Newsletter Nº170

Newsletter Nº170
News­let­ter Nº170

Faz hoje anos que nas­cia, em 1788, Leo­pold Gme­lin. Este quí­mi­co ale­mão des­co­briu o fer­ro-cia­ne­to de potás­sio (1822), inven­tou o tes­te de Gme­lin para pig­men­tos bili­a­res e pes­qui­sou a quí­mi­ca da diges­tão. Ele publi­cou o notá­vel Hand­bo­ok of Che­mis­try para pes­qui­sar exaus­ti­va­men­te o assun­to. Esta foi a pri­mei­ra actu­a­li­za­ção com­ple­ta des­de o tem­po de Lavoi­si­er. A quí­mi­ca orgâ­ni­ca foi um dos três volu­mes da pri­mei­ra edi­ção (1817). Assim, Gme­lin refor­çou a dis­tin­ção entre com­pos­tos inor­gâ­ni­cos, assim como Ber­ze­lius, que cunhou o nome orgâ­ni­co, ape­nas uma déca­da antes, para subs­tân­ci­as encon­tra­das em teci­dos vivos ou outro­ra vivos. Na quar­ta edi­ção (1843), o tra­ba­lho de Gme­lin expan­diu-se para nove volu­mes, dos quais seis eram sobre quí­mi­ca orgâ­ni­ca. Gme­lin atri­buiu os nomes de éster, ceto­na e áci­do racémico.

Faz tam­bém anos hoje que nas­cia, em 1820, John Tyn­dall. Este físi­co irlan­dês demons­trou o porquê do céu ser azul. Ele tor­nou-se conhe­ci­do para o mun­do cien­tí­fi­co em 1848 como autor de um tra­ba­lho subs­tan­ci­al sobre cris­tais. Ele estu­dou as pro­pri­e­da­des acús­ti­cas da atmos­fe­ra e a cor azul do céu, que ele suge­riu ser devi­do à dis­per­são da luz por peque­nas par­tí­cu­las de água. A sua repu­ta­ção cien­tí­fi­ca ini­ci­al foi base­a­da num estu­do de dia-mag­ne­tis­mo. Ele rea­li­zou pes­qui­sas sobre o calor radi­an­te, estu­dou a gera­ção espon­tâ­nea e a teo­ria dos ger­mes da doen­ça, o movi­men­to dos gla­ci­a­res, o som, a difu­são da luz na atmos­fe­ra e uma série de tópi­cos rela­ci­o­na­dos. Ele mos­trou que o ozo­no era um aglo­me­ra­do de oxi­gé­nio em vez de um com­pos­to de hidro­gé­nio, e inven­tou o res­pi­ra­dor fire­mans e fez outras inven­ções menos conhe­ci­das, incluin­do melho­res aler­tas de nevo­ei­ro. Uma de suas inven­ções mais impor­tan­tes, o tubo de luz, levou ao desen­vol­vi­men­to de fibra ópti­ca. O moder­no ins­tru­men­to de luz é conhe­ci­do como gas­tros­có­pio, que per­mi­te obser­va­ções inter­nas do estô­ma­go do paci­en­te sem cirurgia.

Faz igual­men­te hoje anos que nas­cia, em 1835, Elisha Gray. Este inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no sub­me­teu as suas idei­as para um tele­fo­ne no escri­tó­rio de paten­tes (14 de Feve­rei­ro de 1876) pou­cas horas depois de Ale­xan­der Graham Bell. Numa famo­sa bata­lha legal, Bell rece­beu pri­o­ri­da­de. Gray tra­ba­lhou mais tar­de para a Wes­tern Elec­tric, onde pro­jec­tou a impres­so­ra tele­grá­fi­ca, a cai­xa de res­pos­ta da A.D.T., e o anun­ci­a­dor de agu­lha, entre outras inven­ções. Ele tam­bém foi o cri­a­dor aci­den­tal do pri­mei­ro ins­tru­men­to musi­cal elec­tró­ni­co, um osci­la­dor bási­co de uma úni­ca nota usan­do um cir­cui­to elec­tro­mag­né­ti­co auto-vibran­te. Para ouvir essa nota, ele fez um dis­po­si­ti­vo de alto-falan­te sim­ples com um dia­frag­ma vibran­do num cam­po mag­né­ti­co. O seu pri­mei­ro “telé­gra­fo musi­cal” ou “telé­gra­fo har­mó­ni­co” tinha cir­cui­tos de uma úni­ca nota sufi­ci­en­tes para tocar duas oita­vas e, mais tar­de, ele acres­cen­ta­va um con­tro­le de roda de tom simples.

Por fim, faz anos hoje que nas­cia, em 1943, Frank A. Per­ret. Este enge­nhei­ro e inven­tor nor­te-ame­ri­ca­no que mais tar­de se tor­nou um vul­ca­nó­lo­go de cam­po pio­nei­ro. Usan­do a sua expe­ri­ên­cia ante­ri­or nos labo­ra­tó­ri­os de Tho­mas Edi­son, aos 20 anos, Per­ret co-fun­dou a Elek­tron Mfg Co. em Bro­o­klyn, NY, desen­vol­ven­do os moto­res, dína­mos e con­tro­les eléc­tri­cos que a empre­sa fabri­ca­va (e mais tar­de, ele­va­do­res). O pri­mei­ro ele­va­dor eléc­tri­co ame­ri­ca­no (1887) foi pro­va­vel­men­te ali­men­ta­do por um motor Elek­tron. Ele come­çou uma segun­da car­rei­ra em 1904 como um vul­ca­nó­lo­go, usan­do o seu conhe­ci­men­to eléc­tri­co para medir sua acti­vi­da­de sís­mi­ca. Ele tor­nou-se conhe­ci­do por seus estu­dos no Vesú­vio (1906), Etna (1910), Strom­bo­li e Kilau­ea (1911). A par­tir de 1929, ele viveu no sopé do Mont Pelée, Mar­ti­ni­ca, onde fun­dou um memo­ri­al museu vulcânico.

Nes­ta sema­na que pas­sou foi publi­ca­do um estu­do que apre­sen­ta dados, obti­dos a par­tir da lei­tu­ra de var­ri­men­tos de radar, da exis­tên­cia de um reser­va­tó­rio de agua em Mar­te. Este tem cer­ca de 19 km de com­pri­men­to e encon­tra-se per­to do pólo sul des­te pla­ne­ta. Este reser­va­tó­rio de agua sal­ga­da não é pro­va­vel­men­te o úni­co. “Exis­tem outras áre­as que pare­cem seme­lhan­tes. Não há razão para dizer que este é o úni­co”, diz Ele­na Pet­ti­nel­li, da Uni­ver­si­da­de Roma Tre, na Itá­lia, co-auto­ra do jor­nal que rela­tou a des­co­ber­ta na revis­ta Science.

Tam­bém esta sema­na ficá­mos a saber que a Esta­ção Espa­ci­al Inter­na­ci­o­nal é ofi­ci­al­men­te o lar da expe­ri­ên­cia mais fria no espa­ço. O Labo­ra­tó­rio Cold Atom da NASA (CAL) foi ins­ta­la­do no labo­ra­tó­rio cien­tí­fi­co da esta­ção nos EUA no final de maio e ago­ra pro­duz nuvens de áto­mos super-fri­os conhe­ci­dos como con­den­sa­dos de Bose-Eins­tein. Essas “BECs” atin­gem tem­pe­ra­tu­ras mui­to pou­co aci­ma do zero abso­lu­to, o pon­to em que os áto­mos deve­ri­am teo­ri­ca­men­te parar de se mover intei­ra­men­te. Esta é a pri­mei­ra vez que os BECs já foram pro­du­zi­dos em órbi­ta. O CAL é uma ins­ta­la­ção mul­ti-uti­li­za­dor dedi­ca­da ao estu­do de leis fun­da­men­tais da natu­re­za usan­do gases quân­ti­cos ultra-fri­os em micro-gra­vi­da­de. Áto­mos fri­os são par­tí­cu­las quân­ti­cas de lon­ga dura­ção, pre­ci­sa­men­te con­tro­la­das, que for­ne­cem uma pla­ta­for­ma ide­al para o estu­do de fenó­me­nos quân­ti­cos e poten­ci­ais apli­ca­ções de tec­no­lo­gi­as quânticas.

Na News­let­ter des­ta sema­na apre­sen­ta­mos diver­sos pro­je­tos de maker assim como um mode­lo 3D que pode­rá ser útil. É apre­sen­ta­da a revis­ta newlec­tro­nics de 24 de Julho.

Esta News­let­ter encon­tra-se mais uma vez dis­po­ní­vel no sis­te­ma docu­men­ta do altLab. Todas as News­let­ters encon­tram-se inde­xa­das no link.