Newsletter Nº258

Newsletter Nº258
News­let­ter Nº258

Faz hoje anos que nas­cia, em 1770, o físi­co ale­mão Tho­mas Johann See­beck. Ele des­co­briu (1821) que uma cor­ren­te eléc­tri­ca flui entre dife­ren­tes mate­ri­ais con­du­to­res que são man­ti­dos em dife­ren­tes tem­pe­ra­tu­ras, conhe­ci­do como efei­to See­beck. É a base do ter­mo­par e é con­si­de­ra­da a medi­ção mais pre­ci­sa da tem­pe­ra­tu­ra. É tam­bém um com­po­nen­te-cha­ve do semi­con­du­tor, a base do moder­no com­pu­ta­dor. O tra­ba­lho de See­beck foi a base das des­co­ber­tas do físi­co ale­mão Georg Simon Ohm (1789–1854) em elec­tri­ci­da­de e do físi­co fran­cês Jean Char­les Atha­na­se Pel­ti­er (1785–1845), cujo efei­to Pel­ti­er ficou conhe­ci­do como uma manei­ra de usar a elec­tri­ci­da­de para con­ge­lar a água (ar con­di­ci­o­na­do, refrigeração).

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1791, o mate­má­ti­co inglês Geor­ge Pea­cock. Ele, jun­ta­men­te com os cole­gas de gra­du­a­ção Char­les Bab­ba­ge e John Hers­chel, trou­xe refor­mas à nomen­cla­tu­ra na mate­má­ti­ca ingle­sa. Eles for­ma­ram a Analy­ti­cal Soci­ety (1815), cujo objec­ti­vo era levar os méto­dos avan­ça­dos de cál­cu­lo da Euro­pa para Cam­brid­ge para subs­ti­tuir a nota­ção cada vez mais estag­na­da de Isa­ac New­ton do sécu­lo ante­ri­or. A Soci­e­da­de pro­du­ziu uma tra­du­ção de um livro de Lacroix no cál­cu­lo dife­ren­ci­al e inte­gral. Em 1830, ele publi­cou o Tra­ta­do sobre Álge­bra, que ten­tou dar à álge­bra um tra­ta­men­to lógi­co, e que foi pelo menos par­ci­al­men­te para o esta­be­le­ci­men­to da álge­bra sim­bó­li­ca. Em vez de usar ape­nas núme­ros, ele usou objec­tos e mos­trou a asso­ci­a­ti­vi­da­de e a comu­ta­ti­vi­da­de des­ses objectos.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1864, o enge­nhei­ro elec­tro­téc­ni­co inglês Sebas­ti­an Zia­ni de Fer­ran­ti. Ele pro­mo­veu a ins­ta­la­ção de gran­des esta­ções gera­do­ras eléc­tri­cas e redes de dis­tri­bui­ção de cor­ren­te alter­na­da na Ingla­ter­ra. Com cer­ca de 20 anos, ele come­çou a pla­ne­ar uma esta­ção gera­do­ra ambi­ci­o­sa a cer­ca de 13 qui­ló­me­tros dos arre­do­res de Lon­dres, para usar a trans­mis­são a 10.000 volts — qua­tro vezes mai­or do que era prá­ti­co ante­ri­or­men­te. Para isso, ele come­çou a pro­jec­tar cabos, trans­for­ma­do­res e gera­do­res ade­qua­dos. A sua ideia de fabri­car cabos fle­xí­veis de alta ten­são usan­do papel impreg­na­do com cera para iso­la­men­to foi um mar­co his­tó­ri­co usa­do exclu­si­va­men­te até ao adven­to de mate­ri­ais sin­té­ti­cos. As suas 176 paten­tes cobrem diver­sas invenções.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1865, o enge­nhei­ro elec­tro­téc­ni­co e inven­tor de ori­gem ale­mã Char­les Pro­teus Stein­metz. As suas teo­ri­as e aná­li­ses mate­má­ti­cas dos sis­te­mas de cor­ren­te alter­na­da aju­da­ram a esta­be­le­cê-los como a for­ma pre­fe­ri­da de ener­gia eléc­tri­ca nos Esta­dos Uni­dos e em todo o mun­do. Em 1893, Stein­metz entrou para a recém-cri­a­da Gene­ral Elec­tric Com­pany, onde era enge­nhei­ro e depois con­sul­tor até sua mor­te. As suas pri­mei­ras pes­qui­sas sobre his­te­re­se (per­da de potên­cia devi­do à resis­tên­cia mag­né­ti­ca) levaram‑o a estu­dar a cor­ren­te alter­na­da, o que pode­ria eli­mi­nar a per­da de his­te­re­se nos moto­res. Ele fez um exten­so tra­ba­lho sobre a teo­ria de AC para enge­nhei­ros elec­tro­téc­ni­cos usa­rem. A sua últi­ma pes­qui­sa foi sobre relâm­pa­gos e a sua ame­a­ça para as novas linhas de ener­gia AC. Ele foi res­pon­sá­vel pela expan­são da indús­tria de ener­gia eléc­tri­ca nos EUA.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1869, o mate­má­ti­co fran­cês Élie Car­tan. Ele desen­vol­veu mui­to a teo­ria dos gru­pos de Lie e con­tri­buiu para a teo­ria das subal­ge­bras. Em 1904, Car­tan vol­tou-se para arti­gos sobre equa­ções dife­ren­ci­ais e, a par­tir de 1916, publi­cou prin­ci­pal­men­te sobre geo­me­tria dife­ren­ci­al. Car­tan tam­bém publi­cou tra­ba­lhos sobre a rela­ti­vi­da­de e a teo­ria dos spi­nors. Ele é cer­ta­men­te um dos mate­má­ti­cos mais impor­tan­tes da pri­mei­ra meta­de do sécu­lo XX.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1899, o Fabri­can­te ame­ri­ca­no de aero­na­ves James Smith McDon­nell. Ele ini­ci­ou a sua pri­mei­ra empre­sa em 1928, para cons­truir o Doo­dle­bug úni­co, mas como não encon­trou mer­ca­do, pas­sou os pró­xi­mos 10 anos a tra­ba­lhar em vári­as empre­sas de aero­na­ves. Pos­te­ri­or­men­te, ele fun­dou a McDon­nell Air­craft Co.on, em St. Louis, em 6 de Julho de 1939. Entre suas rea­li­za­ções notá­veis, figu­ram a pro­du­ção do pri­mei­ro caça a jac­to da Mari­nha dos EUA (1946), o FM‑1; Mer­cury, a pri­mei­ra nave espa­ci­al tri­pu­la­da da Amé­ri­ca a orbi­tar a Ter­ra (1962) e o jac­to F‑4 Phantom.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1919, o enge­nhei­ro e inven­tor ame­ri­ca­no J. Pres­per Eckert. Ele foi o inven­tor do pri­mei­ro com­pu­ta­dor elec­tró­ni­co de uso geral, uma máqui­na digi­tal que foi o pro­tó­ti­po para a mai­o­ria dos com­pu­ta­do­res actu­al­men­te em uso. Em 1946, Eckert com John W. Mau­chly cum­priu um con­tra­to do gover­no para cons­truir um com­pu­ta­dor digi­tal para ser usa­do pelo Exér­ci­to dos EUA para cál­cu­los mili­ta­res. Eles chamaram‑o de ENIAC para Inte­gra­dor Numé­ri­co Elec­tró­ni­co e Com­pu­ta­dor. Em 1949, eles fun­da­ram uma empre­sa de fabri­ca­ção de com­pu­ta­do­res BINAC. Isso foi segui­do por um com­pu­ta­dor vol­ta­do para os negó­ci­os, o UNIVAC (1951), que foi uti­li­za­do para mui­tos usos e esti­mu­lou o cres­ci­men­to da indús­tria de com­pu­ta­do­res. Em 1966, Eckert pos­suía 85 paten­tes, prin­ci­pal­men­te para inven­ções electrónicas.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos arti­gos cien­tí­fi­cos assim como pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­da a revis­ta His­pa­Brick 34.

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Newsletter Nº257

Newsletter Nº257
News­let­ter Nº257

Faz hoje anos que nas­cia, em 1875 o inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no Wal­ter Chrys­ler. Ele come­çou na ado­les­cên­cia a tra­ba­lhar no sec­tor fer­ro­viá­rio ten­do subi­do a car­gos de gerên­cia. Então, em 1912, Char­les W. Nash recrutou‑o como geren­te da divi­são de pro­du­ção da Buick da Gene­ral Motors. Chrys­ler reor­ga­ni­zou a pro­du­ção para obter efi­ci­ên­cia, aumen­tan­do a pro­du­ção e os lucros, mas renun­ci­ou em 1920. Ele res­ga­tou a empre­sa de auto­mó­veis Willys-Over­land da falên­cia e depois trans­for­mou a Maxwell Motor Com­pany na Chrys­ler Cor­po­ra­ti­on (1924), que pro­du­ziu o pri­mei­ro car­ro da Chrys­ler em Junho de 1925. A empre­sa cres­ceu tor­nar-se um dos “Três Gran­des” fabri­can­tes de automóveis.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1878, o mate­má­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no Edward Kas­ner. Ele foi res­pon­sá­vel pela intro­du­ção da pala­vra goo­gol para um núme­ro mui­to gran­de (10 ele­va­do ao poder 100, que é 1 segui­do de 100 zeros) com o nome inven­ta­do por seu sobri­nho de 9 anos. Foi intro­du­zi­da no livro não téc­ni­co de mate­má­ti­ca que ele co-escre­veu com James R. New­man, Mate­má­ti­ca e Imaginação.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1934, o mate­má­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no Paul Cohen. Ele ficou conhe­ci­do pelo seu tra­ba­lho fun­da­men­tal sobre os fun­da­men­tos da teo­ria dos con­jun­tos. Cohen inven­tou uma téc­ni­ca cha­ma­da “for­çar” para pro­var a inde­pen­dên­cia na teo­ria dos con­jun­tos do axi­o­ma da esco­lha e da hipó­te­se do con­ti­nu­um gene­ra­li­za­do. O pro­ble­ma da hipó­te­se do con­ti­nu­um foi o pri­mei­ro dos 23 famo­sos pro­ble­mas de Hil­bert entre­gues ao Segun­do Con­gres­so Inter­na­ci­o­nal de Mate­má­ti­cos em Paris em 1900. O famo­so dis­cur­so de Hil­bert Os pro­ble­mas da mate­má­ti­ca desa­fi­a­ram (então e ago­ra) os mate­má­ti­cos a resol­ver essas ques­tões fun­da­men­tais e Cohen tem a dis­tin­ção de Resol­ven­do o Pro­ble­ma 1. Ele tam­bém tra­ba­lhou em equa­ções dife­ren­ci­ais e aná­li­se har­mó­ni­ca. Foi reco­nhe­ci­do com a meda­lha Fields em 1966.

Nes­ta sema­na que pas­sou foi lan­ça­da a ver­são final do Ker­nel 5.6 do Linux. De entre as vári­as novi­da­des des­ta­ca-se a inte­gra­ção com o Wire­Guard VPN. Tam­bém está nes­ta ver­são o supor­te ini­ci­al para o USB4 cujo con­tri­bu­to foi dado pela Intel. Este Ker­nel é tam­bém o pri­mei­ro a ende­re­çar em 32-bits o pro­ble­ma do ano 2038 (over­flow de segun­dos em 32-bits). Foram fei­tas mui­tas alte­ra­ções no dri­ver de supor­te de moni­to­ri­za­ção de tem­pe­ra­tu­ra dos AMDs nome­a­da­men­te o supor­te para os CPUs ZEN. Foi final­men­te incor­po­ra­do no ker­nel o Vir­tu­al­Box Sha­red Fol­der dri­ver para melho­rar o supor­te de sis­te­mas Linux guest out-of-the-box.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos arti­gos cien­tí­fi­cos assim como pro­je­tos de maker.

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Newsletter Nº256

Newsletter Nº256
News­let­ter Nº256

Faz hoje anos que nas­cia, em 1913, o mate­má­ti­co hún­ga­ro Paul Erdös. Ele foi um dos prin­ci­pais espe­ci­a­lis­tas em mate­má­ti­ca do sécu­lo XX e foi pio­nei­ro nos cam­pos da teo­ria dos núme­ros e da com­bi­na­tó­ria. O tipo de mate­má­ti­ca em que ele tra­ba­lha­va era pro­ble­mas sim­ples de enten­der, mas noto­ri­a­men­te difí­ceis de resol­ver. Aos 20 anos, ele des­co­briu uma pro­va para um teo­re­ma clás­si­co da teo­ria dos núme­ros que afir­ma que há sem­pre pelo menos um núme­ro pri­mo entre qual­quer núme­ro intei­ro posi­ti­vo e seu dobro. Nos anos 30, ele estu­dou na Ingla­ter­ra e mudou-se para os EUA no final dos anos 30, quan­do suas ori­gens judai­cas tor­na­ram impos­sí­vel o retor­no à Hun­gria. Afec­ta­do pelo McCarthyism na déca­da de 1950, ele pas­sou boa par­te dos pró­xi­mos dez anos em Isra­el. Onde escre­veu cen­te­nas de arti­gos que fize­ram dele um dos mate­má­ti­cos mais pro­lí­fi­cos da história.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1916, o bioquí­mi­co nor­te-ame­ri­ca­no Chris­ti­an B. Anfin­sen. Ele rece­beu (con­jun­ta­men­te com Stan­ford Moo­re e Wil­li­am H. Stein) o Pré­mio Nobel de Quí­mi­ca de 1972 por pes­qui­sas sobre a for­ma e a estru­tu­ra pri­má­ria da ribo­nu­cle­a­se (a enzi­ma que hidro­li­sa o RNA). A ribo­nu­cle­a­se é com­pos­ta por uma cadeia de pep­tí­deo úni­co (uma molé­cu­la que con­sis­te em duas ou mais molé­cu­las de ami­noá­ci­dos uni­das por uma liga­ção pep­tí­di­ca) dobra­da numa esfe­ra uni­da por qua­tro liga­ções dis­sul­fu­re­to. Estas liga­ções podem ser que­bra­das para que a enzi­ma fique des­na­tu­ra­da (colap­san­do), per­den­do todas as suas pro­pri­e­da­des enzi­má­ti­cas. Anfin­sen des­co­briu que a sua for­ma e, con­se­quen­te­men­te, seu poder enzi­má­ti­co pode­ri­am ser res­tau­ra­dos e con­cluiu que a ribo­nu­cle­a­se deve reter todas as infor­ma­ções sobre a sua con­fi­gu­ra­ção den­tro dos seus aminoácidos.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1973, o cien­tis­ta da com­pu­ta­ção e empre­en­de­dor nor­te-ame­ri­ca­no Lar­ry Page. Ele era estu­dan­te de gra­du­a­ção quan­do co-fun­dou a Goo­gle, Inc. com Ser­gey Brin, enquan­to tra­ba­lha­va no mes­mo dou­to­ra­men­to. Eles desen­vol­ve­ram as suas idei­as para o meca­nis­mo de bus­ca na épo­ca e fun­da­ram a empre­sa em 1998, com apoio finan­cei­ro de inves­ti­do­res, fami­li­a­res e ami­gos. Page era o pre­si­den­te de pro­du­tos da empre­sa. O suces­so foi tão gran­de que, em 19 de Agos­to de 2004, a empre­sa fez uma ofer­ta públi­ca ini­ci­al de acções (IPO) para aumen­tar o capi­tal para cres­cer ain­da mais. Even­tu­al­men­te, o seu valor exce­deu o de Dis­ney, McDo­nals e Gene­ral Motors juntos.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­do o livro “SIGNAL” da Texas assim como as revis­tas HackS­pa­ce 29 e Mag­PI 92 de Abril e as revis­tas newe­lec­tro­nics de 10 e 24 de Março.

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Newsletter Nº255

Newsletter Nº255
News­let­ter Nº255

Faz hoje anos que nas­cia, em 1883, o quí­mi­co inglês Nor­man Haworth. Ele par­ti­lhou (com o quí­mi­co suí­ço Paul Kar­rer) o Pré­mio Nobel de Quí­mi­ca de 1937 pelo seu tra­ba­lho na deter­mi­na­ção das estru­tu­ras quí­mi­cas de vári­os car­bo-hidra­tos e na sín­te­se de vita­mi­na C (1934), que foi a pri­mei­ra pre­pa­ra­ção arti­fi­ci­al de qual­quer vitamina.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1900, o físi­co fran­cês Fré­dé­ric Joli­ot-Curie. Ele tor­nou-se assis­ten­te pes­so­al de Marie Curie no Radium Ins­ti­tu­te, Paris, e no ano seguin­te casou-se com sua filha Irè­ne (que tam­bém era assis­ten­te do ins­ti­tu­to). Mais tar­de, eles cola­bo­ra­ram na pes­qui­sa e par­ti­lha­ram o Pré­mio Nobel de Quí­mi­ca de 1935 “em reco­nhe­ci­men­to à sín­te­se de novos ele­men­tos radi­o­ac­ti­vos”. Por exem­plo, eles des­co­bri­ram que áto­mos de alu­mí­nio expos­tos a rai­os alfa se trans­mu­ta­vam em áto­mos de fós­fo­ro radioactivo.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1943, o quí­mi­co mexi­co-ame­ri­ca­no Mario Moli­na. Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Quí­mi­ca de 1995, jun­ta­men­te com os quí­mi­cos F. Sherwo­od Rowland e Paul Crut­zen, por pes­qui­sas na déca­da de 1970 sobre a decom­po­si­ção da cama­da de ozo­no, que pro­te­ge a Ter­ra de peri­go­sas radi­a­ções sola­res. As des­co­ber­tas de Moli­na e Rowland, de que alguns gases fabri­ca­dos indus­tri­al­men­te des­tro­em a cama­da de ozo­no, leva­ram a um movi­men­to inter­na­ci­o­nal no final do sécu­lo 20 para limi­tar o uso gene­ra­li­za­do de gases clo­ro­flu­o­ro­car­bo­ne­tos (CFC).

Nes­ta sema­na que pas­sou con­ti­nu­a­mos a acom­pa­nhar a evo­lu­ção da pan­de­mia do COVID-19. E de entre as his­tó­ria da sema­na apa­re­ce uma de uma empre­sa de impres­so­ras 3D na Itá­lia que pro­jec­tou e impri­miu 100 vál­vu­las de res­pi­ra­ção que sal­vam vidas em 24 horas para um hos­pi­tal que ficou sem elas. A vál­vu­la conec­ta paci­en­tes em tera­pia inten­si­va a apa­re­lhos res­pi­ra­tó­ri­os. O hos­pi­tal, em Bres­cia, tinha 250 paci­en­tes com coro­na­ví­rus em tera­pia inten­si­va e as vál­vu­las foram pro­jec­ta­das para serem usa­das por no máxi­mo oito horas por vez.

Tam­bém esta sema­na nos che­ga outra his­tó­ria rela­ci­o­na­da, esta do Pru­sa — cri­a­dor da impres­so­ra 3D open sour­ce. Ele fala das opções que a comu­ni­da­de de impres­são 3D pode cri­ar e que já cri­ou como vimos a his­tó­ria ante­ri­or para resol­ver pro­ble­mas de pro­du­ção de dis­po­si­ti­vos que se encon­tram em fal­ta por rup­tu­ra de stock. Ele fala igual­men­te do tra­ba­lho que ele e a equi­pa dele teve jun­to das auto­ri­da­des da Repu­bli­ca Che­ca para cri­ar o “awa­re­ness” e a neces­si­da­de de ter este tipo de fabri­co como opção válida.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker assim como alguns mode­los 3D que pode­rão ser úteis. São apre­sen­ta­dos os livros “Essen­ti­al Rasp­ber­ry Pi Tips” e “Intro­duc­ti­on to Cir­cuits” ambos da element14.

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Newsletter Nº254

Newsletter Nº254
News­let­ter Nº254

Faz anos hoje que nas­cia, em 1790 o qui­mi­co inglês John Fre­de­ric Dani­ell. Ele foi res­pon­sá­vel pela inven­ção da célu­la Dani­ell, que foi uma gran­de melho­ria em rela­ção à célu­la vol­tai­ca usa­da nos pri­mei­ros dias do desen­vol­vi­men­to da bate­ria. A sua pes­qui­sa em 1820 levou à inven­ção de um higró­me­tro que media a humi­da­de rela­ti­va que pos­te­ri­or­men­te se tor­nou um ins­tru­men­to padrão. Dani­ell ini­ci­ou expe­ri­ên­ci­as em 1835, na ten­ta­ti­va de melho­rar a bate­ria vol­tai­ca com seu pro­ble­ma de ser ins­tá­vel e como uma fon­te fra­ca de cor­ren­te eléc­tri­ca. Em 1836, ele inven­tou uma célu­la pri­má­ria na qual o hidro­gé­nio foi eli­mi­na­do com a gera­ção da elec­tri­ci­da­de. Dani­ell tinha resol­vi­do o pro­ble­ma da pola­ri­za­ção devi­do a uma fina pelí­cu­la de bolhas de hidro­gé­nio que se for­ma­va sobre o eléc­tro­do posi­ti­vo que redu­zia a corrente.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1824, o físi­co ale­mão Gus­tav Kir­chhoff. Ele jun­ta­men­te com Robert Bun­sen, esta­be­le­ceu a teo­ria da aná­li­se de espec­tro (uma téc­ni­ca para aná­li­se quí­mi­ca, ana­li­san­do a luz emi­ti­da por um mate­ri­al aque­ci­do), apli­ca­da por Kir­chhoff para deter­mi­nar a com­po­si­ção do Sol. Ele des­co­briu que quan­do a luz pas­sa atra­vés de um gás, o gás absor­ve os com­pri­men­tos de onda que seri­am emi­ti­dos se aque­ci­dos, o que expli­ca­va as nume­ro­sas linhas escu­ras (linhas de Frau­nho­fer) no espec­tro do Sol. Nas leis de Kir­chhoff (1845), ele gene­ra­li­zou as equa­ções que des­cre­vem o flu­xo de cor­ren­te no caso dos con­du­to­res eléc­tri­cos em três dimen­sões, esten­den­do a lei de Ohm ao cál­cu­lo das cor­ren­tes, ten­sões e resis­tên­ci­as das redes eléc­tri­cas. Ele demons­trou que a cor­ren­te flui num con­du­tor de resis­tên­cia zero à velo­ci­da­de da luz.

Faz igual­men­te anos hoje que nas­cia, em 1838, o quí­mi­co inglês Wil­li­am Henry Per­kin. Enquan­to expe­ri­men­ta­va sin­te­ti­zar o qui­ni­no a par­tir de um pro­du­to quí­mi­co do alca­trão de car­vão, Per­kins mis­tu­rou ani­li­na e dicro­ma­to de sódio e ines­pe­ra­da­men­te encon­trou uma cor den­sa — que ele deno­mi­nou roxo ani­li­na — que extraiu com álco­ol. Ele des­co­bri­ra o pri­mei­ro coran­te arti­fi­ci­al. Os têx­teis da sua épo­ca eram colo­ri­dos de fon­tes natu­rais; a dele era uma alter­na­ti­va vali­o­sa. Aos 18 anos, ele paten­te­ou o coran­te. O seu pai inves­tiu em seus esfor­ços para fabri­car o coran­te. Foi colo­ca­do à ven­da em 1857 e tor­nou-se popu­lar na Fran­ça. Aos 23 anos, ele era pai de uma nova indús­tria quí­mi­ca orgâ­ni­ca sintética.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1905, o enge­nhei­ro elec­tro­téc­ni­co nor­te-ame­ri­ca­no Chaun­cey Guy Suits. Ele aju­dou a desen­vol­ver um novo pro­ces­so, anun­ci­a­do em 1962, para cri­ar dia­man­tes sin­té­ti­cos com­pri­min­do car­bo­no numa gran­de pren­sa hidráu­li­ca a pres­sões de até três milhões de libras por pole­ga­da qua­dra­da, enquan­to simul­ta­ne­a­men­te aque­ci­do a 9.000 ºF, sem a neces­si­da­de do agen­te cata­li­sa­dor de metal usa­do ante­ri­or­men­te. Ele pos­suía 77 paten­tes nos EUA, em apli­ca­ções vari­a­das, como melho­ri­as de sinal de blo­queio fer­ro­viá­rio, cir­cui­tos para sinais eléc­tri­cos que pis­cam em sequên­cia, cir­cui­tos de rádio, sina­li­za­do­res, sinais sub­ma­ri­nos, redu­to­res de luz de tea­tro e relés fotoeléctricos.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1925, o físi­co japo­nês Leo Esa­ki. Ele par­ti­lhou (com Ivar Gia­e­ver e Bri­an Joseph­son) o Pré­mio Nobel de Físi­ca (1973) em reco­nhe­ci­men­to pelo seu tra­ba­lho pio­nei­ro em tune­la­men­to de elec­trões em sóli­dos. A par­tir de algu­mas expe­ri­ên­ci­as apa­ren­te­men­te sim­ples publi­ca­das em 1958, ele foi capaz de des­ven­dar os pro­ces­sos de tune­la­men­to em sóli­dos, um fenó­me­no que esta­va cober­to de per­gun­tas por déca­das. O tune­la­men­to é um efei­to mecâ­ni­co quân­ti­co no qual um elec­trão pas­sa atra­vés de uma bar­rei­ra em poten­ci­al, embo­ra a teo­ria clás­si­ca pre­vis­se que não pode­ria. A des­co­ber­ta do Dr. Esa­ki levou à cri­a­ção do dío­do Esa­ki, um com­po­nen­te impor­tan­te da físi­ca do esta­do sóli­do com apli­ca­ções prá­ti­cas em cir­cui­tos de alta velo­ci­da­de encon­tra­dos em com­pu­ta­do­res e redes de comunicações.

E nes­ta sema­na que pas­sou o tema domi­nan­te foi o COVID-19, nome dado a doen­ça pro­vo­ca­da por uma estir­pe de coro­na­vi­rus (SARS-CoV‑2) des­co­ber­ta em final de 2019 e que teve ori­gem em Wuhan na China.
Até ago­ra tinha sido uma doen­ça que afec­ta­va o mun­do mas à qual Por­tu­gal tinha fica­do de fora não sofren­do (de for­ma mui­to visí­vel) os efei­tos que outros paí­ses já esta­vam a sofrer. Mas esta sema­na dei­xou de ser uma doen­ça que afec­ta os outros e pas­sou a afec­tar o nos­so quo­ti­di­a­no. Ten­do pas­sa­do à cate­go­ria de pan­de­mia sig­ni­fi­ca que todos os paí­ses estão em ris­co. E é par­ti­cu­lar­men­te impor­tan­te que cada um de nós con­tri­bua acti­va­men­te para o con­tro­lo des­ta doen­ça seguin­do os con­se­lhos da OMS evi­tan­do locais com den­si­da­de ele­va­da de pes­so­as, des­lo­ca­ções des­ne­ces­sá­ri­as, lavar as mãos com frequên­cia, evi­tar cum­pri­men­tos pró­xi­mos como aper­tos de mão ou bei­ji­nhos, evi­tar tocar com as mãos nos seus olhos, boca ou nariz, e usar o bom sen­so nas com­pras de bens evi­tan­do o desperdício.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.