal­va­no­me­tro” em home­na­gem a Lui­gi Gal­va­ni, o pro­fes­sor que deu a Vol­ta a ideia da pri­mei­ra bate­ria. Tho­mas See­beck (1770–1831) cha­mou a bobi­ne ino­va­do­ra de mul­ti­pli­ca­dor de Schweig­ger. Tor­nou-se a base dos ins­tru­men­tos de bobi­ne em movi­men­to e alto-falantes.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1811, o meta­lúr­gi­co inglês Robert Fores­ter Mushet. Ele foi res­pon­sá­vel pelo desen­vol­vi­men­to de um méto­do de fabri­ca­ção de aço pela adi­ção de man­ga­nês, que melho­rou o pro­ces­so Bes­se­mer. Ele foi o pri­mei­ro a fazer car­ris durá­veis de aço (subs­ti­tuin­do o fer­ro fun­di­do), o que foi impor­tan­te para o desen­vol­vi­men­to das fer­ro-vias em todo o mun­do. Mushet inven­tou o aço de tungs­té­nio em 1868, que pro­du­zia um aço para fer­ra­men­tas mais resis­ten­te, capaz de cor­tar e maqui­nar metais mais duros em velo­ci­da­des mais rápi­das. Ape­sar da sua impor­tân­cia, que fez for­tu­na para outros (incluin­do Bes­se­mer), Mushet não capi­ta­li­zou com suces­so suas descobertas.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1818, o quí­mi­co ale­mão August Wilhelm von Hof­mann. Ele, com as pes­qui­sas sobre ani­li­na, com a de seu ex-alu­no Sir Wil­li­am Henry Per­kin, aju­da­ram a esta­be­le­cer as bases da indús­tria de coran­tes de ani­li­na. Ele foi o pri­mei­ro a pre­pa­rar a rosa­ni­li­na e seus deri­va­dos e pes­qui­sou mui­tos outros com­pos­tos, incluin­do a des­co­ber­ta do for­mal­deí­do. No cam­po da quí­mi­ca orgâ­ni­ca, Hof­mann é mais conhe­ci­do por seus estu­dos dos deri­va­dos orgâ­ni­cos da amó­nia e da fos­fi­na e por sua sub­se­quen­te des­co­ber­ta da reac­ção de degra­da­ção de Hof­mann. Ele tam­bém desen­vol­veu o méto­do de Hof­mann para encon­trar as den­si­da­des de vapor e, a par­tir delas, os pesos mole­cu­la­res dos líqui­dos. Ele tam­bém aju­dou a popu­la­ri­zar o con­cei­to de valên­cia (a pala­vra vem de seu ter­mo quantivalência).

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1911,o bioquí­mi­co nor­te-ame­ri­ca­no Mel­vin Cal­vin. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel de Quí­mi­ca em 1961 por pro­mo­ver nos­so conhe­ci­men­to do meca­nis­mo da fotos­sín­te­se. No Ciclo de Cal­vin, ele des­cre­veu as “reac­ções escu­ras” da fotos­sín­te­se que ocor­rem nas plan­tas ver­des duran­te a noi­te, trans­for­man­do dió­xi­do de car­bo­no em açú­car. Usan­do o isó­to­po de car­bo­no-14 como tra­ça­dor de dió­xi­do de car­bo­no, Cal­vin e sua equi­pa iden­ti­fi­ca­ram a rota com­ple­ta con­for­me o áto­mo de car­bo­no via­ja por uma plan­ta duran­te a fotos­sín­te­se, des­de a absor­ção do dió­xi­do de car­bo­no atmos­fé­ri­co até à sua incor­po­ra­ção em car­bo-hidra­tos e outros com­pos­tos orgâ­ni­cos. Com o seu gru­po, Cal­vin mos­trou que a luz do sol actua sobre as molé­cu­las de clo­ro­fi­la de uma plan­ta, e não sobre o dió­xi­do de car­bo­no (como se acre­di­ta­va anteriormente).

Faz hoje pre­ci­sa­men­te 5 anos que a Spa­ceX fez com suces­so o pri­mei­ro pou­so de retor­no sua­ve de um fogue­tão boos­ter Fal­con 9 reu­ti­li­zá­vel num navio dro­ne no mar. A Spa­ceX, uma empre­sa pri­va­da de voos espa­ci­ais, rea­li­zou assim uma faça­nha nun­ca antes rea­li­za­da por nin­guém. Foi o pri­mei­ro está­gio do fogue­te Fal­con 9 que tam­bém lan­çou com suces­so uma cáp­su­la de car­ga para a Esta­ção Espa­ci­al Inter­na­ci­o­nal. Depois de içar o segun­do está­gio (que con­ti­nu­ou no espa­ço), o está­gio de refor­ço foi pro­jec­ta­do para se sepa­rar e retor­nar intac­to para ser usa­do nova­men­te. Ele dis­pa­rou pro­pul­so­res para redu­zir a velo­ci­da­de e para ori­en­tar e fazer um pou­so ver­ti­cal na barcaça.

Nes­ta sema­na que pas­sou o heli­cóp­te­ro Mars Inge­nuity des­tra­vou as suas duas pás do rotor enquan­to os pre­pa­ra­ti­vos con­ti­nu­am para o pri­mei­ro voo do veí­cu­lo, que deve ocor­rer no máxi­mo nes­te domin­go. O dro­ne che­gou a Mar­te a 18 de Feve­rei­ro jun­to com o rover Per­se­ve­ran­ce da NASA, ten­do fei­to a lon­ga jor­na­da até o Pla­ne­ta Ver­me­lho den­tro do rover. A 4 de Abril, o peque­no dro­ne sepa­rou-se do Per­se­ve­ran­ce, pre­pa­ran­do-se para subir aos céus duran­te uma cam­pa­nha de tes­te de um mês. Se a saí­da de domin­go do Inge­nuity for bem-suce­di­da, será o pri­mei­ro voo gui­a­do com motor nou­tro planeta.

Tam­bém nes­ta sema­na que pas­sou um fogue­tão Fal­con 9 da Spa­ceX lan­çou um novo lote de 60 saté­li­tes da Inter­net Star­link em órbi­ta na tar­de de quar­ta-fei­ra e pou­sou no mar ter­mi­nan­do mais uma mis­são bem-suce­di­da. O fogue­tão des­te lan­ça­men­to, cha­ma­do B1058, é um dos fogue­tões com­pro­va­dos em voo da fro­ta da Spa­ceX. Ele tem ago­ra tem sete lan­ça­men­tos e pou­sos no seu cur­rí­cu­lo e está rapi­da­men­te a des­ta­car-se como um dos líde­res da frota.

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Newsletter Nº309

Newsletter Nº309
News­let­ter Nº309

Faz hoje anos que nas­cia, em 1776, a mate­má­ti­ca fran­ce­sa Sophie Ger­main. Ela ficou conhe­ci­da pelo seu tra­ba­lho em teo­ria dos núme­ros e con­tri­bui­ções para a mate­má­ti­ca apli­ca­da de acús­ti­ca e elas­ti­ci­da­de. Ger­main foi auto­di­dac­ta por meio de livros e ano­ta­ções de pales­tras for­ne­ci­das por ami­gos que fre­quen­ta­vam a Eco­le Poly­te­ch­ni­que, que ela, como mulher, não tinha per­mis­são para assis­tir. Usan­do um pseu­dó­ni­mo mas­cu­li­no, M. LeBlanc, ela cor­res­pon­deu-se com Lagran­ge, que reco­nhe­ceu sua habi­li­da­de e, pos­te­ri­or­men­te, patro­ci­nou o seu tra­ba­lho. Ela rea­li­zou uma pro­va limi­ta­da do últi­mo teo­re­ma de Fer­mat, para qual­quer núme­ro pri­mo abai­xo de 100 onde cer­tas con­di­ções foram satis­fei­tas. Em 1816, ela ganhou um pré­mio patro­ci­na­do por Napo­leão por uma expli­ca­ção mate­má­ti­ca das figu­ras de Chlad­ni, a vibra­ção das pla­cas elásticas.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1865, o quí­mi­co aus­tro-ale­mão [Richard Zsigmondy](https://en.wikipedia.org/wiki/Richard_Adolf_Zsigmondy). Ele rece­beu o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca em 1925 pela “sua demons­tra­ção da natu­re­za hete­ro­gé­nea das solu­ções colói­des e pelos méto­dos que usou, que des­de então se tor­na­ram fun­da­men­tais na quí­mi­ca colói­de moder­na.” Os colói­des são com­pos­tos de par­tí­cu­las sub-micros­có­pi­cas dis­per­sas den­tro dou­tra subs­tân­cia. Para con­du­zir a sua pes­qui­sa sobre colói­des, ele inven­tou o ultra­mi­cros­có­pio (1903), com o qual ele podia ver par­tí­cu­las com um diâ­me­tro de um 10 mili­o­né­si­mo de milí­me­tro não visí­veis num micros­có­pio con­ven­ci­o­nal Ele usa­va um fei­xe de luz inten­so ori­en­ta­do numa posi­ção per­pen­di­cu­lar ao eixo ópti­co do micros­có­pio. À medi­da que as par­tí­cu­las espa­lha­vam a luz inci­den­te, os seus movi­men­tos podi­am ser vis­tos como flashes con­tra um fun­do escuro.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1932, o cien­tis­ta da com­pu­ta­ção nor­te-ame­ri­ca­no [Nor­man Abramson](https://en.wikipedia.org/wiki/Norman_Abramson). Ele cri­ou a ALOHANET, a pri­mei­ra rede de dados moder­na, que for­mou a base dos pro­to­co­los essen­ci­ais na Ether­net ago­ra ampla­men­te uti­li­za­dos. Foi inau­gu­ra­da em 1970, ope­ran­do a 9600 bits por segun­do, usan­do rádio para for­ne­cer uma rede de dados comu­ta­da por paco­te sem fio entre vári­as ilhas do Havai. As suas ino­va­ções incluí­ram os pri­mei­ros sen­so­res de paco­te de rádio, os pri­mei­ros repe­ti­do­res de paco­te de rádio, a pri­mei­ra rede de paco­te de saté­li­te e o pri­mei­ro aces­so de rádio à Inter­net. As paten­tes ame­ri­ca­nas de Abram­son inclu­em a pri­mei­ra paten­te para veri­fi­ca­ções de redun­dân­cia CRC para for­ne­cer téc­ni­ca de con­tro­le de erros de dados (nº 3.114.130) e a pri­mei­ra paten­te emi­ti­da para o pro­jec­to de erros de rup­tu­ra em sis­te­mas digi­tais (nº 3.163.848).

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1933, o físi­co fran­cês Clau­de Cohen-Tan­noud­ji. Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel de Físi­ca em 1997 (com Ste­ven Chu e Wil­li­am D. Phil­lips) por desen­vol­ver méto­dos usan­do luz laser para arre­fe­cer gases até a fai­xa de tem­pe­ra­tu­ra do micro-kel­vin (qua­se zero abso­lu­to a uma frac­ção de mili­o­né­si­mo de grau .) O movi­men­to dos áto­mos arre­fe­ci­dos é, por­tan­to, sufi­ci­en­te­men­te len­to para per­mi­tir o seu estu­do com gran­de pre­ci­são, e sua estru­tu­ra inter­na pode ser deter­mi­na­da. Cohen-Tan­noud­ji cri­ou arma­di­lhas a laser que ope­ram por um pro­ces­so que des­de então tem sido cha­ma­do de arre­fe­ci­men­to de Sísi­fo. A Tra­ba­lhar com áto­mos de hélio, usan­do seis fei­xes de laser, ele atin­giu a tem­pe­ra­tu­ra de 0,18 µK. Sob essas con­di­ções, os áto­mos de hélio dimi­nuí­ram para uma velo­ci­da­de de ape­nas 2 cm/s.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1947, o mate­má­ti­co fran­cês Alain Con­nes. Ele ganhou a Meda­lha Fields em 1982 (con­ce­di­da em 1983) pelo seu tra­ba­lho em teo­ria dos ope­ra­do­res. As suas con­tri­bui­ções mais notá­veis são (1) clas­si­fi­ca­ção geral e um teo­re­ma de estru­tu­ra para fac­to­res do tipo III, obti­do em sua tese (1973); (2) clas­si­fi­ca­ção dos auto­mor­fis­mos do fac­tor hiper­fi­ni­to, que ser­viu de pre­pa­ra­ção para a pró­xi­ma con­tri­bui­ção; (3) clas­si­fi­ca­ção dos fac­to­res injec­ti­vos; e (4) apli­ca­ção da teo­ria das álge­bras C * às folhe­a­ções e geo­me­tria dife­ren­ci­al em geral. O tra­ba­lho recen­te de Con­nes foi sobre geo­me­tria não comu­ta­ti­va e ele estu­dou apli­ca­ções à físi­ca teórica.

A 1 de Abril de 1960 era lan­ça­do o Saté­li­te Tiros‑1. Foi o pri­mei­ro saté­li­te de obser­va­ção do tem­po, foi lan­ça­do do Cabo Ken­nedy e tirou a pri­mei­ra ima­gem tele­vi­si­va do espa­ço. Foi o pri­mei­ro de vári­os lan­ça­dos no pro­gra­ma TIROS, nome­a­do a par­tir de sua fun­ção: Tele­vi­são por saté­li­te de obser­va­ção infra­ver­me­lho, e foi o pri­mei­ro pas­so expe­ri­men­tal da NASA para deter­mi­nar se os saté­li­tes pode­ri­am ser úteis no estu­do da Ter­ra. Naque­la épo­ca, a efi­cá­cia das obser­va­ções de saté­li­te ain­da não esta­va com­pro­va­da. Assim, vári­as ques­tões de dese­nho para saté­li­tes foram tes­ta­das: ins­tru­men­tos, dados e parâ­me­tros ope­ra­ci­o­nais. O objec­ti­vo era melho­rar a apli­ca­ção de saté­li­tes para deci­sões rela­ci­o­na­das à Ter­ra, como “deve­mos eva­cu­ar a cos­ta por cau­sa do fura­cão?” O TIROS pro­vou ser extre­ma­men­te bem-suce­di­do na pre­vi­são do tempo.

Faz hoje 45 anos que era fun­da­da por três ami­gos a Apple Com­pu­ter Com­pany. Ste­ve Jobs, Ste­ve Woz­ni­ak e Ronald Way­ne fun­da­ram a empre­sa para desen­vol­ver e comer­ci­a­li­zar o Apple I desen­vol­vi­do por Woz­ni­ak. Ronald desis­tiu ao fim de ape­nas 12 dias e ven­deu a sua quo­ta aos dois res­tan­tes mem­bros. Nas­cia aqui uma com­pa­nhia que quer se quei­ra quer não tem cri­a­do um con­jun­to de ten­dên­ci­as e de sis­te­mas que ain­da hoje são uma refe­rên­cia no mun­do do IT.

Em 2004 era lan­ça­do o Gmail o ser­vi­ço de cor­reio gra­tui­to da Goo­gle. Os uti­li­za­do­res podem ace­der ao Gmail na web e usan­do pro­gra­mas de ter­cei­ros que sin­cro­ni­zam o con­teú­do do e‑mail por meio dos pro­to­co­los POP3 ou IMAP4. O Gmail come­çou como uma ver­são beta limi­ta­da e encer­rou sua fase de tes­tes a 7 de Julho de 2009. Em Outu­bro de 2019, o Gmail tinha 1,5 mil milhões de uti­li­za­do­res acti­vos em todo o mundo.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os inte­res­san­tes. São tam­bém apre­sen­ta­dos alguns mode­los 3D que pode­rão ser úteis.

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Newsletter Nº308

Newsletter Nº308
News­let­ter Nº308

Faz hoje anos que nas­cia, em 1786, o físi­co e astró­no­mo ita­li­a­no Gio­van­ni Bat­tis­ta Ami­ci. Ele ficou conhe­ci­do pela sua inven­ção das len­tes acro­má­ti­cas. Ele tam­bém apre­sen­tou a len­te Ami­ci-Ber­trand, uma len­te para a ins­pec­ção do pla­no focal pos­te­ri­or de uma objec­ti­va. O sis­te­ma de len­tes que ele pro­jec­tou para um novo tipo de micros­có­pio em 1837 melho­rou a ampli­a­ção, capaz de até 6.000 vezes. Em 1840, ele intro­du­ziu um sis­te­ma de imer­são para micros­có­pi­os; a len­te infe­ri­or foi imer­sa numa gota de óleo para redu­zir e melho­rar a cla­re­za. Ele melho­rou o dese­nho de espe­lhos usa­dos em teles­có­pi­os reflectores.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1833, o enge­nhei­ro bri­tâ­ni­co Fle­e­ming Jen­kin. Ele ficou conhe­ci­do pelo seu tra­ba­lho no esta­be­le­ci­men­to de uni­da­des de medi­da eléc­tri­ca. Depois de ganhar um M.A. (1851), ele tra­ba­lhou no 10 anos seguin­tes em fir­mas de enge­nha­ria espe­ci­a­li­za­das no pro­jec­to e fabri­ca­ção de cabos tele­grá­fi­cos sub­ma­ri­nos e equi­pa­men­tos para ins­ta­lá-los. Em 1861, o seu ami­go Wil­li­am Thom­son (mais tar­de Lord Kel­vin) con­se­guiu a nome­a­ção de Jen­kin como repór­ter do Comi­té de Padrões Eléc­tri­cos da Asso­ci­a­ção Bri­tâ­ni­ca para o Avan­ço da Ciên­cia. Ele aju­dou a com­pi­lar e publi­car rela­tó­ri­os que esta­be­le­ce­ram o Ohm como a uni­da­de abso­lu­ta de resis­tên­cia eléc­tri­ca e des­cre­veu méto­dos para medi­ções pre­ci­sas de resistência.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1865, o físi­co fran­cês Pier­re Weiss. Ele inves­ti­gou o mag­ne­tis­mo e deter­mi­nou a uni­da­de mag­né­ti­ca de Weiss do momen­to mag­né­ti­co. O prin­ci­pal tra­ba­lho de Weiss foi sobre fer­ro­mag­ne­tis­mo. Hipo­te­ti­zan­do um cam­po mag­né­ti­co mole­cu­lar agin­do em momen­tos mag­né­ti­cos ató­mi­cos indi­vi­du­ais, ele foi capaz de cons­truir des­cri­ções mate­má­ti­cas do com­por­ta­men­to fer­ro­mag­né­ti­co, incluin­do uma expli­ca­ção de fenó­me­nos mag­ne­to­ca­ló­ri­cos como o pon­to de Curie. A sua teo­ria tam­bém con­se­guiu pre­ver uma des­con­ti­nui­da­de no calor espe­cí­fi­co de uma subs­tân­cia fer­ro­mag­né­ti­ca no pon­to Curie e suge­riu que a mag­ne­ti­za­ção espon­tâ­nea pode­ria ocor­rer em tais mate­ri­ais; o últi­mo fenó­me­no foi des­co­ber­to mais tar­de para ocor­rer em regiões mui­to peque­nas conhe­ci­das como domí­ni­os de Weiss.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1923, o astró­no­mo nor­te-ame­ri­ca­no Ken­neth Fran­klin. Ele foi co-autor da des­co­ber­ta de que o pla­ne­ta gigan­te Júpi­ter emi­te ondas de rádio. O Dr. Ber­nard F. Bur­ke e Fran­klin, astró­no­mos do Car­ne­gie Ins­ti­tu­ti­on em Washing­ton, esta­vam a exa­mi­nar o céu a pro­cu­ra de ondas de rádio de galá­xi­as. Por aca­so, eles encon­tra­ram um sinal de rádio que lem­bra­va raja­das cur­tas de está­ti­ca, seme­lhan­te à inter­fe­rên­cia de um raio em rádi­os domés­ti­cos. Depois de sema­nas de estu­do, a des­co­ber­ta dos sinais era perió­di­ca, qua­tro minu­tos antes a cada dia, eles apon­ta­vam Júpi­ter como a fon­te. Nun­ca antes foram detec­ta­dos sons de rádio de um pla­ne­ta em nos­so sis­te­ma solar. Estu­dos pos­te­ri­o­res mos­tra­ram que as ondas de rádio eram pola­ri­za­das cir­cu­lar­men­te, por­tan­to, um cam­po mag­né­ti­co esta­va envol­vi­do. A des­co­ber­ta foi anun­ci­a­da em 6 de Abril de 1955.

E nes­ta sema­na que pas­sou um navio de trans­por­te de con­ten­to­res fechou lite­ral­men­te o Canal do Suez. Com cer­ca de 400 metros de com­pri­men­to e 59 metros de altu­ra o gigan­te MV Ever­Gi­ven de cer­ca de 220 mil tone­la­das ficou atra­ves­sa­do no Canal devi­do a uma tem­pes­ta­de de areia e ven­tos mui­to for­tes. Este já é con­si­de­ra­do o mai­or desas­tre mun­di­al de sem­pre com navi­os por­ta-con­ten­to­res sem a per­da do pró­prio navio. Este inci­den­te já teve efei­tos no pre­ço do bar­ril de petró­leo e já está a ame­a­çar algum tipo de stocks que podem vir a esgo­tar se a situ­a­ção não se resolver.

Tam­bém nes­ta sema­na que pas­sou a Spa­ceX fez mais um lan­ça­men­to de 60 saté­li­tes da Star­link. Apro­xi­ma­da­men­te nove minu­tos depois, o pri­mei­ro está­gio do fogue­te reu­ti­li­zá­vel vol­tou à Ter­ra para seu sex­to pou­so bem-suce­di­do. O dro­ne da Spa­ceX, “Cla­ro que ain­da te amo”, esta­va esta­ci­o­na­do no Oce­a­no Atlân­ti­co, aguar­dan­do a cap­tu­ra. O voo de hoje é a quar­ta mis­são Star­link des­te mês. O lan­ça­men­to ocor­reu no 15º ani­ver­sá­rio do pri­mei­ro lan­ça­men­to da SpaceX.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os inte­res­san­tes. São apre­sen­ta­das as revis­tas Mag­PI Maga­zi­ne nº 104 de Abril e newe­lec­tro­nics de 23 Março.

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