Newsletter Nº323

Newsletter Nº323
News­let­ter Nº323

Faz hoje anos que nas­cia, em 1831, o far­ma­cêu­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no John Stith Pem­ber­ton. Ele ficou conhe­ci­do por ter inven­ta­do a Coca-Cola em 1885. No iní­cio era um tóni­co, o vinho fran­cês Coca. Mais tar­de ele modi­fi­cou a fór­mu­la reti­ran­do o álco­ol e adi­ci­o­nan­do outras essên­ci­as vege­tais. O novo xaro­pe des­ti­na­va-se a ser uma cura segu­ra para as dores de cabe­ça. A 29 de Maio de 1886, a Coca-Cola foi anun­ci­a­da pela pri­mei­ra vez no Diá­rio de Atlan­ta. Pem­ber­ton ven­deu mais tar­de a recei­ta, equi­pa­men­to e maqui­na­ria para fabri­car a bebi­da a Asa G. Can­dler por $1200.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1838, o inven­tor, enge­nhei­ro e fabri­can­te ale­mão Fer­di­nand von Zep­pe­lin. Ele foi o pio­nei­ro da avi­a­ção que cons­truiu as pri­mei­ras aero­na­ves diri­gí­veis rígi­das, cha­ma­das Zep­pe­lins. Depois de se refor­mar de uma car­rei­ra mili­tar (1890), dedi­cou dez anos à con­cep­ção e cons­tru­ção da sua pri­mei­ra bem suce­di­da embar­ca­ção ligei­ro-ar, a LZ‑1. Paten­te­ou a sua ideia a 31 de Agos­to de 1895 e for­mou uma empre­sa para a cons­tru­ção de diri­gí­veis em 1898. O seu pri­mei­ro diri­gí­vel des­co­lou a 2 de Julho de 1900 no Lago Cons­tan­ça, onde tinha sido mon­ta­do num han­gar flu­tu­an­te de mon­ta­gem. O seu suces­so esti­mu­lou o finan­ci­a­men­to por par­te da comu­ni­da­de. Even­tu­al­men­te, ele pro­du­ziu mais de 100 zepe­lins para usos mili­ta­res na I Guer­ra Mun­di­al. Duran­te a guer­ra, os zepe­lins foram usa­dos para bom­bar­de­ar a Grã-Bre­ta­nha a par­tir de 19 de Janei­ro de 1915 com ata­ques a Gre­at Yar­mouth e King’s Lynn. Após a guer­ra, ele con­ti­nu­ou a melho­rar o pro­jec­to e cons­truiu uma fro­ta de diri­gí­veis para ser­vi­ço comer­ci­al de pas­sa­gei­ros, que incluía voos tran­sa­tlân­ti­cos. O uso de Zep­pe­lin ter­mi­nou após o desas­tre do incên­dio de 6 de Maio de 1937 em Lakehurst, N.J., E.U.A.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1894, o físi­co rus­so Pyo­tr Kapit­sa. Ele par­ti­lhou (com Arno Pen­zi­as e Robert Woo­drow Wil­son) o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1978 pelas suas inven­ções e des­co­ber­tas bási­cas sobre cam­pos mag­né­ti­cos for­tes na área da físi­ca de bai­xa tem­pe­ra­tu­ra. Ele des­co­briu que o hélio II (a for­ma está­vel de hélio líqui­do infe­ri­or a 2.174 K, ou ‑270.976 C) não tem qua­se vis­co­si­da­de (ou seja, resis­tên­cia ao flu­xo). No final dos anos 40, Kapit­za mudou o seu foco, inven­tan­do gera­do­res de micro-ondas de alta potên­cia — pla­no­tron e nigo­tron (1950–1955) e des­co­briu um novo tipo de des­car­ga con­tí­nua de plas­ma de alta pres­são com tem­pe­ra­tu­ras de elec­trões supe­ri­o­res a um milhão de kelvin.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1895, o físi­co sovié­ti­co Igor Tamm. Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1958 com Pavel A. Che­ren­kov e Ilya M. Frank pelos seus esfor­ços em expli­car a radi­a­ção Che­ren­kov. Tamm foi um físi­co teó­ri­co notá­vel, após pes­qui­sas ini­ci­ais em cris­ta­lo-ópti­ca, desen­vol­veu um méto­do para inter­pre­tar a inte­rac­ção das par­tí­cu­las nucle­a­res. Jun­ta­men­te com I. M. Frank, desen­vol­veu a inter­pre­ta­ção teó­ri­ca da radi­a­ção dos elec­trões que se movem atra­vés da maté­ria mais rapi­da­men­te do que a velo­ci­da­de da luz (o efei­to Ceren­kov), e a teo­ria dos chu­vei­ros em rai­os cós­mi­cos. Tam­bém con­tri­buiu para os méto­dos de con­tro­lo das reac­ções termo-nucleares.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1904, o mate­má­ti­co fran­cês Hen­ri Car­tan. Ele fez avan­ços fun­da­men­tais na teo­ria das fun­ções ana­lí­ti­cas, tra­ba­lhou na teo­ria das rol­da­nas, teo­ria homo­ló­gi­ca, topo­lo­gia algé­bri­ca e teo­ria do poten­ci­al. Jun­ta­men­te com outros, tais como Weil e Dieu­don­né, Hen­ri Car­tan escre­veu sob o nome de Bour­ba­ki. Elé­ments de mathé­ma­ti­que de Bour­ba­ki con­tém mais de 30 volu­mes e pre­ten­de apre­sen­tar a mate­má­ti­ca de modo a ilus­trar a estru­tu­ra axi­o­má­ti­ca da mate­má­ti­ca moderna.

Faz hoje 10 anos que foi lan­ça­do pela ulti­ma vez o vai­vém Atlan­tis. Foi a ulti­ma vez que vai­véns da clas­se Spa­ce Shut­tle seria lan­ça­da. Este em par­ti­cu­lar com­ple­tou 33 voos depois de ter sido lan­ça­do pela pri­mei­ra vez em 1985. Nes­ta ulti­ma mis­são foi rea­bas­te­cer a ISS e tra­zer algum equi­pa­men­to dani­fi­ca­do. Foi lan­ça­do com uma tri­pu­la­ção de qua­tro astro­nau­tas e a mis­são durou 12 dias e 18 horas, ten­do per­cor­ri­do um total de 8.505.161 km. Foi a mis­são nº 135 dos Spa­ce Shut­tles. Esta clas­se de vai­véns ficou para his­tó­ria devi­do aos dois desas­tres com o Chal­len­ger e com o Colum­bia que resul­ta­ram na mor­te de todos os tri­pu­lan­tes. Foram cons­truí­dos no total 5 Spa­ce Shuttles.

Nes­ta sema­na que pas­sou os astro­nau­tas chi­ne­ses a bor­do da esta­ção orbi­tal chi­ne­sa Tia­nhe fize­ram a pri­mei­ra cami­nha­da espa­ci­al. Esti­ve­ram a ins­ta­lar câma­ras e outros equi­pa­men­tos fazen­do uso de um bra­ço robó­ti­co com cer­ca de 15 metros de com­pri­men­to. Os astro­nau­tas Liu e Tang pas­sa­ram cer­ca de sete horas fora da esta­ção orbital.

Tam­bém nes­ta sema­na que pas­sou, mas em Mar­te, o heli­cóp­te­ro Inge­nuity com­ple­ta o seu nono voo na super­fí­cie de Mar­te. Este 9º voo não era como os voos que o pre­ce­de­ram. Que­brou os recor­des de dura­ção de voo e velo­ci­da­de de cru­zei­ro, e qua­se qua­dru­pli­cou a dis­tân­cia voa­da entre dois locais. Mas o que real­men­te dis­tin­guiu o voo foi o ter­re­no a que o Inge­nui­da­de teve de nego­ci­ar duran­te os seus 2 minu­tos e 46 segun­dos no ar — uma área cha­ma­da “Séí­tah” que seria difí­cil de atra­ves­sar com um veí­cu­lo ter­res­tre como o Per­se­ve­ran­ce. Este voo foi tam­bém expli­ci­ta­men­te con­ce­bi­do para ter valor cien­tí­fi­co, for­ne­cen­do a pri­mei­ra visão de per­to dos prin­ci­pais alvos da ciên­cia que o “Rover” não alcan­ça­rá duran­te bas­tan­te tempo.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­do o livro “A Prac­ti­cal Intro­duc­ti­on to Python Programming”.

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Newsletter Nº322

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News­let­ter Nº322

Faz hoje anos que nas­cia, em 1646, o filó­so­fo e mate­má­ti­co ale­mão Gott­fri­ed Wilhelm Leib­niz. Ele foi impor­tan­te tan­to como meta­fí­si­co como lógi­co, e tam­bém dis­tin­gui­do pela sua inven­ção inde­pen­den­te do cál­cu­lo dife­ren­ci­al e inte­gral. Atra­vés de encon­tros com estu­di­o­sos como Chris­ti­a­an Huy­gens em Paris e com mem­bros da Royal Soci­ety, incluin­do Robert Boy­le, duran­te duas via­gens a Lon­dres em 1673 e 1676, Leib­niz foi apre­sen­ta­do aos pro­ble­mas pen­den­tes que desa­fi­am os mate­má­ti­cos e físi­cos da Euro­pa. Ele des­co­briu inde­pen­den­te­men­te o cál­cu­lo dife­ren­ci­al e inte­gral (publi­ca­do em 1684), mas envol­veu-se numa amar­ga dis­pu­ta pri­o­ri­tá­ria com Isa­ac New­ton, cujas idei­as sobre o cál­cu­lo foram desen­vol­vi­das mais cedo (1665), mas publi­ca­das mais tar­de (1687).

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1788, o mate­má­ti­co e enge­nhei­ro fran­cês Jean-Vic­tor Pon­ce­let. Ele estu­dou o pólo e as linhas pola­res asso­ci­a­das à cóni­ca que leva­ram ao prin­cí­pio da dua­li­da­de. Em 1822 publi­cou Trai­té des pro­prié­tés pro­jec­ti­ves des figu­res em que apre­sen­tou as suas idei­as fun­da­men­tais de geo­me­tria pro­jec­ti­va tais como a rela­ção cru­za­da, pers­pec­ti­va, invo­lu­ção e os pon­tos cir­cu­la­res ao infi­ni­to. Como pro­fes­sor de mecâ­ni­ca (1825–35), apli­cou a mecâ­ni­ca para melho­rar as rodas de água e foi capaz de dupli­car a sua eficiência.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1872, o enge­nhei­ro eléc­tri­co inglês Wil­li­am Du Bois Dud­dell. Ele inven­tou o osci­ló­gra­fo de bobi­na móvel sen­sí­vel capaz de regis­tar foto­gra­fi­ca­men­te um pon­to de luz que tra­ça as osci­la­ções de uma ten­são eléc­tri­ca, e outros ins­tru­men­tos eléc­tri­cos. Ele con­ce­beu o que pode ser con­si­de­ra­do como o pri­mei­ro ins­tru­men­to musi­cal eléc­tri­co, o Arco Can­tan­te (1899), com base nos sons emi­ti­dos por uma lâm­pa­da eléc­tri­ca de arco de car­bo­no quan­do a sua ten­são de ali­men­ta­ção era vari­a­da. Foi um resul­ta­do da sua inves­ti­ga­ção para resol­ver o pro­ble­ma dos ruí­dos inde­se­já­veis de zum­bi­do gera­do pela ilu­mi­na­ção de rua em arco de car­bo­no. Esta inves­ti­ga­ção des­co­briu um prin­cí­pio asso­ci­a­do de resis­tên­cia nega­ti­va. As frequên­ci­as de áudio foram gera­das pela comu­ta­ção de cir­cui­tos res­so­nan­tes ade­qua­dos para o arco.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1906, o mate­má­ti­co fran­cês Jean Dieu­don­né. Ele ficou conhe­ci­do pelos seus escri­tos sobre álge­bra abs­trac­ta, aná­li­se fun­ci­o­nal, topo­lo­gia, e a sua teo­ria dos gru­pos de Lie. Dieu­don­né foi um dos dois prin­ci­pais con­tri­buin­tes para a série de tex­tos Bour­ba­ki. Come­çou a sua car­rei­ra mate­má­ti­ca tra­ba­lhan­do na aná­li­se de poli­nó­mi­os. Tra­ba­lhou numa gran­de vari­e­da­de de áre­as mate­má­ti­cas incluin­do topo­lo­gia geral, espa­ços vec­to­ri­ais topo­ló­gi­cos, geo­me­tria algé­bri­ca, teo­ria inva­riá­vel e os gru­pos clássicos.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1956, o bioquí­mi­co, gene­ti­cis­ta e onco­lo­gis­ta ame­ri­ca­no Gregg L. Semen­za. Ele par­ti­lhou o Pré­mio Nobel da Medi­ci­na de 2019 com Wil­li­am G. Kae­lin Jr. e Peter J. Rat­clif­fe, pelo seu tra­ba­lho sobre como as célu­las se sen­tem e se adap­tam à dis­po­ni­bi­li­da­de de oxi­gé­nio. Semen­za fez a des­co­ber­ta pio­nei­ra do HIF‑1 (fac­tor indu­zí­vel de hipo­xia 1), uma pro­teí­na, que con­tro­la os genes em res­pos­ta a mudan­ças na dis­po­ni­bi­li­da­de de oxi­gé­nio, e ajus­ta a quan­ti­da­de de oxi­gé­nio que é rece­bi­da pelas célu­las. Esta linha de inves­ti­ga­ção tem impli­ca­ções de gran­de alcan­ce no tra­ta­men­to de vári­as doen­ças, incluin­do can­cro, ata­ques car­día­cos, ane­mia e aci­den­tes vas­cu­la­res cere­brais. Por exem­plo, podem ser fei­tos mais estu­dos para exa­mi­nar se as célu­las can­ce­ro­sas estão à pro­cu­ra de oxi­gé­nio quan­do se espa­lham pelos teci­dos cir­cun­dan­tes e pela cor­ren­te san­guí­nea que as trans­por­ta pelo corpo.

Faz hoje trin­ta anos que foi fei­ta a pri­mei­ra cha­ma­da ofi­ci­al GSM entre o anti­go pri­mei­ro-minis­tro fin­lan­dês Har­ri Hol­ke­ri e o vice-pre­si­den­te de Tam­pe­re Kaa­ri­na Suo­nio, a 1 de Julho de 1991, durou pou­co mais de três minu­tos. A Nokia desen­vol­veu duran­te dois inten­sos anos a tec­no­lo­gia que viria a per­mi­tir este feito.

O rádio tran­sís­tor foi uma mara­vi­lha tec­no­ló­gi­ca que colo­cou a músi­ca lite­ral­men­te nas mãos dos con­su­mi­do­res em mea­dos da déca­da de 1950. Era bara­to, fiá­vel e por­tá­til, mas nun­ca con­se­guia sequer apro­xi­mar a qua­li­da­de sono­ra de um dis­co a ser toca­do numa apa­re­lha­gem domés­ti­ca. Era, no entan­to, a úni­ca tec­no­lo­gia dis­po­ní­vel para os aman­tes de músi­ca em movi­men­to até que a Sony Cor­po­ra­ti­on desen­ca­de­ou uma revo­lu­ção na elec­tró­ni­ca pes­so­al com a intro­du­ção do pri­mei­ro lei­tor de cas­se­tes esté­reo pes­so­al. Um apa­re­lho tão espan­to­so no pri­mei­ro encon­tro como o tele­mó­vel ou câma­ra digi­tal seria mais tar­de, o Sony Walk­man foi pos­to à ven­da pela pri­mei­ra vez em 1 de Julho de 1979.

Nes­ta sema­na que pas­sou foi lan­ça­do o Ker­nel de Linux 5.13. As prin­ci­pais novi­da­des são o supor­te ini­ci­al para o Apple M1, supor­te pre­li­mi­nar para a pla­ca grá­fi­ca inte­gra­da no CPU Intel Alder Lake S, supor­te para o HDMI adap­ta­ti­vo das GPUs da AMD, um novo dri­ver gené­ri­co USB, supor­te bas­tan­te melhor da arqui­tec­tu­ra RISC‑V. Tra­tou-se de um dos mai­o­res lan­ça­men­tos com cer­ca de 17 mil alterações.

Tam­bém nes­ta sema­na que pas­sou a Klein Visi­on fez uma demons­tra­ção das capa­ci­da­des do seu pro­to­ti­po do Air­Car, um car­ro voa­dor, fazen­do uma via­gem de cer­ca de 35 minu­tos entre duas cida­des da Eslo­vá­quia. O vei­cu­lo voa a uma velo­ci­da­de de cru­zei­ro de 190 km/h e a uma alti­tu­de de cer­ca de 2500 metros. É objec­ti­vo da com­pa­nhia desen­vol­ver um novo pro­to­ti­po que con­si­ga atin­gir velo­ci­da­des de cru­zei­ro de cer­ca de 300 km/h e ter uma auto­no­mia de cer­ca de 1000 qui­ló­me­tros sem reabastecimentos.

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Newsletter Nº321

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News­let­ter Nº321

Faz hoje anos que nas­cia, em 1771, o indus­tri­al fran­co-ame­ri­ca­no Éleuthè­re Iré­née du Pont. Ele emi­grou após a Revo­lu­ção Fran­ce­sa de Fran­ça para os Esta­dos Uni­dos em 1800. A par­tir de 1788, tra­ba­lhou para o quí­mi­co fran­cês Antoi­ne Lavoi­si­er, então che­fe dos tra­ba­lhos reais em pó, e tor­nou-se o seu pri­mei­ro assis­ten­te em 1791. Assim, teve o conhe­ci­men­to para reco­nhe­cer uma opor­tu­ni­da­de de fabri­car pól­vo­ra nos EUA, e em 1803 tinha esta­be­le­ci­do um peque­no moi­nho em Wil­ming­ton, Delawa­re. Ordens gover­na­men­tais duran­te a guer­ra ame­ri­ca­na de 1812 fize­ram da Du Pont o prin­ci­pal fabri­can­te dos EUA. Des­de este iní­cio, diver­si­fi­cou com inte­res­ses num moi­nho de lã, uma fábri­ca de algo­dão, um cur­tu­me e tor­nou-se direc­tor do Ban­co dos Esta­dos Unidos.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1835, o quí­mi­co ale­mão Johan­nes Wis­li­ce­nus. O seu tra­ba­lho pio­nei­ro levou ao reco­nhe­ci­men­to da impor­tân­cia da dis­po­si­ção espa­ci­al dos áto­mos den­tro de uma molé­cu­la. É conhe­ci­do pelo seu tra­ba­lho sobre os áci­dos lác­ti­cos, e em par­ti­cu­lar pelas suas des­co­ber­tas no estu­do do iso­me­ris­mo geo­mé­tri­co (a exis­tên­cia de fór­mu­las idên­ti­cas com pro­pri­e­da­des quí­mi­cas dife­ren­tes) dos com­pos­tos orgânicos.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1880, o mate­má­ti­co nor­te-ame­ri­ca­no Oswald Veblen. Ele deu impor­tan­tes con­tri­bui­ções na topo­lo­gia ini­ci­al, e na geo­me­tria pro­jec­ti­va e dife­ren­ci­al — tra­ba­lho que encon­trou apli­ca­ções na físi­ca ató­mi­ca e na teo­ria da rela­ti­vi­da­de. Em 1905, ele pro­vou o teo­re­ma da cur­va do Jor­dão, que afir­ma que cada loop não auto-inter­sec­tan­te no pla­no divi­de o pla­no num “inte­ri­or” e um “exte­ri­or”. Embo­ra pos­sa pare­cer óbvio na sua afir­ma­ção, é um teo­re­ma mui­to difí­cil de pro­var. Duran­te a II Guer­ra Mun­di­al, ele este­ve envol­vi­do na super­vi­são do tra­ba­lho que pro­du­ziu o com­pu­ta­dor digi­tal elec­tró­ni­co pio­nei­ro ENIAC. O seu nome é come­mo­ra­do pelo Pré­mio Oswald Veblen da Ame­ri­can Mathe­ma­ti­cal Soci­ety. Atri­buí­do de cin­co em cin­co anos, é o pré­mio de mai­or pres­tí­gio em reco­nhe­ci­men­to da notá­vel inves­ti­ga­ção em geometria.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1883, o físi­co aus­tría­co-ame­ri­ca­no Vic­tor Fran­cis Hess. Ele par­ti­lhou (com Carl D. Ander­son dos Esta­dos Uni­dos) o Pré­mio Nobel da Físi­ca em 1936 pela sua des­co­ber­ta dos rai­os cós­mi­cos (radi­a­ção de alta ener­gia ori­gi­na­da no espa­ço exte­ri­or). Por meio de ins­tru­men­tos trans­por­ta­dos em balões, Hess e outros pro­va­ram que a radi­a­ção que ioni­za a atmos­fe­ra é de ori­gem cós­mi­ca. Ele obser­vou um ciclo de 27 dias de inten­si­da­de de radi­a­ção cós­mi­ca ao cam­po mag­né­ti­co do sol e correlacionou‑o com o perío­do de 27 dias de rota­ção do sol. Tam­bém tra­ba­lhou na con­cep­ção de méto­dos para a detec­ção de quan­ti­da­des míni­mas de subs­tân­ci­as radi­o­ac­ti­vas. Hess fez con­tri­bui­ções bási­cas para uma com­pre­en­são da radi­a­ção e dos seus efei­tos sobre o cor­po humano.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1909, o físi­co nucle­ar bri­tâ­ni­co Wil­li­am Pen­ney. Ele lide­rou o desen­vol­vi­men­to da bom­ba ató­mi­ca na Grã-Bre­ta­nha. Pen­ney este­ve na Grã-Bre­ta­nha como Robert Oppe­nhei­mer este­ve nos EUA. Foi uma par­te pro­e­mi­nen­te da Mis­são Bri­tâ­ni­ca em Los Ala­mos duran­te a II Guer­ra Mun­di­al, onde a sua prin­ci­pal mis­são era estu­dar os efei­tos noci­vos da explo­são da bom­ba ató­mi­ca, mas tam­bém se envol­veu em estu­dos de implo­são. A com­bi­na­ção de perí­cia, habi­li­da­de ana­lí­ti­ca, comu­ni­ca­ção efi­caz, e a capa­ci­da­de de os tra­du­zir em apli­ca­ção prá­ti­ca, fize­ram dele um dos cin­co mem­bros do “brain trust” de Los Ala­mos que tomou deci­sões cha­ve. Ele foi o úni­co bri­tâ­ni­co a fazer par­te do Comi­té dos Dez Homens Alvo que ela­bo­rou a lis­ta de alvos para o bom­bar­de­a­men­to ató­mi­co do Japão.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1915, o astró­no­mo e mate­má­ti­co inglês Fred Hoy­le. Ele é mais conhe­ci­do como o prin­ci­pal pro­po­nen­te e defen­sor da teo­ria do esta­do esta­ci­o­ná­rio do uni­ver­so. Esta teo­ria sus­ten­ta que o uni­ver­so está em expan­são e que a maté­ria está a ser con­ti­nu­a­men­te cri­a­da para man­ter cons­tan­te a den­si­da­de média da maté­ria no espa­ço. Tor­nou-se o astró­no­mo mais conhe­ci­do da Grã-Bre­ta­nha em 1950 com as suas pales­tras sobre A Natu­re­za do Uni­ver­so, e lem­brou-se de cunhar o ter­mo “Big Bang” na últi­ma des­sas pales­tras. Embo­ra ao lon­go do tem­po, a cren­ça num uni­ver­so em “esta­do está­vel” como Hoy­le tinha pro­pos­to foi par­ti­lha­da por cada vez menos cien­tis­tas devi­do a novas des­co­ber­tas, Hoy­le nun­ca acei­tou a ago­ra mais popu­lar teo­ria do “Big Bang” para a ori­gem do universo.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1927, o físi­co ame­ri­ca­no Mar­tin Perl. Ele rece­beu o Pré­mio Nobel da Físi­ca de 1995 por ter des­co­ber­to uma par­tí­cu­la suba­tó­mi­ca a que deu o nome de tau, um lep­tão maci­ço com uma car­ga nega­ti­va. O tau, que encon­trou em mea­dos dos anos 70, foi a pri­mei­ra pro­va de uma ter­cei­ra “gera­ção” de par­tí­cu­las fun­da­men­tais. É um pri­mo super-pesa­do do elec­trão, idên­ti­co em todos os aspec­tos, excep­to que o tau é mais de 3.500 vezes mais pesa­do que o elec­trão e sobre­vi­ve menos de um tri­lião de segun­do, enquan­to que o elec­trão é estável.

Faz hoje 22 anos que a son­da Cas­si­ni da NASA voo per­to de Vénus na sua jor­na­da até Satur­no. Apro­vei­tan­do a gra­vi­da­de de Vénus, a Cas­si­ni ganhou impul­so sufi­ci­en­te duran­te o encon­tro para pas­sar a cin­tu­ra de aste­rói­des. Depois de Vénus, a Cas­si­ni voou pela Ter­ra, pela Lua e por Júpi­ter antes de che­gar a Satur­no. Toda a via­gem de Vénus a Satur­no demo­rou cer­ca de cin­co anos.

Hoje a Micro­soft lan­çou a nova ver­são do seu Sis­te­ma — o Win­dows 11. Este novo sis­te­ma sim­pli­fi­ca o design e a expe­ri­ên­cia do uti­li­za­dor para poten­ci­ar a sua pro­du­ti­vi­da­de e ins­pi­rar a sua cri­a­ti­vi­da­de. É moder­no, fres­co, lim­po e boni­to. Des­de o novo botão Start e bar­ra de tare­fas até cada som, fon­te e íco­ne, tudo foi fei­to inten­ci­o­nal­men­te para o colo­car no con­tro­lo e tra­zer uma sen­sa­ção de cal­ma e faci­li­da­de. Foi colo­ca­do o botão de Start no cen­tro e tor­nou-se mais fácil encon­trar rapi­da­men­te o que pre­ci­sa. Start uti­li­za o poder da nuvem e do Micro­soft 365 para lhe mos­trar os seus fichei­ros recen­tes, inde­pen­den­te­men­te da pla­ta­for­ma ou dis­po­si­ti­vo em que os esta­va a visu­a­li­zar ante­ri­or­men­te, mes­mo que esti­ves­se num dis­po­si­ti­vo Android ou iOS. Os requi­si­tos míni­mos tam­bém foram incre­men­ta­dos rela­ti­va­men­te ao Win­dows 10 e pas­sa ser exi­gi­do um pro­ces­sa­dor de 64 bits de pelo menos 1 Ghz, míni­mo de 4 GB de memó­ria, 64 GB de dis­co, sis­te­ma de boot UEFI e dis­po­si­ti­vo de apre­sen­ta­ção de pelo menos 9 pole­ga­das com 1366x768 de reso­lu­ção mini­ma e com­pa­tí­vel com o DirectX 12.

É tam­bém hoje que é pos­sí­vel obser­var a pri­mei­ra lua cheia des­te verão. A lua cheia des­ta noi­te é tam­bém uma super-lua, que ocor­re quan­do a lua está no seu pon­to mais pró­xi­mo da Ter­ra na sua órbi­ta, tam­bém conhe­ci­da como peri­geu. Por sua vez, a lua pare­ce­rá ligei­ra­men­te mai­or e mais bri­lhan­te, uma vez que está mais pró­xi­ma da Ter­ra do que é habi­tu­al. A Lua de Moran­guei­ro de Junho é a segun­da e últi­ma super-lua do ano.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­da a revis­ta Mag­PI Nº107 de Julho.

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Newsletter Nº320

Newsletter Nº320
News­let­ter Nº320

Faz hoje anos que nas­cia, em 1800, o astró­no­mo irlan­dês Wil­li­am Par­sons, 3rd Earl of Ros­se. Ele cons­truiu o mai­or teles­có­pio reflec­tor do sécu­lo XIX. Apren­deu a polir espe­lhos de metal (1827) e pas­sou os anos seguin­tes a cons­truir um teles­có­pio de 36 pole­ga­das. Mais tar­de, com­ple­tou um teles­có­pio gigan­te de 72 pole­ga­das (1845) a que deu o nome de “Levi­athan”, que per­ma­ne­ceu o mai­or jamais cons­truí­do até déca­das após a sua mor­te. Foi o pri­mei­ro a resol­ver a for­ma espi­ral dos objec­tos — ante­ri­or­men­te vis­tos ape­nas como nuvens — que mui­to mais tar­de foram iden­ti­fi­ca­dos como galá­xi­as inde­pen­den­tes da nos­sa pró­pria galá­xia Via Lác­tea e a milhões de anos-luz de dis­tân­cia. O seu pri­mei­ro avis­ta­men­to foi fei­to em 1845, e em 1850 tinha des­co­ber­to mais 13. Em 1848, encon­trou e nome­ou a Nebu­lo­sa de Can­cer (por­que pen­sa­va que se asse­me­lha­va a um caran­gue­jo), nome pelo qual ain­da é conhecido.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1821, o quí­mi­co e con­fe­ren­cis­ta inglês John Henry Pep­per. Ele inven­tou a ilu­são “Pep­per’s Ghost” uti­li­za­da em pal­co para pro­por­ci­o­nar o efei­to de um actor que apa­re­ce como uma ima­gem trans­pa­ren­te e desa­pa­re­ce no ar. Uti­li­zou uma gran­de cha­pa de vidro no pal­co, incli­na­da a um ângu­lo de 45 graus em rela­ção ao chão. A uti­li­za­ção de ilu­mi­na­ção espe­ci­al per­mi­tiu ao públi­co ver o refle­xo de um actor colo­ca­do fora do pal­co, fora da vis­ta direc­ta do públi­co. Pep­per apren­deu pela pri­mei­ra vez a usar o show­manship para o públi­co no Royal Poly­te­ch­nic Ins­ti­tu­ti­on de Lon­dres para apre­sen­tar demons­tra­ções expe­ri­men­tais de rit­mo rápi­do e sur­pre­en­den­te para aumen­tar a com­pre­en­são do públi­co dos fenó­me­nos em físi­ca e quí­mi­ca. Na déca­da de 1870, expan­diu as suas acti­vi­da­des a uma audi­ên­cia glo­bal, visi­tan­do a Aus­trá­lia, o Cana­dá e os Esta­dos Unidos.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1832, o físi­co e quí­mi­co inglês Wil­li­am Cro­o­kes. Ele des­co­briu o ele­men­to tálio e mos­trou que os rai­os cató­di­cos eram par­tí­cu­las em movi­men­to rápi­do, car­re­ga­das nega­ti­va­men­te. O espa­ço escu­ro Cro­o­kes é a região escu­ra em tor­no de um cáto­do que faz des­car­gas eléc­tri­cas a bai­xa pres­são. Ele inven­tou o radió­me­tro (1875) no qual qua­tro palhe­tas sus­pen­sas numa agu­lha no vácuo com um lado pre­to e o outro bran­co são obser­va­das a rodar pelo efei­to da luz inci­den­te. Inven­tou tam­bém o espin­tis­có­pio (1903), que reve­la par­tí­cu­las alfa emi­ti­das pelo rádio, enquan­to a luz pis­ca quan­do estas inci­dem sobre uma tela de sul­fu­re­to de zin­co vis­ta sob ampli­a­ção. Os seus inte­res­ses incluíam o espi­ri­tu­a­lis­mo, mas for­ne­ci­am uma ori­en­ta­ção mais prá­ti­ca para melho­rar o sane­a­men­to e os fer­ti­li­zan­tes artificiais.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1898, o artis­ta e ilus­tra­dor holan­dês M. C. Escher. Ele ficou famo­so pelas suas mui­tas obras de arte moder­na com ilu­sões de pers­pec­ti­va inven­ti­vas e intrin­ca­das pavi­men­ta­ções e ins­pi­ra­ções da mate­má­ti­ca. A sua arte é apre­ci­a­da por milhões de pes­so­as em todo o mun­do, como se pode ver nos mui­tos web­si­tes rela­ti­vos à sua vida e obra. É mais famo­so pelas suas cons­tru­ções ditas impos­sí­veis, tais como Ascen­den­te e Des­cen­den­te, Rela­ti­vi­da­de assim como as suas Impres­sões de Trans­for­ma­ção, tais como Meta­mor­fo­se I, II e III, Céu e Água I ou Répteis.

Nes­ta sema­na que pas­sou três astro­nau­tas chi­ne­ses a bor­do da nave espa­ci­al Shenzhou-12 entra­ram no módu­lo cen­tral da esta­ção espa­ci­al chi­ne­sa Tia­nhe. Depois de Shenzhou-12 ter com­ple­ta­do com suces­so um rápi­do encon­tro auto­má­ti­co e aco­pla­do com o módu­lo orbi­tal Tia­nhe, a tri­pu­la­ção de Shenzhou-12 entrou na cáp­su­la orbi­tal a par­tir da cáp­su­la de retor­no da nave espacial.
Após uma série de pre­pa­ra­ti­vos, os astro­nau­tas abri­ram as esco­ti­lhas do nó e do módu­lo de Tia­nhe. Às 18:48, Nie Haisheng, Liu Boming e Tang Hong­bo tinham entra­do um a um no módu­lo Tia­nhe, sig­ni­fi­can­do que pela pri­mei­ra vez os chi­ne­ses tinham entra­do na sua pró­pria esta­ção espacial.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­da a revis­ta HackS­pa­ce­Mag Nº44 de Julho.

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Newsletter Nº319

Newsletter Nº319
News­let­ter Nº319

Faz hoje anos que nas­cia, em 1706, o fabri­can­te inglês de ins­tru­men­tos ópti­cos e astro­nó­mi­cos John Dol­lond. Ele desen­vol­veu (1758) e paten­te­ou um teles­có­pio refrac­tor acro­má­ti­co (sem dis­tor­ção de cor) e um heli­o­me­tro prá­ti­co, um teles­có­pio usa­do para medir o diâ­me­tro do Sol e os ângu­los entre os cor­pos celes­tes. Na déca­da de 1730, Ches­ter More Hall, um advo­ga­do com inte­res­se em teles­có­pi­os, des­co­briu pela pri­mei­ra vez que o vidro de sílex pare­cia ter uma dis­per­são de cor mai­or do que o vidro da coroa com as mes­mas ampli­a­ções. Hall con­cluiu que se ele cimen­tas­se a face côn­ca­va de uma len­te de sílex à face con­ve­xa de uma len­te de vidro coroa, ele podia remo­ver as pro­pri­e­da­des de dis­per­são (e, por­tan­to, a aber­ra­ção cro­má­ti­ca) de ambas as len­tes simul­ta­ne­a­men­te. Dol­lond apren­deu a téc­ni­ca na déca­da de 1750 e desenvolveu‑a.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1710, o ópti­co e astró­no­mo bri­tâ­ni­co James Short. Ele pro­du­ziu os pri­mei­ros espe­lhos ver­da­dei­ra­men­te para­bó­li­cos e elíp­ti­cos (por­tan­to, qua­se sem dis­tor­ção) para teles­có­pi­os reflec­to­res. Duran­te a sua vida pro­fis­si­o­nal de mais de 35 anos, Short fez cer­ca de 1.360 ins­tru­men­tos — não ape­nas para cli­en­tes na Grã-Bre­ta­nha, mas tam­bém para expor­ta­ção: um ain­da está pre­ser­va­do em Leni­ne­gra­do, outro em Upp­sa­la e vári­os na Amé­ri­ca. Short foi o prin­ci­pal cal­cu­la­dor das obser­va­ções do Trân­si­to de Vénus fei­tas em todo o mun­do em 6 de Junho de 1761. Os seus ins­tru­men­tos via­ja­ram no Ende­a­vour com o Capi­tão Cook para obser­var o pró­xi­mo Trân­si­to de Vénus em 3 de Junho de 1769, mas Short mor­reu antes que esse even­to acontecesse.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1803, o enge­nhei­ro hidráu­li­co fran­cês Henry Darcy. Ele foi o pri­mei­ro que deri­vou a equa­ção (ago­ra conhe­ci­da como lei de Darcy) que gover­na o flu­xo lami­nar (não tur­bu­len­to) de flui­dos em mei­os homo­gé­ne­os e poro­sos. Em 1856, os estu­dos moder­nos das águas sub­ter­râ­ne­as come­ça­ram quan­do Darcy foi con­tra­ta­do para desen­vol­ver um sis­te­ma de puri­fi­ca­ção de água para a cida­de de Dijon, Fran­ça. Ele cons­truiu o pri­mei­ro apa­ra­to expe­ri­men­tal para estu­dar as carac­te­rís­ti­cas do flu­xo da água atra­vés da ter­ra. A par­tir das suas expe­ri­ên­ci­as, ele deri­vou a equa­ção da Lei de Darcy, que des­cre­ve o flu­xo da água na natu­re­za, que é fun­da­men­tal para a com­pre­en­são dos sis­te­mas de água sub­ter­râ­nea. Ele rea­li­zou tes­tes exten­si­vos de fil­tra­gem e resis­tên­cia do tubo.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1832, o enge­nhei­ro e inven­tor ale­mão Nico­laus Otto. Ele desen­vol­veu o motor de com­bus­tão inter­na de qua­tro tem­pos, que ofe­re­ceu a pri­mei­ra alter­na­ti­va prá­ti­ca ao motor a vapor como fon­te de ener­gia. Um enge­nhei­ro fran­cês, Alphon­se Beau de Rochas, for­mu­lou o pro­jec­to bási­co para o motor de com­bus­tão inter­na de qua­tro tem­pos e patenteou‑o em 1862, mas nun­ca cons­truiu um mode­lo fun­ci­o­nal. Em 1876, Otto usou prin­cí­pi­os de Beau de Rochas e outros para cons­truir o pro­tó­ti­po dos moto­res de auto­mó­veis de hoje, mui­tas vezes cha­ma­dos de motor de ciclo Otto. Ele ven­deu milha­res de cópi­as antes que Beau de Rochas o pro­ces­sas­se e inva­li­das­se a paten­te de Otto. Mas moto­res leves e efi­ci­en­tes do ciclo Otto pos­si­bi­li­ta­ram em gran­de par­te a cri­a­ção de auto­mó­veis, bar­cos a motor, moto­ci­cle­tas e até aviões.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1927, o físi­co ame­ri­ca­no Euge­ne Par­ker. Ele fez exten­sas pes­qui­sas sobre o ven­to solar e os efei­tos dos cam­pos mag­né­ti­cos na heli­os­fe­ra. Além de aumen­tar a com­pre­en­são da coroa solar, seu tra­ba­lho inves­ti­gou as com­ple­xas inte­rac­ções elec­tro­mag­né­ti­cas tan­to no sol quan­to em sua inte­rac­ção com o cam­po mag­né­ti­co ter­res­tre. Ele viveu para ver mode­los teó­ri­cos (que ele desen­vol­veu antes da era espa­ci­al) serem con­fir­ma­dos por son­das espa­ci­ais na heli­os­fe­ra. As suas idei­as ori­gi­nais foram for­ma­das a par­tir das infor­ma­ções limi­ta­das dis­po­ní­veis a par­tir de obser­va­ções das cau­das dos come­tas à medi­da que eram modi­fi­ca­dos a via­jar per­to do sol. Ele cunhou o nome de “ven­to solar” na déca­da de 1950, para a cas­ca­ta de ener­gia quan­do propôs como nos­so sol (e outras estre­las) emi­tem energia.

A 1752, Ben­ja­min Fran­klin usa um papa­gaio duran­te uma tem­pes­ta­de e car­re­ga a car­ga eléc­tri­ca ambi­en­te numa jar­ra de Ley­den, per­mi­tin­do-lhe demons­trar a cone­xão entre relâm­pa­gos e elec­tri­ci­da­de. Fran­klin inte­res­sou-se por elec­tri­ci­da­de em mea­dos da déca­da de 1740, uma épo­ca em que ain­da se des­co­nhe­cia mui­to sobre o assun­to, e pas­sou qua­se uma déca­da a rea­li­zar expe­ri­ên­ci­as com elec­tri­ci­da­de. Ele cunhou vári­os ter­mos usa­dos hoje, incluin­do bate­ria, con­du­tor e elec­tri­cis­ta. Ele tam­bém inven­tou o pára-rai­os, usa­do para pro­te­ger edi­fí­ci­os e navios.

Nes­ta sema­na que pas­sou o heli­cóp­te­ro Inge­nuity com­ple­ta o seu séti­mo voo na super­fí­cie de Mar­te. O heli­cóp­te­ro de 1,8 qui­los vol­tou aos céus mar­ci­a­nos na ter­ça-fei­ra (8 de Junho), fazen­do a sua pri­mei­ra saí­da des­de que lutou con­tra uma ano­ma­lia em voo, a 22 de Maio. E não hou­ve pro­ble­mas des­ta vez.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos, pro­je­tos de maker assim como alguns vide­os inte­res­san­tes. É apre­sen­ta­do o livro “The Com­pu­ters That Made Britain”

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