Newsletter Nº286

Newsletter Nº286
News­let­ter Nº286

Faz hoje anos que nas­cia, em 1881, o físi­co nor­te-ame­ri­ca­no Clin­ton Davis­son. Ele divi­diu o Pré­mio Nobel de Físi­ca em 1937 (com o inglês Geor­ge P. Thom­son) por des­co­brir que os elec­trões podem ser difrac­ta­dos como ondas de luz, veri­fi­can­do assim a tese de Louis de Bro­glie de que os elec­trões com­por­tam-se tan­to como ondas assim como par­tí­cu­las. Davis­son estu­dou o efei­to do bom­bar­de­a­men­to de elec­trões em super­fí­ci­es e obser­vou que o ângu­lo de refle­xão pode depen­der da ori­en­ta­ção do cris­tal. Seguin­do a teo­ria de Louis de Bro­glie da natu­re­za ondu­la­tó­ria das par­tí­cu­las, ele per­ce­beu que os seus resul­ta­dos pode­ri­am ser devi­dos à difrac­ção de elec­trões pelo padrão dos áto­mos na super­fí­cie do cris­tal. Davis­son tra­ba­lhou com Les­ter Ger­mer numa expe­ri­ên­cia na qual elec­trões rico­che­te­an­do numa super­fí­cie de níquel pro­du­zi­ram padrões de onda seme­lhan­tes aos for­ma­dos pela luz reflec­ti­da numa rede de difrac­ção e apoi­an­do o com­pri­men­to de onda do elec­trão de Bro­glie. Esta des­co­ber­ta foi apli­ca­da ao estu­do da estru­tu­ra nucle­ar, ató­mi­ca e mole­cu­lar. Davis­son aju­dou a desen­vol­ver o micros­có­pio elec­tró­ni­co que usa a natu­re­za de onda dos elec­trões para ver deta­lhes mais peque­nos que o com­pri­men­to de onda da luz visível.

Faz tam­bém hoje anos que nas­cia, em 1902, o quí­mi­co nor­te-ame­ri­ca­no Frank Sped­ding. Ele desen­vol­veu pro­ces­sos de redu­ção de ele­men­tos indi­vi­du­ais de ter­ras raras ao esta­do metá­li­co a bai­xo cus­to, tor­nan­do assim essas subs­tân­ci­as dis­po­ní­veis para a indús­tria a pre­ços razoá­veis. Ante­ri­or­men­te, após a des­co­ber­ta da fis­são nucle­ar em 1939, o gover­no dos Esta­dos Uni­dos pediu aos prin­ci­pais cien­tis­tas que se unis­sem ao desen­vol­vi­men­to da ener­gia nucle­ar. Em 1942, Frank H. Sped­ding do Iowa Sta­te Col­le­ge, um espe­ci­a­lis­ta em quí­mi­ca de ter­ras raras, con­cor­dou em esta­be­le­cer a par­te Ames do Pro­jec­to Manhat­tan, ten­do como resul­ta­do um pro­ce­di­men­to fácil e bara­to para pro­du­zir urâ­nio de alta qualidade.

Por fim, faz hoje anos que nas­cia, em 1905, o enge­nhei­ro elec­tro­téc­ni­co nor­te-ame­ri­can Karl Guthe Jansky. Ele des­co­briu as emis­sões de rádio cós­mi­cas em 1932. Nos labo­ra­tó­ri­os Bell em NJ, Jansky esta­va a seguir os ruí­dos cre­pi­tan­tes de está­ti­ca que ator­men­ta­vam a recep­ção de tele­fo­ne no exte­ri­or. Ele des­co­briu que cer­tas ondas de rádio vinham de uma região espe­cí­fi­ca do céu a cada 23 horas e 56 minu­tos, da direc­ção de Sagi­tá­rio em direc­ção ao cen­tro da Via Lác­tea. Na publi­ca­ção do seus resul­ta­dos, ele suge­riu que a emis­são de rádio esta­va de algu­ma for­ma liga­da à Via Lác­tea e que pro­vi­nha não de estre­las, mas de gás inte­res­te­lar ioni­za­do. Aos 26 anos, Jansky fez uma des­co­ber­ta his­tó­ri­ca — que os cor­pos celes­tes podi­am emi­tir ondas de rádio assim como ondas de luz.

Foi a 22 de Outu­bro de 1879 que a lon­ga série de expe­ri­ên­ci­as de Edi­son a tes­tar mate­ri­ais como fila­men­to de luz eléc­tri­ca che­gou a um pon­to crí­ti­co. Char­les Bat­che­lor, a tra­ba­lhar no labo­ra­tó­rio de Edi­son em Men­lo Park, pro­du­ziu ilu­mi­na­ção duran­te 14 horas e meia a par­tir de uma lâm­pa­da usan­do um fio de algo­dão car­bo­ni­za­do. Ela falhou quan­do foi adi­ci­o­na­da ener­gia extra. No entan­to, esta foi uma melho­ria tão subs­tan­ci­al, que a aten­ção se vol­tou para melho­rar o fila­men­to car­bo­ni­za­do. As paten­tes foram regis­ta­das e, em dois meses, o pro­gres­so com a lâm­pa­da Edi­son foi tor­na­do públi­co. Um arti­go foi publi­ca­do em 21 de Dezem­bro pelo New York Herald. Nes­sa altu­ra, o labo­ra­tó­rio de Men­lo Park esta­va per­ma­nen­te­men­te ilu­mi­na­do pelas lâm­pa­das incan­des­cen­tes de Edison.

Nes­ta sema­na que pas­sou foi lan­ça­da a ver­são 20.10 da Dis­tro de Linux Ubun­tu. Esta Dis­tro é cri­a­da pela Cano­ni­cal e esta ver­são tem como prin­ci­pais novi­da­des o GNOME 3.38, o Ker­nel Linux 5.8, o GCC 10 e o Python 3.8. Esta é a pri­mei­ra ver­são que supor­ta ofi­ci­al­men­te o Rasp­ber­ry PI 4.

Tam­bém nes­ta sema­na que pas­sou a son­da OSI­RIS-REx entrou em con­tac­to com o aste­rói­de Ben­nu e fez reco­lha de amos­tras. Este momen­to foi mui­to cele­bra­do uma vez que este é o quar­to ano des­ta mis­são e este é um pon­to cru­ci­al da mes­ma. A son­da ago­ra deve­rá regres­sar à Ter­ra e che­gar daqui a três anos, em 2023.

Nes­ta sema­na foi tam­bém apre­sen­ta­da pela fun­da­ção Rasp­ber­ry PI a ver­são SOM (sys­tem-on-modu­le) do Rasp­ber­ry PI 4. Esta ver­são apre­sen­ta uma gran­de novi­da­de rela­ti­va­men­te às ante­ri­o­res — dei­xou de usar os conec­to­res do tipo JEDEC DDR2 e pas­sou a usar um conec­tor de alta den­si­da­de. Cons­truí­do com o mes­mo pro­ces­sa­dor BCM2711 quad-core de 64 bits do Rasp­ber­ry Pi 4, o novo Com­pu­te Modu­le 4 ofe­re­ce uma mudan­ça radi­cal no desem­pe­nho em rela­ção aos seus pre­de­ces­so­res: núcle­os de CPU mais rápi­dos, melhor mul­ti­mé­dia, mais recur­sos de inter­fa­ce e, pela pri­mei­ra vez, uma esco­lha de capa­ci­da­de de RAM e uma opção de conec­ti­vi­da­de Wifi. Exis­tem 32 vari­an­tes de onde esco­lher, entre as vari­as opções de RAM, sto­ra­ge eMMC e Wifi. A pla­ca de Módu­los de I/O onde se encai­xa a nova SOM tem supor­te para dois HDMI, Giga­bit Ether­net, uma PCI Express Gen2, RTC com bate­ria e duas Por­tas USB 2.0.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sas noti­ci­as, arti­gos cien­tí­fi­cos assim como pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­da a revis­ta Hacks­pa­ce Maga­zi­ne Nº36 de Novembro.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.