Newsletter Nº199

Newsletter Nº199
News­let­ter Nº199

Faz hoje anos que nas­cia, em 1791, John Mer­cer. Este quí­mi­co e indus­tri­al inglês inven­tou o pro­ces­so de mer­ce­ri­za­ção para o tra­ta­men­to de algo­dão que ain­da está em uso hoje e foi um pio­nei­ro na foto­gra­fia colo­ri­da. A par­tir dos 16 anos, e duran­te toda a sua vida, ele inves­ti­gou e desen­vol­veu coran­tes têx­teis quí­mi­cos. No final da sua vida, em 1844, ele des­co­briu que quan­do o algo­dão é tra­ta­do com pro­du­tos quí­mi­cos cáus­ti­cos, ele fica mais espes­so e mais cur­to — por­tan­to, mais resis­ten­te e resis­ten­te a enco­lhi­men­to. Além dis­so, o algo­dão era mais facil­men­te tin­gi­do, neces­si­ta­va de 30% menos coran­te, mais absor­ven­te e pode­ria rece­ber um atra­en­te bri­lho sedo­so. Ele cha­mou ao seu pro­ces­so de mer­ce­ri­za­ção e patenteou‑o em 1850. A mer­ce­ri­za­ção foi apli­ca­da a mui­tos outros mate­ri­ais, como per­ga­mi­nho e teci­do de lã, e con­ti­nua sen­do uma par­te impor­tan­te do pro­ces­so de aca­ba­men­to do algo­dão hoje.

Faz igual­men­te anos hoje que nas­cia, em 1951, Wil­li­am McDo­nough. Este arqui­tec­to e enge­nhei­ro ambi­en­tal nor­te-ame­ri­ca­no, pro­mo­ve o design de pro­du­tos para um futu­ro sus­ten­tá­vel “upcy­cling” — para subs­ti­tuir a mera reci­cla­gem por méto­dos para pro­ces­sar mate­ri­ais de for­ma a melho­rá-los para reu­ti­li­za­ção. Com Micha­el Braun­gart, ele escre­veu um livro, Cra­dle to Cra­dle, no qual cunhou a pala­vra “upcy­cling”. Por exem­plo, quan­do o papel é reci­cla­do ago­ra, o pro­du­to per­de qua­li­da­de à medi­da que o com­pri­men­to da fibra dimi­nui, pre­ci­sa de mais clo­ra­ção e está con­ta­mi­na­do com tin­ta tóxi­ca. Em vez dis­so, as árvo­res podem ser sal­vas para o papel de rea­bas­te­ci­men­to de oxi­gé­nio. Pági­nas leves impres­sas podem ser fei­tas de resi­nas plás­ti­cas que podem ser reci­cla­das inde­fi­ni­da­men­te, com tin­tas que são lava­das em banhos a 180 graus.

Nes­ta sema­na que pas­sou ficá­mos a saber que a Wes­tern Digi­tal publi­cou uma abs­tra­ção de design de nível de trans­fe­rên­cia de regis­to (RTL) do seu RISC‑V com núcleo SweRV pro­je­ta­do inter­na­men­te. O núcleo SweRV é um dos vári­os pro­je­tos RISC‑V que a empre­sa desen­vol­veu como par­te de seus esfor­ços para lide­rar a ISA, seu ecos­sis­te­ma, e pro­mo­ver a sua pró­pria tran­si­ção para outros núcle­os de CPU que não sejam licen­ci­a­dos e que não cobrem royal­ti­es. De acor­do com os objec­ti­vos de design mais aber­tos do RISC‑V, a publi­ca­ção da repre­sen­ta­ção de alto nível da SweTV sig­ni­fi­ca que ter­cei­ros podem usá-la nos seus pró­pri­os pro­jec­tos de chip, o que popu­la­ri­za­rá não ape­nas o design espe­cí­fi­co, mas tam­bém a arqui­tec­tu­ra RISC‑V em geral.

Tam­bém esta sema­na a son­da Japo­ne­sa Hayabusa‑2 ater­rou num aste­rói­de na ten­ta­ti­va de obter amos­tras de rocha da sua super­fí­cie. A agên­cia espa­ci­al japo­ne­sa (Jaxa) tinha pla­ne­a­do ini­ci­al­men­te rea­li­zar a ope­ra­ção de ater­ra­gem em Outu­bro do ano pas­sa­do. Mas a super­fí­cie do aste­rói­de é mui­to mais aci­den­ta­da do que o espe­ra­do, com nume­ro­sas pedras pesa­das difi­cul­tan­do a loca­li­za­ção de um local gran­de e pla­no o sufi­ci­en­te para ser fei­ta a reco­lha das amostras.

Hoje a Spa­ceX lan­ça­rá o fogue­tão Fal­con 9 em direc­ção à Lua com um modu­lo lunar isra­e­li­ta. Se a ater­ra­gem do módu­lo for bem suce­di­do, este será o pri­mei­ro fei­to com finan­ci­a­men­to pri­va­do a alcan­çar a super­fí­cie lunar. A son­da, cha­ma­da “Bereshe­et” (no come­ço), será lan­ça­da às 20h45. EST (0145 GMT, 22 de Feve­rei­ro) a par­tir do Cabo Cana­ve­ral, na Flo­ri­da. Apro­xi­ma­da­men­te 30 minu­tos após a des­co­la­gem do Fal­con 9, o Bereshe­et sepa­rar-se‑á do fogue­te numa órbi­ta de trans­fe­rên­cia a uma alti­tu­de de cer­ca de 60.000 qui­ló­me­tros. Dois minu­tos após a sepa­ra­ção, a nave espa­ci­al envi­a­rá sua pri­mei­ra comu­ni­ca­ção ao cen­tro de con­tro­le da mis­são, em Yehud, Israel.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker. É apre­sen­ta­da a revis­ta Hacks­pa­ce nº 16 assim como qua­tro livros sobre a lin­gua­gem Go.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.